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Dicas:

Dicas para cicloviagem - Por Cláudia Franco

Claudia na Serra da Bocaina
Foto: Arquivo pessoal
Classifico as cicloviagens e seu grau de dificuldade de acordo com a infra-estrutura disponível para que a mesma se realize.
As cicloviagens podem ser feitas sozinho, em grupo, com apoio ou sem apoio.
A cicloviagem realizada com apenas um ciclista e sem apoio é a que considero mais desafiadora em termos de segurança e dificuldade na solução de imprevistos.
A cicloviagem em grupo tende a ser mais segura e se contar com apoio é a melhor delas também no que se refere a segurança e solução de imprevistos.
Ao optar por participar de uma cicloviagem o ciclista deverá definir que tipo de viagem deseja fazer, ou seja, com mais ou menos riscos.
Para aqueles que querem participar de uma cicloviagem sem a menor preocupação e com maior segurança, recomendo que opte por cicloviagens organizadas por empresas especializadas no segmento. Como há muitas empresas prestando este tipo de serviço, antes de se aventurar a fechar os pacotes, consulte amigos e pegue referências para não cair em uma enrascada.
Para os ciclistas que tem mais experiência a viagem em grupo sem apoio é uma boa opção. Vou focar as minhas dicas neste tipo de cicloviagem, pois é o tipo de cicloviagem da qual mais participei.

Aumente sua chance de sucesso. 

Esteja atento aos seguintes aspectos:
1- Liderança: É importante que o grupo tenha um líder, seja uma pessoa que o grupo escolha ou que surja naturalmente. Via de regra, quem organiza a viagem acaba sendo o líder também.
2- Segurança: A segurança permeia vários aspectos, sendo os principais:
a. Sua bicicleta deve estar revisada, pneus, freios e marchas.
b. Necessário ter ferramentas adequadas para troca e reparo de pneu e câmera, uma bomba para encher a câmera, ter uma câmera sobressalente, ferramenta para conserto de corrente, um “power link”é sempre muito útil (trata-se de um elo de corrente especial utilizado para facilitar a instalação e retirada da corrente da bicicleta). Uma gancheira também é um item que recomendo, pois se a gancheira quebra a sua viagem estará comprometida. A gancheira é a peça que prende o câmbio traseiro ao quadro, possibilitando que se movimente livremente para conduzir a corrente nas trocas de marcha.
c. A escolha de um bom bagageiro para a sua bike é importante. Verifique a qualidade de acordo com o peso que deverá suportar. Se for usar uma mochila ressalto que a mesma deva ser estruturada para não ficar balançando nas costas e deve ter alças para prender no tórax e também na linha da altura do quadril, estas alças darão mais estabilidade a mochila e conseqüentemente ao seu pedal.
d. Você é o responsável por sua própria segurança, portanto mesmo que o terreno seja propício não fique tentado à prática de altas velocidades e/ou manobras mais arriscadas. A cicloviagem é para curtir a paisagem, os amigos, o passeio. O nome já diz, é passeio e não competição.
e. Consciência de Grupo: Fundamental para a sua segurança e do próprio grupo manter uma distância máxima onde seja possível ter visão do seu parceiro da frente ou de trás. Nunca se aparte do grupo, por isto a distância máxima precisa ser estabelecida e respeitada. Atenção: se um membro fica para trás por mais de 1 minuto, um ou dois membros do grupo devem voltar no percurso para eventual apoio, em especial quem possua ferramentas e experiência em caso de acidentes.
f. Conhecer detalhes e obter informações relevantes a respeito das trilhas a serem percorridas. Fundamental fazer o mapeamento antecipado. É importante para a segurança que todos estejam cientes das dificuldades das trilhas, tenham o mapa atualizado ou equipamento como GPS para garantir que o grupo não se perca. Certifique-se de que trilhas que existiam há 10 anos atrás continuam existindo. Cicloviagem não é pedal exploratório.
3- Itens de primeiros socorros e alguns outros: Água oxigenada, atadura, curativo, protetor solar, repelente e Hipoglós (assaduras podem ocorrer em viagens longas.)
4- Sua bagagem: Seja econômico com sua bagagem levando apenas o necessário. Quanto mais longa a viagem pior será o efeito Tempo x Peso. Quanto maior a duração do percurso maior será a sensação de peso.
a. Quanto às roupas, leve o estritamente necessário, a sua roupa para pedalar se possível que seja uma só, lave a noite para usar no dia seguinte, leve uma troca de roupa para usar quando chegar ao destino depois do pedal. Para frio ou chuva leve um corta vento com capuz e mangas longas, combinado com manguito é uma ótima opção para se proteger do frio, uma “segunda pele” também é boa opção. Não leve nada que faça volume. Leve roupas fáceis de serem empacotadas, que sequem rápido, feitas em dryfit ou outro material.
b. Recomendo que coloque suas roupas em sacos plásticos do tipo zip lock ou embalagens que vem com as roupas de cama, este tipo de embalagem é ótimo além de muito prática. O plástico é importante para proteger a sua roupa da água. Se chover durante o percurso a sua mala vai molhar muito e o plástico evitará que sua roupa se molhe.
c. Recomendo levar uma toalha de alta absorção. São excelentes, leves e não ocupam espaço. 5- Trilhas: Ao definir a cicloviagem fique atento à relação Distância X Dificuldade da trilha. O ideal é que quanto mais longo o percurso, menos desgastante seja. Percursos muitos longos com trilhas de muita dificuldade aumentam as chances de “baixas e desistências de integrantes do grupo”, bem de acidentes e quebra de equipamentos.
5- Nível de experiência e preparo físico dos integrantes do grupo: O ideal é que todos os integrantes do grupo tenham níveis similares de preparo físico para a trilha definida para a cicloviagem. Caso isto não seja possível é fundamental lembrar-se que a velocidade e o tempo para percorrer a trilha serão estabelecidos pelos integrantes de menor preparo. Ninguém deve ser deixado para trás ou ser forçado a fazer um esforço físico maior que sua capacidade.
6- Hidratação e alimentação: Levar líquidos e alimentos adequados como isotônicos, água, frutas secas, gel, em quantidade suficiente para o percurso do dia. Comidas leves e ricas em proteínas e carboidratos são as mais indicadas. Reabasteça seus alimentos e líquidos nos locais de parada.
Não conte com a sorte, nem sempre haverá fontes de água disponíveis pelo percurso. Se houver, pare e aproveite para abastecer, mesmo que seja apenas para completar.
A hidratação é fundamental, a perda de 5% do liquido do seu corpo pode representar uma queda em 70% de seu desempenho. Banana desidratada é uma excelente opção, pois ajuda a repor o potássio evitando possíveis câimbras.
7- Planejamento: Por mais experiente que o grupo seja, o planejamento é muito importante para o sucesso da viagem. O tipo de planejamento para uma cicloviagem é operacional, pois o enfoque deve ser dado nas atividades e tudo o que for necessário para que a viagem aconteça com o mínimo impacto devido a imprevistos. Planejar e organizar a viagem com o máximo de detalhe possível nunca será em demasia, pois imprevistos acontecem e se você se preparar para o pior cenário certamente estará preparado caso tenha algum evento desagradável.
8- Onde se hospedar: No planejamento, procure na internet alguns endereços de pousadas e hotéis nas cidades onde pretendem parar, pegue indicação com amigos. Não deixe para fazer isto ao chegar o destino super cansado depois de pedalar o dia, neste momento ninguém vai ter disposição para encontrar uma pousada ou com boa relação custo benefício. Certifique-se também de obter informações corretas sobre o local de acordo com seu destino, para evitar que erros de comunicação comprometam seu passeio.
9- Respeito: Respeitar horários, ritmo da viagem, e tudo o que foi planejado e acordado entre o grupo é fundamental. O consenso deve prevalecer e acima de sua vontade está à vontade do grupo. Respeito, solidariedade e companheirismo devem ser a tônica do grupo. Portanto pense enquanto grupo deixando de focar apenas em suas questões pessoais.
10- Transporte das bicicletas: Caso a volta da cicloviagem ou mesmo em parte da ida seja necessário o transporte da bicicleta em ônibus ou avião, certifique-se antecipadamente com as companhias a possibilidade e os custos envolvidos para transportar a sua bicicleta, algumas companhias aéreas cobram, outras não, algumas companhias de ônibus permitem o transporte e outras não, mesmo existindo legislação favorável ao transporte.
11- Documentar a viagem: Não se esqueça de máquina fotográfica e filmadora. Verifique seus equipamentos antes da viagem, se baterias estão carregadas, se as memórias terão espaço suficiente. Nada mais frustrante do que ficar sem as imagens de suas aventuras.
O objetivo da cicloviagem é diversão, é curtir com os amigos o prazer de pedalar e chegar ao destino com o seu próprio esforço físico. Lembre-se que o seu grupo não é um mero somatório de pessoas, ao contrário disto é uma unidade de pessoas, amigos, com objetivos comuns, portanto faça da sua participação algo prazeroso para o grupo, seja gentil, pois o modo como você trata as pessoas determina quem você é!*
*Frase do livro o Poder da Gentileza – Rosana Braga.

Dicas Só para Mulheres

 1-      Evite viajar no seu período menstrual. Além do possível estado de TPM, há o desconforto de não ter banheiros a disposição para a sua higiene pessoal. As cicloviagens são longas, os lugares são mais ermos. Portanto fique atenta ao seu calendário pessoal.
2-      Cuidados com a pele. Proteja-se ao máximo, use protetor solar até quando o tempo estiver nublado. Use protetor solar em todas as partes expostas do seu corpo. No rosto passe um protetor solar fator 100. O sol envelhece muito, por isto nunca deixe de usar o protetor e é aconselhável repassá-lo a cada 2 horas. Lave bem o rosto depois do pedal e hidrate.
3-      Use o capacete que tem aba frontal por menor que seja haverá sempre uma sombra sobre o rosto.
4-      Use óculos, pelos motivos de segurança claro, mas os óculos também ajudam a proteger a área ao redor dos olhos.
5-      Quanto ao cabelo o ideal é prendê-lo se for comprido. Use prendedores ao logo do rabo de cavalo ou trança, isto vai evitar que seu cabelo embarace e também o protegerá um pouco mais contra poeira e sol. A bandana ou lencinho além de proteger os olhos do suor que escorre da testa ajuda a proteger a parte de cima do cabelo. O sol, mais o suor e a poeira formam um trio que podem danificar em pouco tempo os seus cabelos. Há vários tipos de protetor solar especifico para os cabelos, lance mão deles. A hidratação mensal é fortemente recomendada.
6-      Com relação às unhas, use esmaltes claros, pois os vermelhos ao descarem darão um aspecto ruim. Lembre-se que na cicloviagem nem sempre haverá tempo para cuidados com as unhas. Deixe as unhas bem aparadas, com esmalte claro e use o protetor solar nas mãos também. Leve uma pequena lixa de unha em sua bagagem, não há nada mais incomodo que uma unha lascada.
7-      A sua bagagem para a cicloviagem deve conter o mínimo necessário, lembre-se que o peso da mesma pode inviabilizar a sua viagem ou dificultá-la muito. É vendido em farmácias e supermercados kits especiais para viagem, com vidrinhos e potinhos onde você vai colocar a porção exata de shampoo, condicionador e hidratante para todos os dias da cicloviagem. Além destes itens leve apenas a lixa de unha, o protetor solar, um batom e rímel. Esqueça o restante  de cosméticos que está acostumada a usar se sua viagem for sem apoio, pois não há espaço na bagagem que irá levar consigo na bicicleta.
8-      As pernas são as primeiras a sofrerem arranhões, batidas, etc. Para evitar que sua perna fique com manchas roxas ou para suavizá-las use pomadas ou gel específicos para esta finalidade. É vendido em farmácias.
9-      Por falar em pernas faça a depilação poucos dias antes da cicloviagem para que suas pernas estejam perfeitas até o final da aventura.




 LIMPEZA DA CORRENTE


Para manter sua corrente limpa, o primeiro passo é realizar a limpeza por fora, com uma escova e um pano seco. A lubrificação é necessária sempre que a corrente estiver muito seca ou muito suja, especialmente depois de andar na lama ou no barro, depois de uma chuva, ou numa estrada muito empoeirada.

Se a corrente merecer esta limpeza, você tem a opção de tirá-la da bike utilizando uma chave própria para removê-la ou através de um elo especial para abertura que algumas correntes possuem. Mas cuidado: retirar a corrente com muita frequência pode enfraquecer o elo que foi aberto e fechado. A dica é fechar a corrente com um pino novo. Também é preciso seguir as instruções do fabricante para o fechamento adequado: algumas marcas usam um pino especial, vendido separadamente, outras usam um elo de abertura. Se não tiver a chave em mãos ou a corrente não tiver um elo de abertura, você pode limpar a corrente na bike mesmo.

Antes de recolocar a corrente na bicicleta, limpe o restante da transmissão também, pois de nada adianta a corrente limpa em uma transmissão toda contaminada.
Com a corrente seca, limpa e instalada de volta na bike, aplique óleo lubrificante (use um específico para bike e evite óleos minerais ou em spray) em todos os elos. Nunca lubrifique a corrente suja! Escolha um elo da corrente e marque-o na lateral com uma gota de lubrificante. Ele servirá de orientação para saber onde começa e termina a corrente. A partir deste elo vá colocando uma única gota de lubrificante por eixo de elo até chegar de novo ao elo marcado. Gire lentamente, com o pedal, a corrente para espalhar o lubrificante nos eixos de elo.

Importante: é vital para a corrente que ela trabalhe praticamente seca por fora e lubrificada por dentro, para evitar que grude poeira na lateral da corrente. Por isso é necessário limpar o excesso de lubrificante com um pano seco.
Se não tirar a corrente: passe o desengraxante com um pincel por toda a transmissão. Deixe agir por uns instantes e, com uma escova, vá limpando a corrente e o restante da transmissão.
Finalizado o processo, lave a transmissão com água (evite jatos concentrados de água nos cubos e movimento central), espere a transmissão secar e lubrifique a corrente conforme demonstrado anteriormente.

Se optar por tirar a corrente: coloque-a em uma vasilha com um pouco de desengraxante e deixe o produto agir sobre ela. Evite usar outros solventes como querosene, pois podem ser infláveis, tóxicos e não são biodegradáveis.

 Passado alguns minutos você pode escovar a corrente para remover toda a sujeira. Depois passe uma água com detergente neutro, para tirar o desengraxante, e seque com um pano, jornal ou naturalmente. Se estiver na oficina, aproveite para usar o compressor de ar para secar mais rápido. Não use produtos alcalinos ou ácidos.



DICA PARA UM BOM PEDAL NO VERÃO.

A chegada do verão é sinônimo de muita agitação, festas, praia e claros e ótimos dias para pedalar. A certeza que a dona chuva não vai estragar os seus planos em um passeio de bike é de quase 100% . Por isto devemos aproveitar ao máximo, pegando a magrela e saindo por aí, seja para trilhas, estradas ou parques.
Todo  Biker  experiente sabe que  para esta  nossa atividade é sempre bom pedalar no início da manhã ou no final da tarde. Até aí, nada de novo!
 
Com o calor e a exposição ao sol muitos pensam em vestir menos roupa, mas podem cometer um grande erro, tanto pela exposição excessiva ao sol quanto ao fator de proteção em caso de acidentes. Portanto escolha roupas que tenham cortes que adéquam ao seu corpo, que facilite os movimentos e aquelas confeccionadas com material que facilita a transpiração como o dryfit (tecido de absorção excelente e secagem rápida). 
O uso de manguito também é recomendado, mas se você não aguenta mesmo, não se esqueça do protetor solar ele é um item indispensável, não dá para brincar com a pele, os riscos de insolação, queimaduras e câncer de pele são reais, então procure o melhor tipo de protetor solar para sua pele. 
O ar seco, principalmente associado à poeira, causa ressecamento nos olhos, use óculos escuros, com fator de proteção. Algo que é incomodo para quem transpira nas mãos são as luvas, mas não se esqueçam delas, e é claro, nosso companheiro capacete, proteção sempre.

Alimentação e Hidratação: 
alimentação não pode ser pesada, mas também não se deve sair de casa sem comer, os extremos não vão bem com o calor, a alimentação equilibrada, composta de carboidratos, proteínas e frutas é ideal, se o pedal for longo, leve também um lanche, como barras de cereal ou proteína, carboidrato em gel, frutas desidratadas, só não vale ficar sem comer. 
Com o sol a pino e horas de pedal a sensação de tontura e cansaço pode ter nome: falta de comida e falta de água.

hidratação começa antes, em casa com o hábito normal de ingerir líquido, mas durante o pedal precisamos ainda mais pelo esforço que realizamos e pela perca na transpiração, por isso não tem essa de não querer carregar caramanhola ou mochila de hidratação, no verão o desgaste é muito maior precisamos manter o corpo hidratado. Sobre a quantidade, ela varia de pessoa para pessoa, observe como seu corpo se comporta e na dúvida leve a mais nunca sabemos o que pode acontecer. Após o pedal isotônicos e sucos completam o processo, desidratação também pode ocorrer após a atividade física, o habito de beber água deve ser constante. 

Então agora é só seguir estas dicas bem simples pegar sua Bike e cair na estrada.
Descubra a regulagem ideal
Saiba como colocar sua bike na posição ideal para uma boa pedalada
O perfeito ajuste do ciclista à bicicleta é fundamental para o bom desempenho do conjunto homem/bicicleta, ambos devem estar perfeitamente adaptados.
Não é raro encontrarmos ciclistas de 1,90m pedalando bicicletas que foram projetadas para serem usadas por ciclistas de 1,60m. Ahhh então bicicleta não é tudo a mesma coisa? Claro que não! Bike tem números e tamanhos, sim!
A principal medida a ser escolhida é a do tamanho do quadro.
Altura do selim
Após encontrar o tamanho ideal de quadro, o próximo passo é regular a altura do selim.
O ciclismo é um esporte onde as pernas do atleta fazem o maior trabalho, por esse motivo a medida mais importante de uma bicicleta para o ciclista é a altura do selim.
Um selim muito baixo faz com que o ciclista trabalhe com as pernas encurtadas, que além de não produzirem a força necessária ainda vão sobrecarregar ligamentos, músculos, tendões e cartilagens. Da mesma forma, um selim excessivamente alto faz com que a pedalada não seja 100% eficiente e pode provocar lesões com o passar do tempo.
O ajuste fino da altura de selim é algo bem particular. O que é ideal para uns, pode ser desconfortável para outros.
O técnico de ciclismo francês Cyrille Guimard desenvolveu a seguinte fórmula: altura do cavalo x 0,883, medida em linha reta do centro do eixo do movimento central até a parte alta do centro do selim.
Obs.: Para encontrar o tamanho de seu cavalo: Fique descalço, com as pernas ligeiramente afastadas, e vista sua bermuda de ciclista. Encoste-se em uma parede, faça uma marca com um lápis da altura do seu cavalo na parede e meça a altura com uma fita métrica.
Entretanto, é bem válida a regra que diz que a altura do selim deve ser determinada com o ciclista sentado no selim com os calcanhares apoiados na parte traseira do pedal, a perna deve ficar quase totalmente estendida. Este “quase” é a parte subjetiva do ajuste e cada ciclista deve achar seu ponto ideal na regulagem da altura do selim. Fórmulas podem falhar, suas impressões não!
Em bikes full suspension (com amortecedor também na traseira) a altura do selim deve levar em consideração o fato de que ao sentar-se na bike, a suspensão afunda devido ao peso do piloto. Nesse caso, compense esse afundamento elevando a altura do selim. Em geral algo entre 1 e 2,5 cm, de acordo com o peso do ciclista.
Dicas:
  • A altura do selim pode variar entre o início e o final da temporada em 1 cm ou mais, dependendo da amplitude de trabalho dos músculos;
  • Aumente ou abaixe seu selim de meio em meio centímetro até encontrar a altura ideal, se necessário rode um pouco com a bike;
  • Após encontrar sua altura ideal (e testar por muitos quilômetros), faça uma marca no canote para facilitar o ajuste após revisões, transportes da bike etc;
  • No inverno, com bermudas ou calças mais grossas, desça um pouco a altura do selim;
  • Conforto é fundamental! Encontre a altura que melhor proporcione conforto sem comprometer sua performance e que não cause lesões.
Regulagem do taquinho
Se você usa pedais plataforma – aqueles normais -, desconsidere este tópico.
Após encontrada a altura ideal do selim, o próximo passo é fixar o taquinho nas sapatilhas. A posição mais usual de fixação é aquela que faz a pedalada ser paralela à bicicleta. Alguns ciclistas preferem a posição dos pés levemente abertos para fora ou, ainda, levemente fechados para dentro. O importante é que os taquinhos fiquem fixados no centro da “bola do pé”, para garantir mais apoio na pedalada. Novamente cada ciclista deve achar a posição que lhe confere maior conforto.
Importante: A posição inadequada do taquinho pode gerar dores nos joelhos e na panturrilha. Na dúvida consulte um ciclista ou mecânico experiente para ajudar no ajuste.
Posição do selim
Ciclistas profissionais, em sua maioria, deixam o selim nivelado paralelo ao solo. Alguns preferem a ponta do selim levemente apontando para baixo.
O selim é fixo em dois trilhos e pode ser regulado mais para frente ou para trás. Alguns selins dispõe de uma escala graduada para facilitar este ajuste.
Existe uma técnica especial para se encontrar o ponto ideal do selim: com um prumo de pedreiro (ou mesmo um prumo improvisado com um peso amarrado a uma linha) e os pés encaixados nos pedais – que devem estar paralelos ao solo – posicione a linha junto à rótula (patela). Se a linha passar junto ao eixo do pedal a posição está correta. Se ela passar até meio centímetro para trás ou para frente do eixo do pedal, considere que está ok. Diferenças maiores que um centímetro devem ser corrigidas movendo-se o selim.
Atenção: Após regulada a posição do selim, verifique novamente se a altura do selim ainda está correta para você.
Comprimento da mesa
Não há regras fixas nem fórmulas mágicas para se determinar o tamanho correto da mesa. Há algumas dicas para saber se o comprimento da mesa está adequado ao ciclista:
Nas bikes de speed, com as mãos na parte alta do guidão – na maçaneta dos freios – o ciclista pedalando confortavelmente terá o cubo dianteiro encoberto pelo tubo do guidão.
Com as mãos na parte baixa do guidão – em posição aerodinâmica – os joelhos e cotovelos chegam tocarem-se de leve na passagem das pernas pelo ponto morto superior da pedalada.
O comprimento da mesa é responsável pelo conforto dos braços e da parte superior do corpo do atleta. Uma mesa muito curta vai ocasionar dores nos ombros, uma mesa muito longa vai produzir dores nos braços e formigamento nas mãos. O mercado oferece medidas de mesa que variam entre 90 e 140mm. Substitua a sua caso ache necessário.


Altura da mesa
Varia de acordo com o gosto pessoal, o alongamento da musculatura das costas e o propósito da pedalada. Em geral ciclistas profissionais usam a mesa cerca de 2-3 polegadas mais baixas que a altura do selim.
Para mais conforto use a mesa mais alta e para mais aerodinâmica abaixe a mesa. Faça testes e veja a altura que melhor se adapta a você.
Mesas mais antigas, com parafusos expander podem ter sua altura alterada facilmente.
Largura do guidão
Guidões são fabricados em tamanhos que variam de 38 a 42 cm de largura. Eles devem corresponder a mais ou menos a largura de seus ombros, ou até mesmo um pouco mais largos para o ciclista respirar melhor e ter mais conforto.
Manetes
O principal na hora de ajustar a posição dos manetes é garantir um bom acionamento dos freios. Em uma mountain bike, em geral, o manete ficará posicionado de maneira a seguir o mesmo ângulo dos braços do ciclista.
Nas bikes de ciclismo, a parte baixa do guidão deve estar bem paralela ao solo e as alavancas de freio ficam posicionadas no meio da curva do guidão.
Tamanho do pedivela
Existem diferentes comprimentos de pedivelas no mercado. Quanto mais longo o braço do pedivela mais potência ele produz, em contrapartida, fica mais difícil manter altos giros de pedalada.
Alguns técnicos recomendam as seguintes medidas:
  • Cavalo de até 73,6 cm – pedivela 165 mm
  • Cavalo entre 73,6 e 81 cm – pedivela 170 mm
  • Cavalo entre 81 e 86,3 cm – pedivela 172,5 mm
  • Cavalo com mais de 86,3 cm – pedivela 175 mm
A perfeita regulagem de sua bicicleta é a garantia que você não terá dores durante a pedalada e que você vai aproveitar ao máximo a energia gasta no exercício. Na dúvida consulte um especialista em bike fit.



8 dicas para viajar sozinha de bicicleta

Por que uma mulher viajaria de bicicleta sozinha? Talvez porque não tenha arrumado companhia na data escolhida para viajar, porque não foi possível conciliar o roteiro desejado com as companhias disponível ou talvez até como primeira opção, porque a experiência de viajar sozinha de bicicleta pode ser libertadora e proporcionar um encontro consigo mesma.

Foto: Verônica Mambrini
Viajar sozinha de bicicleta pode ser uma experiência ibertadora e proporcionar um encontro consigo mesma

Contudo, como fazer com que esse tipo de viagem seja seguro e agradável e não se transforme numa tremenda roubada? A repórter do iG viajou de bike por conta própria durante uma semana e entrevistou ciclistas experientes em viagens solo. Com a ajuda deles, preparou um roteiro com os preparativos, dicas e macetes para sua experiência ser um sucesso!

1 – Planejamento
Como em qualquer viagem, quanto mais organizada, mais fácil se torna driblar os “perrengues”. Isso inclui ter uma ideia precisa do roteiro, da duração, do custo, reserva financeira para emergências e alimentação. Nada pior do que chegar a uma cidadezinha encantadora e encontrar todas as pousadas e hotéis legais lotados ou não encontrar nenhum camping por perto (claro, se acampar estiver nos seus planos).

“No mapa do trajeto escolhido, vejo as cidades e - bendita internet!- procuro informações como hospedagem, alimentação e pontos para visita”, conta a cicloviajante Yasmin Costa, que faz travessias sozinha de bicicleta desde 1995. Ela recomenda também guias de viagem e reservas, sempre. “Os guias têm muita informação, mas desconfie sobretudo da quilometragem indicada. Eles são feitos para carros e o que são subidas de 15km para carros? Nada. Já de bike, podem causar bastante desconforto, não?”, diverte-se.

A quilometragem diária a ser percorrida deve ser próxima daquela a qual a viajante está acostumada, sem correrias. Pelo contrário, o ideal é chegar cedo ao destino do dia, se possível ainda com luz e ter tempo para se acomodar e aproveitar a cidade. Não vale a pena arriscar uma pedalada noturna só para avançar mais um pouco.
2 – Roteiros e destinos
Boa parte de uma cicloviagem se passa na estrada, então é fundamental que elas sejam bonitas, seguras e tranqüilas. “O maior receio ao se viajar sozinha é a segurança, então temos que ter cuidado redobrado. A primeira coisa é escolher bem o roteiro, um caminho tranquilo e que não passe por muitas cidades grandes”, recomenda Eliana Garcia de Britto, cofundadora do Clube de Cicloturismo do Brasil.

Para quem prefere não ousar nos caminhos, Eliana sugere rotas de cicloturismo já demarcadas, como o Circuito Vale Europeu, o Circuito Costa Verde e Mar e o Caminho da Luz (todos no Brasil). “Porque sempre há alguém da organização dos roteiros monitorando de alguma maneira sua viagem, isso dá uma segurança extra”, explica.

3 - Equipamento
Não é preciso uma bicicleta sofisticada ou muitos equipamentos, principalmente para quem pretende ficar em pousadas e hotéis. Basta uma bicicleta com marchas, equipada com um bagageiro e um par de alforjes (bolsas laterais onde a bagagem vai acomodada). Melhor do que ter que fazer consertos é evitá-los: saia de casa com a bicicleta revisada e em perfeito estado de funcionamento.

Para aumentar a margem de segurança, use roupas discretas. É melhor ser invisível e confundir-se com os locais do que deixar claro nas vestimentas que você é de fora e que está equipado. Roupas de ciclismo supercoloridas, por exemplo, podem ser trocadas por peças em dry-fit em cores mais neutras. Mesmo o capacete, tão necessário numa competição, acaba sobrando às vezes. “Os ‘bikers’ me recriminam, mas não uso capacete”, diz Yasmin. Pelo Código Brasileiro de Trânsito, ele não é obrigatório. Ela opta por algum boné qualquer, para se proteger do sol – como costuma fazer a maioria dos trabalhadores brasileiros que vão de bike. Chegar sem alarde é inclusive uma postura mais humilde, que tende a ganhar mais simpatia dos locais.

“É importante chamar o mínimo de atenção, o que nem sempre é possível com uma bicicleta carregada. Quanto menos carga, menos atenção você vai despertar. Outra dica é colocar uma calça ou bermuda por cima da lycra, evitando roupas coladas ao corpo”, ensina Eliana. Roupas e acessórios cor-de-rosa, por exemplo, são quase um atestado visual de que há uma mulher pedalando a bicicleta, o que pode aumentar a vulnerabilidade. Por via das dúvidas, melhor evitar.
Foto: Verônica Mambrin
Viajar de bicicleta sozinha implica em riscos, que podem e devem ser minimizados por precaução e planejamento

4 – Preparo técnico
Não precisa ser uma mecânica profissional, mas faz toda diferença saber o funcionamento básico de sua bicicleta. Regular os freios, trocar pneus e montar as rodas na bicicleta são reparos e ajustes simples e fáceis de aprender que dão autonomia à mulher. Com um pequeno kit de ferramentas é possível fazer a maior parte dos consertos necessários numa viagem desse tipo. “Sei montar guidão, pedal, colocar as rodas, dar uma acertada nas marchas”, exemplifica Yasmin. O resto ela deixa por conta das bicicletarias, comuns em qualquer cidade. “Não tem aperto. Nunca fiquei pelo caminho”, diz a professora de Educação Física.

É bom ter noção de primeiros socorros e organizar um pequeno kit, nem que seja para cuidar do ralado no joelho de um tombo na estrada. E até para cair, tem jeitinho. “Se soltar o corpo e deixar ele rolar, vai machucar menos do que se tentar se segurar ou salvar a bike. Pula fora, desacelera e deixa a bike para lá”, recomenda Yasmin A técnica foi festada e aprovada pela reportagem, com nenhum machucado registrado nas quedas da viagem.

5 - Rede de segurança
É praticamente inevitável que família e amigos fiquem preocupados com a viagem. Combinar como será feita a comunicação é bom para eles, que ficam com o coração tranqüilo, e para a viajante, que sabe que pode contar com apoio caso aconteça algum imprevisto. Ao telefonar ou mandar mensagem informando que está tudo bem, é importante dar a referência de onde se está. Ah, e ninguém precisa se descabelar com um pequeno atraso na comunicação, ok? Às vezes o sinal de celular é ruim no local escolhido para passar a noite, por exemplo. O importante é não ficar tempo demais sem dar notícias.

6 – Preparo físico
Para fazer uma cicloviagem, não é necessário ser atleta, mas é bom estar com o condicionamento físico em dia. “Se tiver esgotamento físico, você irá se colocar numa situação de risco, porque terá que buscar esse tipo de ajuda no caminho”, alerta Eliana.

Quem parte do zero (ou de perto dele), pode reforçar o treino numa academia. “No fundo, a preparação é feita na sua bike, na que você vai viajar”, afirma Yasmin. Musculação e treinamento de resistência ajudam a encarar períodos longos na bike, sem dores. “A bicicleta tem que ser uma extensão do seu corpo. Ela será suas pernas durante uma boa parte do dia.” De acordo com a professora, corrida também pode ajudar bastante a aumentar o fôlego. "Sem pressa. Como explicar que o tempo é o que ficamos viajando e não no lugar de chegada?", lembra Yasmin.

7 – Bagagem
Não adianta levar coisas demais e deixar a bike pesada e desagradável de pedalar. Também não é o caso de levar coisas de menos, a ponto de passar desconforto por causa de um item que ficou em casa. Roupas adequadas ao clima e uma ou duas mudas extras são o suficiente. Se a viagem for um pouco mais longa, vale mais a pena lavá-las no caminho do que levar muitas trocas.

Dependendo do estilo da viajante, macetes como um vestido preto de corte simples são uma mão na roda para programas menos esportivos, como sair para jantar ou visitar museus. O essencial, além das roupas, é água, chinelos ou papete, um lanche para o percurso do dia e kit de ferramentas (para quem não pretende acampar). Claro que um batonzinho e um rímel não matam ninguém e deixam as fotos da viagem mais bonitas.

8 – Horários
Precisa acordar cedo? Não necessariamente. É só reduzir a quilometragem do dia, e ganhar umas horinhas para espreguiçar e tomar café com calma. Mas vale a pena espantar a moleza e pular da cama para aproveitar as horas da manhã, que são as melhores para pedalar, evitando o sol forte do meio dia. É bom se programar para chegar cedo, porque se houver qualquer imprevisto, como um pneu furado, há margem de tempo para resolver tudo sem aflições.

Afinal, não é para relaxar e conhecer o mundo em outro ritmo, sem pressa, que serve uma viagem de bicicleta?
Por: Verônica Mambrini
 

Pedalando de madrugada

Pedalar de madrugada é bom porque quase não há carros na rua. Não há poluição, não há barulho, o ar está mais fresco e dependendo do lugar você consegue até sentir cheiro de flores no ar. Se for perto da praia então, o barulho do mar em meio ao silêncio da madrugada é muito bom de se ouvir.
Mas você precisa ficar atento com um ou outro motorista que passa dirigindo bêbado, principalmente quem está saindo da balada. Por isso, se você vir um carro cantando pneu ou coisa parecida, redobre a atenção e fique atento ao que ele está fazendo, para poder agir defensivamente. Evite as avenidas, pois muitos motoristas querem correr e as avenidas vazias chegam a virar pista de competição.
Mesmo os sinais abertos podem ser perigosos de madrugada. Se você vai cruzar uma avenida grande, não confie só no sinal, porque há quem passe direto no vermelho sem nem diminuir a velocidade, por “achar” que não tem ninguém passando. Tome cuidado principalmente quando o sinal acaba de abrir.
Se for resolver passar um sinal vermelho, tome cuidado. E se o sinal fica no cruzamento de uma avenida grande, redobre a atenção. É melhor demorar um pouco mais para chegar no sinal e pegar ele aberto.
Segurança
Ladrão que está andando na rua de madrugada não saiu na rua para roubar bicicleta, por isso ele muito provavelmente vai ser pego de surpresa com a sua aproximação e não vai ter tempo (ou interesse) para pensar numa abordagem. Mesmo assim, fique atento com as raras pessoas na calçada, olhe nos olhos pra ver a intenção e se possível passe longe. Evite trechos pouco iluminados e com histórico de assaltos.
É muito improvável que alguém te aponte uma arma pra roubar sua bicicleta, muito improvável mesmo – mas isso enquanto você estiver pedalando! Por isso fique atento nos sinais fechados: se não há carros vindo e nem pedestres atravessando, não tem porque ficar ali parado, certo? Sua segurança pode estar em jogo. Se houver alguém de olho na sua bicicleta, ao parar no sinal o ladrão terá os segundos essenciais para pensar na abordagem e se aproximar de você.
Se precisar trocar a câmara ou consertar alguma coisa na bicicleta, pare em um lugar iluminado e movimentado, como um posto de gasolina por exemplo, ou então em um lugar escondido onde ninguém te veja (desde que não tenham te observado indo pra esse lugar). Leve sempre uma câmara reserva, para não ter que remendar o pneu.
Se você sai tarde do trabalho, evite fazer sempre o mesmo caminho no mesmo horário. Alguém mal intencionado pode resolver te esperar em algum ponto para “ganhar” uma bicicleta. Pedalar permite variar o caminho, aproveite! 

Pedale de manhã bem cedo!
Se você não usa a bicicleta para ir ao trabalho, mas pedala por lazer ou esporte, experimente acordar bem cedo. Se você trabalha perto de sua casa, saia algumas vezes por semana às 5h da manhã para ver o sol nascer. Vale muito a pena. 
Há várias vantagens de pedalar nesse horário: temperatura mais amena, menor trânsito na cidade, menor possibilidade de assalto, claridade do dia, você está descansado após uma boa noite de sono, bem alimentado com os nutrientes certos porque comeu banana e pão com geléia no café da manhã… 
Faça um esforcinho e acorde um dia mais cedo, saindo para pedalar das 5 às 7. Você vai trabalhar com outro ânimo!
 

  Como sobreviver ao trânsito
 Vai trocar o carro pela bicicleta, uma vez por semana que seja? Parabéns! Você vai chegar no seu destino cansado mas feliz. É sério! A endorfina liberada pelo exercício físico vai fazer você ter um dia melhor no trabalho. Só por não ter se estressado em esperar aquele sinal que abriu e fechou três vezes até que os cinco carros na sua frente passassem (te deixando para trás), já vai fazer uma diferença enorme. Você vai queimar aquelas gordurinhas que insistem em continuar aí, por mais que você reze para São Regime. Vai economizar combustível e provavelmente vai até chegar mais rápido. Vai melhorar sua capacidade respiratória e correr menor risco de infarto.

Se você continua lendo, ótimo, talvez eu já tenha te convencido. Mas se acha que essa coisa de bicicleta não é para você e quiser continuar andando de carro, tudo bem. Continuo sendo seu amigo. Apenas peço que continue sendo meu amigo também: na próxima vez que estiver de carro e me vir de bicicleta, ultrapasse a uma distância segura e dê uma buzinadinha simpática, que eu retribuo o cumprimento.
Se você decidiu adotar a bicicleta, ou está pelo menos pensando se isso é possível ou não, eu escrevi uma série de artigos para te convencer que isso é possível – e te ajudar nessa tarefa. Neste artigo, eu vou dar dicas de como se portar no trânsito. Eu sei que você já é crescido e sabe atravessar a rua, não é isso. Eu quero ajudar você a não correr riscos desnessários e a desfazer a idéia de que pedalar junto com os carros é coisa de maluco. É viável, desde que você tome os cuidados necessários. Como tudo na vida.

Capacete: indispensável, ainda mais pra andar no trânsito. Se você passa num buraco e cai, mesmo devagarzinho, corre o risco de bater com a cabeça no chão e vai ter um traumatismo craniano que pode ser grave. Não quero isso para ninguém. Há quem seja contra o uso de capacete, mas eu acho muito importante.

Luvas: não são imprescindíveis, mas convém usar, por dois motivos principais. Primeiro que se você não usar, a manopla vai comendo sua mão e você pode ficar com a palma da mão ardendo e até com bolhas. Com a luva isso não acontece. Segundo que se você cai, sempre tenta parar a queda com a mão e vai esfolar ela toda se estiver sem luva. No frio, luvas de dedos fechados tornam-se importantes para suas mãos não enrijecerem com o vento gelado, o que pode atrapalhar bastante se você precisar frear de repente.

Ande sempre pela direita e na mão dos carros. Há várias razões para não andar na contra-mão e todas elas visam sua segurança. São tantos motivos, que renderam um artigo exclusivo para esse assunto. Mas vou citar aqui as principais.

Um pedestre que vai atravessar a rua só olha para o lado de onde vêm carros. Um carro que vai entrar em uma rua, também. Ele não espera uma bicicleta vindo na contra-mão. Um carro fazendo uma curva à direita não espera uma bicicleta vindo na direção contrária no lado de dentro da curva. Um motorista que estacionou e vai abrir a porta, olha só no retrovisor para abrir a porta, não olha para a frente. Um carro saindo de uma vaga onde está estacionado, idem.

Além disso, a velocidade em que você se aproxima de um carro é muito maior se você estiver na contra-mão, porque ela é o resultado da soma das velocidades dos dois veículos. Se você está a 20km/h e o carro a 40km/h, você estará se aproximando dele a uma velocidade relativa de 60km/h. O carro vai ter menos tempo pra reagir à sua presença e desviar de você, fora o fato de que uma colisão nessa velocidade faz um bom estrago. Se nesse exemplo você estiver no mesmo sentido do carro, a velocidade relativa entre ambos será de 20km/h: o carro tem mais tempo para desviar e a chance de colisão diminui. E, numa possível colisão, o estrago será menor. Claro que eu espero que ninguém descubra isso na prática, por isso é melhor confiar na matemática!
Cuidado com as portas dos carros parados. Muito motorista olha no retrovisor procurando o volume grande de um carro e não vê a magrinha bike chegando. Ou olha em um ângulo que faz a bicicleta ficar em um ponto cego. Ou é distraído mesmo! Tem gente que abre a porta com tudo, empurrando com o pé. Por isso fique a uma distância que se algum distraído abrir a porta ele não te derrube. Fique a pelo menos um metro dos carros parados. De preferência, ocupe a faixa seguinte. Preste atenção se há pessoas dentro deles, se o carro acabou de estacionar, se está com as lanternas acesas. Se o motorista ameaçar abrir a porta, grite “portaaa!”, geralmente ele percebe e a puxa de volta.

Não ande com a bike muito colada na direita, em cima da sarjeta, senão os carros vão tentar passar na mesma faixa que você, mesmo que não haja espaço. Você pode desequilibrar e cair só com o susto, sem falar no perigo de um esbarrão. Eles são obrigados pelo código de trânsito a passar a 1,5m de você, mas não sabem disso porque não é ensinado na auto-escola. Ande mais ou menos na linha de um terço da pista, assim não fica tão antipático quanto ocupar a pista toda , você tem espaço para desviar de buracos sem ter que ir mais para a esquerda e, principalmente, os carros vão ter que esperar até ter espaço suficiente para te ultrapassar pela outra faixa, sem te colocar em risco. E mesmo que te fechem, você ainda terá um respiro para fugir para a direita sem ter que se jogar na calçada. Leia mais sobre por que (e como) ocupar a faixa.
Mas seja compreensivo com os motoristas: quando você passar por um trecho considerável onde não houver carros parados, dê uma recuada para desafogar a fila de carros atrás de você. Assim, aquele motorista que está atrás de você há alguns minutos sem conseguir te passar vai embora antes de ficar nervoso. Apesar de você estar no seu direito, muitos motoristas não vêem assim e se irritam com sua presença, esquecendo que a rua é de todos e não apenas dos carros.

Sempre sinalize o que vai fazer, com sinais de mão. Peça passagem, dê passagem, sinalize que o motorista pode passar quando você parar para esperar ele, avise quando você for precisar entrar na frente dele por causa de um carro parado e espere para ver se ele vai parar mesmo. Agradeça se ele parar ou te der passagem. Respeite e será respeitado.
Um ciclista educado é melhor recebido pelos motoristas. Motoristas são bem suscetíveis a abordagens educadas. Quantas vezes já não vimos um motorista, que está se posicionando para não deixar outro entrar na frente dele, ceder quando o primeiro faz um simples sinal com a mão? Pois esse sinalzinho de mão, acompanhado de um sorriso e seguido de um sinal de agradecimento, faz milagres… Muitos que estiverem te vendo como “um folgado ocupando a rua” vão pensar “pô, pelo menos o cara é educado”. Já é alguma coisa e pode ser a diferença entre uma situação de risco ou não. E esses motoristas passarão a tratar melhor o próximo ciclista que eles virem. Ou seja, com boas maneiras no trânsito você acaba ajudando a todos nós.

Evite as grandes avenidas. Em São Paulo, por exemplo, as marginais e a 23 de Maio, nem pensar. Já a Av. Brasil é mais tranqüila e a Faria Lima também dá pra pegar, mas é melhor optar por algumas ruas que ficam entre essas duas avenidas, principalmente quando estiver começando a se aventurar no trânsito. E em horários de pico, fica difícil trafegar em qualquer grande avenida, porque tem pouco espaço para os carros e fica difícil passar até de bike. Procure ruas menores, que os carros evitam porque têm que parar a cada esquina, porque tem lombadas ou muitos sinais. O que é ruim para os carros, muitas vezes é bom para as bicicletas. Não pense no trajeto como se estivesse de carro. E, se não souber que trajeto fazer, procure a Bicicletada de sua cidade e peça algumas dicas.

Como regra, se você estiver com medo de pedalar em certa avenida, melhor não fazê-lo, até porque se você estiver inseguro pode cometer algum erro bobo, como se desequilibrar por exemplo. Avenidas onde o fluxo de carros segue a uma velocidade alta mesmo na pista da direita são desaconselháveis. Fuja de avenidas assim. Ruas menores são mais seguras e mais agradáveis, mesmo que o percurso aumente um pouco.

Calçada é para pedestres. Se precisar passar pela calçada ou atravessar na faixa de pedestres, o código de trânsito manda desmontar da bicicleta, como os motociclistas (conscientes) fazem (art.68, §1º). E essa lei não é apenas uma regra arbitrária feita por quem nunca andou de bicicleta, há motivos suficientes para não andar na calçada com a bicicleta. Os pedestres que estão de costas para você podem dar um passo para o lado sem te ver chegando. Um carro pode sair de dentro de uma garagem de prédio e te acertar em cheio, ou aparecer na sua frente de um modo que você não consiga desviar. E o errado (e machucado) vai ser você…

Idosos morrem de medo de bicicleta na calçada, porque eles têm um compreensível medo de se machucar, sobretudo aqueles que estão em uma idade em que um osso quebrado pode ser impossível de ser consertado. Se você passar com a bicicleta na calçada perto deles, eles vão te xingar e estarão com toda a razão. Comparativamente, é o mesmo que um caminhão vir na sua direção e desviar na última hora. Eles podem cair só com o susto de ver a bicicleta chegando.

Quer mais um bom motivo para não andar na calçada? Uma criança pode aparecer correndo de dentro de alguma casa. Já pensou ter na consciência o atropelamento de uma criança de três anos? Péssimo, né? Melhor não correr esse risco. Fique sempre na rua. Se quiser passar pela calçada, desmonte e vire pedestre.

Cuidado nos cruzamentos. Não passe sinal vermelho com a bike, porque um carro pode vir rápido para aproveitar o sinal amarelo e você errar o pé no pedal na hora que precisar fugir dele com pressa. Ou pode aparecer um pedestre atravessando a rua correndo, olhando só para o lado de onde ele espera vir o perigo.

A pista de ônibus costuma ser perigosa. Em faixas exclusivas para ônibus, alguns não são muito pacientes com ciclistas, porque terão que sair da pista exclusiva para te ultrapassar e, quando o tráfego está intenso, isso é bem complicado para eles. Quando o trânsito aperta, os carros não dão espaço para um ônibus que queira sair da faixa exclusiva, então só lhes resta apertar o ciclista. Se o trânsito estiver pesado e o fluxo estiver lento-quase-parado, é melhor tentar trafegar pela pista da esquerda (desde que seja uma via de mão única, claro). O código de trânsito dá respaldo a essa atitude. Ou tente usar a segunda pista (a primeira após a faixa de ônibus).

Em esquinas onde muitos carros viram à direita, tome cuidado adicional. De vez em quando, um carro que está na segunda pista vira rápido numa rua à direita, porque lembrou disso na última hora ou porque não deixaram ele mudar de pista antes. Quando ele calcula rapidamente se vai dar tempo, só analisa os carros que estão vindo. E se um carro der passagem, ele entra. Mesmo que tenha visto o ciclista chegando, ele pensa “bicicleta anda devagar, dá tempo” e entra. Às vezes o cara da primeira pista mesmo, que está do seu lado, pensa isso e corta sua frente. Por isso, quando você vir que muita gente vira em algum lugar à direita, sinalize com a mão que você vai seguir reto, ou peça passagem com a mão. Sempre com a mão esquerda, que é aquela que os carros vêem.

Sempre se adiante ao que os carros podem fazer. Olhe para trás para ver se não está chegando um maluco voando para entrar na rua que está 5 metros à sua frente. Veja se o trânsito está parando em uma única faixa, o que faz os acrros fugirem irritados dela.

Sinalize para que os carros antecipem o que você vai fazer. Não fique fazendo zigue-zague, não entre sem olhar numa avenida, não mude de pista sem avisar, mesmo que o motorista esteja lá atrás. Do mesmo modo que ele pode calcular mal sua trajetória e achar que vai dar tempo de passar na sua frente, você pode se enganar ao achar que vai dar tempo de mudar de pista. Se você sinalizar, o carro diminui. Veja e seja visto.
  
Texto: Willian Cruz
 

Cuidados com a "magrela"
“É melhor prevenir do que remediar” - Com certeza você já ouviu essa máxima. Na coluna palavra do mecânico, veja o que os “doutores da bike” indicam para evitar uma “intervenção cirúrgica” na sua magrela.
Iniciando as matérias que tratam de manutenção, vamos mostrar alguns cuidados para manter a bicicleta sempre em bom estado. Estas dicas são baseadas nas perguntas mais frequentes das pessoas que adquirem uma bike.
Retoque danos na pintura imediatamente para prevenir corrosão. Se você não encontrar uma tinta na cor que combine, use um esmalte de unhas com uma cor próxima ou uma base transparente.
Cole um pedaço de fita isolante no chainstay direito (tubo de baixo da corrente) da bike para prevenir que a corrente danifique a pintura e também diminuir o barulho que ela provoca quando bate no quadro. Uma opção é ir a uma loja especializada e comprar um protetor de quadro apropriado.

Semanalmente, verifique se as sapatas de freio têm algo preso na sua superfície que poderão desgastar prematuramente os aros (pedaços de alumínio, grãos de areia). Retire-os com uma faca ou objeto pontiagudo.

Se você usa a bike com bastante frequência, faça revisões periódicas.
Uma cobertura de cera ajuda a manter a bike limpa. Use cera automotiva líquida para isso. Cuidado com os freios a disco, não os encere.

Antes de sair para pedalar, confira se os pneus estão calibrados (a pressão de uso está sempre marcada na lateral do pneu). Andar com eles murchos pode danificar o aro, a câmara e até o pneu.

Se você carrega um cadeado/trava na bike, não os deixe simplesmente pendurados no guidão ou enrolados no canote de selim, pois eles vão balançar enquanto pedala e vão danificar a pintura da bike. Use o suporte apropriado que costuma acompanhar estes acessórios, ou carregue-os na mochila.

Bikes novas costumam ter uma garantia de loja para uma regulagem da transmissão e dos freios (estes componentes costumam desregular nas bikes novas nos primeiros dias). Use este check-up gratuito, pois é importante para garantir um funcionamento adequado e a durabilidade dos componentes.

Se você tiver que estacionar a bike ou até mesmo deixá-la no chão, tente deixar o lado direito para cima, a fim de proteger a transmissão, principalmente o câmbio traseiro, que pode acabar danificado, fazendo as marchas “pularem”. Ao mesmo tempo, se sua bike tem freios a disco, cuide para não encostar o rotor (disco) em nada, de forma a não o entortar.

Andar de bike na chuva é até legal de vez em quando, mas seque a bike assim que chegar em casa e se possível, aplique um pouco de óleo na corrente para não enferrujar e danificar o componente. Se foi na trilha e pegou lama, leve a bike a uma oficina especializada que vai saber o que fazer nestes casos.
Nunca encoste ou estacione a bike de forma que o quadro fique tocando na parede, rack ou suporte. Os tubos da bike têm paredes finas e poderão amassar ou danificar a pintura. Se tiver que encostar a bike, apoie pelo selim e guidão. A maioria dos suportes segura a bike pelas rodas.

Evite emprestar sua bike para outras pessoas andarem. Elas podem não ter o mesmo cuidado que você com a bike e acabar danificando algo.

Por: Equipe bike company




Hidratação

Isso varia conforme a composição corporal entre músculo e tecido adiposo. Ela é importante para regular a temperatura corporal. Ao praticar atividade física, o corpo superaquece e a defesa do organismo é produzir o suor para diminuir a temperatura corporal. Com o suor, água e sais minerais são eliminados, os quais são fundamentais para um bom desempenho da prática esportiva. A hidratação deve ser individualizada e realizada adequadamente.

Saiba quanto você deve ingerir de líquido durante a sua atividade física

Pesar-se antes (peso inicial) e logo depois da atividade física (peso final);Subtraia o Peso Final do Peso Inicial Multiplique o resultado por 1,5 e esse valor será a quantidade de líquido a ser ingerido.
Se você, por exemplo, perder 500 gramas de peso, a sua ingestão hídrica será de 750 ml.

Ingira a quantidade de água durante todo o período da atividade física respeitando a sua tolerância. Uma parte desse líquido também pode ser ingerido antes ou depois da atividade.

Recomenda-se o consumo de água para atividades com duração inferior a 1 hora e para as atividades com duração superior, é indicado o consumo de bebida isotônica. Em casos de treinos moderados a intensos, independente da duração, consuma bebida isotônica.Além da hidratação durante o exercício físico, é importante a ingestão diária de 2 litros de água



O selim ideal para mulheres

imagemResolvi buscar algumas respostas depois de analisar as diversas dúvidas sobre selim. Todas foram relembradas quando estive montando a “Rosinha”, nome carinhoso da minha bike.

Li alguns textos sobre isso e para tirar as dúvidas das meninas fiz esse resuminho, onde vemos mais uma vez, que a mulher não é apenas uma versão menorzinha dos homens.
As mulheres, agüentaram por anos os duros e estreitos selins, concebidos sem respeito à anatomia feminina. Felizmente, os fabricantes agora compreendem que somos moldadas diferentemente do que os homens (Aleluia!).
imagemPoderemos nos beneficiar de selins com narizes mais curtos e mais largos, do que os selins dos meninos. Já que temos a pélvis mais larga e profunda. As mulheres têm os "hip bones" (ossos do quadril, ísquios) mais afastados do que os homens, (esse é um recurso que nós ajuda com os bebês na hora do parto) por isso que o selim feminino é mais amplo que o masculino na parte de trás, assim oferece melhor suporte aos ísquios e a musculatura das nádegas. Mas isso não quer dizer que toda mulher precise de um selim feminino ou então que os homens não possam usar um feminino.

Georgena Terry – pioneira no design e construção de quadros e componentes femininos – tem uma linha especial de selins femininos bem bacanas em seu site. Terry notou que as mulheres tendem a se sentar mais para trás em seu selim do que os homens. Pois Terry acredita que é devido ao modo com que distribuímos a massa muscular, de forma diferente quando sentamos.

imagemA Specialized, por exemplo, têm uma série de selins com geometrias femininas para diversas modalidades. O modelo, Jett Woman, ainda vêm em três tamanhos, o que é ótimo já que não somos todas iguais.

A famosa Selle Itália também se rendeu ao mercado - das mulheres - e também lançou a sua linha delicada, já que até domínio total dos modelos masculinos.

Junto com Gerogena Terry, a Serfas é a fabricante que tem mais variedades de selins para mulheres no mercado. São modelos básicos para ciclistas normais até profissionais.

imagemEu uso um selim Lookin, da Selle Royal, com gel. Mesmo não sendo um top de linha, ainda não me incomodou. Hoje tem muita coisa boa no mercado. Por isso é importante experimentar diversos selins para encontrar um que se encaixe às suas medidas, e principalmente, o seu bolso.

As larguras variam de fabricante para fabricante. Então, teste quantos puder, assim não precisará gastar dindin tão cedo com isso novamente. Ah, não compre porque a “Fulana” usa e gosta. Lembre-se que temos o corpo diferente dos homens e graças a Deus diferente das outras mulheres também (hehehe). Por isso que sempre digo: experimente diversos modelos. Ah, uma dica! Só não vá numa loja sábado à tarde na hora de fechar: mesmo que vá toda bonita e atraente, o vendedor ficará com cara feia.

:: Tipos de selins

Existem vários selins femininos no mercado, muitos dos quais são preenchidos com alguma forma de gel e apresentam um design propício. Eu, por exemplo, tenho usado um desse e tenho gostado; como citei acima.

Também existem os de espuma que oferecem um amortecimento básico, mas mantém boa sensibilidade ao ciclista. Esses são mais baratinhos.

Os modelos de molas podem aparentar mais conforto, porém deixa o ciclista mais solto no ar. Uma pedalada em ruas de paralelepípedo pode ser boa, mas ao mesmo tempo você fica pulando demais.

Elastômero: suaviliza os impactos sem roubar a sensibilidade do ciclista. Tem que testar vários, e lembre-se, um bom selim ajuda muito, mas é importante uma bike bem regulada.


:: Posição correta do selim

Muitas mulheres usam o selim inclinado para baixo. Isso é um problema! Se inclinar demais você será projetada para frente e vai acabar contraindo os músculos, consequentemente, terá dores nos ombros, pulsos e mãos. Pior que um selim ruim, é uma bike grande demais. Então, nunca compre uma bike sem fazer o teste drive.

Alguns anos atrás, Myata Pavea e Terry desenvolveram os selins vazados, alguns homens também adotaram o modelo para evitar as dormências que sentiam ao longo dos pedais.

Quem sabe pode lhe ajudar!

Nem toda mulher precisa de um selim maior, nem toda mulher precisa de uma bike com medidas especiais, mas toda mulher precisa de uma bike bem ajustada ao seu corpo.

Divirtam-se e tenham um excelente pedal.

Bjks Simone Coraiola

 

QUAL A MARCHA IDEAL PARA A BICICLETA?



O número “ideal” de marchas de uma bicicleta – e como utilizá-las – é um assunto bem polêmico e extenso. Nossa intenção é dar algumas dicas para você melhorar sua performance e aproveitar melhor sua bicicleta, sem entrar profundamente na matéria. Eu mesmo pedalo uma MTB de 27 marchas, uma Speed de 20 marchas, uma Urbana de 21 marchas e comecei a montar (e me apaixonar por) uma “single speed“, ou seja, uma bike de uma marcha só.

Nos últimos tempos, o mercado de bicicletas assiste a uma revolução no campo das marchas de uma bike. A marca japonesa “Shimano” lançou recentemente um câmbio para Mountain Bikes de 30 marchas! Já temos até câmbios eletrônicos (veremos uma profusão deles no Tour de France 2010) e até automáticos! E, paradoxalmente, atualmente surge com força total um movimento que defende bicicletas minimalistas, sem marcha nenhuma, as chamadas “fixed gears“, ou, carinhosamente, as “fixas”!


Exemplo de bicicleta “fixed gear”: sem marchas, sem freios e sem firulas

Sem entrar em defesa de nenhum grupo, nosso objetivo neste post é falar um pouco sobre como podemos fazer uso correto das marchas em nossas bicicletas, quer sejam 3, 5, 7, 10, 18 ou 21, sendo estas as mais comumente encontradas.

Para começar, a transmissão da bicicleta é constituida basicamente pela corrente, pelos câmbios (dianteiro e traseiro), pelos trocadores (e cabos e demais partes constituintes), pelas coroas e pelo cassete. São nestes últimos que vamos nos focar.

Coroa são as engrenagens dianteiras que ficam junto ao pedivela (a alavanca que sustenta o pedal).

Cassete é o conjunto de engrenagens traseiras que se situam no cubo da roda (próximo do câmbio traseiro).
Infelizmente, de maneira geral, os ciclistas tendem a não utilizar o conjunto coroa-cassete para usufruir de toda a performance e conforto que a bicicleta pode oferecer. Além disto, o uso inadequado diminue bastante a vida útil de tais componentes.

Basicamente, as marchas mais altas oferecem mais resistência na pedalada. Quando selecionamos uma marcha mais pesada do que o trecho solicita, normalmente teremos que fazer mais força e diminuir a cadência.

Recentemente, com o avanço das tecnologias, o ciclista Lance Armstrong demonstrou que girar mais lentamente do que a cadência ideal, utilizando-se mais força, gera perda de performance e, principalmente desperdício de energia.

Ao adotar o uso de uma marcha mais leve e uma cadência (cada giro completo do pedal/ pedivela) mais rápida, Armstrong superou seus concorrentes que estavam ainda “presos ao velho paradigma” de que o ideal era fazer muita força ao pedalar, com um giro menor. Além disto, ao utilizar uma marcha muito “pesada” para o trecho, o ciclista corre um grave risco de distensão muscular e lesão nas articulações, particularmente nos joelhos e nos quadris.

As marchas mais baixas, por sua vez, são indicadas para trechos de subida porque deixam o pedal mais fácil de girar, ficando mais simples girar numa cadência alta. É claro que se estivermos num trecho de descida, ao utilizarmos as marchas mais baixas não aproveitaremos a força da pedalada. A cadência mais alta do que o ideal permite fazer menos força, mas de tanto “girar”, você pode se cansar muito cedo.

Na prática, podemos observar que:
- quando a corrente estiver sobre a coroa interior (a menor), procure utilizar as catracas maiores, desde as mais internas (mais próximas do cubo), até as do meio.

- quando a corrente estiver sobre a coroa exterior (a menor), utilize as catracas menores (as mais externas, próximas ao câmbio).

- procure sempre antecipar seus percursos, ou seja, antes de iniciar uma subida, troque de marcha com antecedência. Antes de a velocidade começar a reduzir, troque para uma marcha menor (coroa menor dianteira e catraca maior traseira), aliviando a pressão das pernas.

- não antecipe demais a mudança de modo a perder seu esforço. Porém, a troca de marcha durante uma subida, além de ser perigosa (poi, devido à tensão da subida a marcha pode não entrar e ocasionar um tombo) pode danificar sua transmissão. Lógico que esta percepção ocorrerá com o tempo, a medida em que você conhecer mais seu equipamento e, principalmente, seus limites!

- nas descidas, aproveite para pedalar! Isto ajuda muito a fazer o ácido lático acumulado nos músculos circular, evitando as famosas caimbras! Troque para uma marcha mais pesada, (coroa grande e catraca pequena), e continue a manter sua velocidade!

- sempre que possível, evite o famoso “cruzamento da corrente“. Este ocorre quando temos uma angulação errada entre a coroa e o cassete (coroa maior e catraca maior ou coroa menor e catraca menor), ocasionando uma tensão lateral na corrente. Eu já vi muita corrente quebrando por causa disto…

- evite também mudar de marcha quando estiver fazendo força no pedal. O ideal é que, ao mudar de marcha, você alivie ligeiramente a pressão da perna no pedal. Isto faz com que a marcha entre de maneira mais “suave”, prolongando a vida útil do conjunto.

Apesar de já termos falado algo por aqui, vamos relembrar um pouco o conceito de cadência.
Por definição, cadência é o número de vezes por minuto que o ciclista completa uma volta no pedal (360′). A medida então é RPM, ou rotações (que o pedivela completa) por minuto.
Posto isto, o ideal é que a cadência seja costante, independente do tipo e do relevo do terreno – daí a necessidade de saber trabalhar direito com as marchas.

Para ilustrar, podemos pensar em um carro: quando aceleramos e desaceleremos muitas vezes, o consumo de combustível é mais alto; na estrada, quando a velocidade é normalmente constante, este consumo tende a diminuir.

Assim, o ciclista deve procurar uma cadência que lhe proporcione conforto e economia de energia durante o movimento, uma vez que não existe uma cadência melhor que a outra: a melhor é a que apresenta equilíbrio entre a velocidade das duas pernas e a força exercida sobre os pedais.

De um modo geral, a cadência ideal para o aquecimento (primeiros dez minutos) é de 40 a 60 RPMs. Pode-se utilizar também esta cadência quando estamos realizando um passeio ou treinos de recuperação (quando ficamos mais de um mês sem pedalar). Após o aquecimento, o ideal é mantermos a cadência entre 70 e 90 RPMs.

Existem no mercado hoje diversos aparelhos capazes de medir esta cadência, que vão desde ciclocomputadores até monitores de frequência cardíaca com funções de ciclismo. Mas, se você não quiser comprar um aparelho, basta usar um relógio e contar quantas voltas completas realizamos no pedivela durante um minuto.

Resumindo

Se estamos “girando muito” (mais de 100 RPMs) sem sair do lugar, devemos mudar para uma catraca menor (normalmente o trocador se localiza do lado direito da bicicleta) e uma coroa maior (normalmente o trocador fica do lado esquerdo da bicicleta), experimentando até sentirmos que a bike se movimenta bem, sem muito esforço (realizando cerca de 70 rotações do pedivela por minuto).

E se estamos girando pouco e fazendo muita força para pedalar, o ideal é mudarmos para uma catraca maior e uma coroa menor. Mas para o uso urbano, normalmente a coroa média com a catraca “do meio” resolve muito bem a situação!

Lembre-se de sempre manter sua corrente lubrificada e, quando notar rangidos e/ou dificuldades para cambiar, leve a bicicleta no mecânico de sua confiança.

E você? Qual a sua experiência? Aproveite para deixar aqui seus comentários!


COMO ESCOLHER O TAMANHO DO QUADRO

A escolha do tamanho do quadro de uma bicicleta é fundamental para sua postura, conforto e desempenho. Caso esteja usando um tamanho errado poderá lhe trazer um grande desconforto, dores no corpo e certamente a pedalada não será prazerosa. Apesar disso parecer óbvio é muito comum ver pessoas pedalando com bikes de tamanho inadequado ou simplesmente com os ajustes errados, por exemplo, altura do selim (banco).

Bem, vamos tratar apenas do tamanho do quadro e numa futura matéria falaremos de todos os ajustes de uma bike.

Para as bikes rígidas/hard tail, o quadro é apresentado em polegadas. Essa altura é medida do centro do movimento central (pedivela) até o centro do tubo horizontal (onde ele cruza com o tubo vertical). Algumas bikes trazem o tamanho impresso no próprio quadro. Para adultos a numeração esta na faixa de 16” à 22”.
Não existe uma relação direta entre estatura x tamanho do quadro e a melhor forma de saber é medindo a altura do seu cavalo. Nas lojas especializadas existe uma escala que traduz a altura do cavalo ao tamanho adequado.

Posição correta do pé
Uma vez escolhido o quadro você deve ajustar a altura do selim para que o pedalar seja confortável. Quanto estiver pedalando deixe o peito do pé apoiando no pedal e nunca o meio ou barriga do pé, pois é nesta posição que se tem maior força e o menor desgaste muscular.

Esse é um hábito difícil de perder quando se aprendeu errado, mas quando se adaptar verá que a pedalada renderá muito mais. Numa futura matéria falaremos do firma-pé, com ele seu pé ficará “preso” na posição correta no pedal.

Joelho muito flexionado
Com a perna na parte mais baixa do pedal (alongada) o joelho deve ficar levemente flexionado. Ou seja, não pode esticar a ponto de sentir que irá perder o apoio e nem deixá-lo curvado em excesso. A posição ideal só virá com a prática, mas fique atento à sua posição para sempre melhorá-la.

Para as bikes full suspension o tamanho do quadro é medido em P, M, G. Uma vez que justamente devido ao trabalho da suspensão a altura do quadro varia. Mas o princípio para a escolha é o mesmo – a altura do cavalo.

Mesa
Uma vez escolhido o quadro e com a altura do selim devidamente ajustado, pode ser que guidom fique muito próximo ou longe demais. Para isso você poderá ajustar a mesa, peça que conecta o guidom ao quadro. Além da distância ela também ajusta a altura do guidom. Vamos voltar a falar da mesa mais profundamente em outra matéria.

Vale lembrar que o quadro é o componente mais caro da bike e deve ser escolhido com muita calma. Vale a pena andar com bikes de amigos para testar antes de escolher o seu.


PEDALANDO EM VÁRIAS SITUAÇÕES

1 - Em dias de chuva, é importante observar alguns detalhes pra evitar surpresas desagradáveis.
- Evite encher demais os pneus. Excesso de pressão deixa-os muito duros e com pouca aderência ao piso, podendo escorregar em curvas e frenagens.


- Mantenha a corrente lubrificada, com a chuva o óleo da corrente é lavado e pode causar a quebra da corrente.

- Desvie de poças d’água. Assim como com o carro, evite passar dentro de poças, elas podem esconder buracos, barras de ferro, pregos e outras surpresas inconvenientes.

2 - Pedalar nas cidades requer alguns cuidados e aqui vão algumas dicas, para você pedalar em segurança pelas ruas de sua cidade:

• Use sinalização refletiva, espelho e campainha. É lei!


• Prefira as ciclo faixas e ciclovias. Se não for possível, pedale sempre à direita. Siga o fluxo do trânsito, jamais na contramão. Ande em linha reta e não faça ziguezague. Cuidado para não surpreender o motorista!
• Pare antes da faixa se houver pedestre atravessando.

• Não pedale colado atrás dos veículos. Esteja sempre pronto para frear e cuidado com o chão liso;

• Sinalize com gestos suas intenções de manobras. Faça-se bem visível;
Ciclista comece por você, obedeça a todas as leis de trânsito. Ao furar um sinal vermelho ou cometer qualquer infração do trânsito você pode ser multado, portanto conduza a bicicleta como você dirige o carro!

3 - Você sabe o que é cicloturismo?
Cicloturismo é a expressão que sintetiza a arte de fazer turismo com a bicicleta, é uma atividade física com poder terapêutico. Além de ser uma fonte cultural, pois cada local, vila, estrada e pessoa nos abrem possibilidade de conhecimento de vida e de outras culturas. No cicloturismo há sempre uma sensação de aventura, retorno à infância, mistura de liberdade e molecagem sadia. É um escapar da mesmice. Bicicletas são simples e revelam que a vida pode ser muito simples. Permitem uma viagem relativamente rápida e ainda assim relaxada; e a um preço muito, muito baixo.

4 - Pedalar pela cidade requer atenção e alguns cuidados.
Lembre-se que uma vez na rua, você é invisível. Certo ou errado, você é o mais frágil na equação do trânsito. Confira o cruzamento antes de seguir em frente. Sinalize as suas intenções e só execute conversões ou mudanças de faixa uma vez que você tenha certeza de que foi visto. Use a bicicleta como meio de transporte seguro, para um planeta consciente e saudável. E não esqueça: use sempre o capacete!

5 - Vocês sabiam que um carro que circula aproximadamente 10 mil km/ano emite cerca de duas toneladas de CO2 (dióxido de carbono)?
 Santa Cruz é campeã estadual em n° de carros/habitante. Evite o stress do trânsito, contribua para sua saúde, e faça sua parte ajudando a não poluir mais nossa cidade! Deixe o carro na garagem e saia pedalando!

6 - Com a previsão de dias ensolarados no fim de semana, nada melhor que deixar seu carro na garagem e sair pedalando pelas ruas ou pela zona rural de nossa cidade;

Além de relaxante, a sensação de imersão no que está ao seu redor é muito maior. A visão não é obstruída como em um automóvel, e mesmo o nível de atenção disponível para apreciar o caminho é mais gerenciável. Sem trânsito e sem stress, siga leve no fim de semana, pedalando por toda parte da cidade!

7 - Andar de bicicleta é bom para a saúde!
A bicicleta promove a tonificação dos músculos, a barriga some rapidamente e endurece o bumbum.

Também é especialmente indicado para evitar problemas cardíacos.

São centenas de motivos, porém vou postar somente cinco boas razões:

1. É um modal totalmente limpo,sem emissão de poluentes.

2.Ao mesmo tempo que você se locomove, faz exercícios físicos e contribui para sua saúde e bem-estar.

3.O motorista que deixa o carro em casa contribui para melhorar o trânsito. Cada bicicleta é um carro a menos nas ruas.

4. Com a bicicleta, o ciclista tem mais contato com a dinâmica da cidade e conhece melhor o espaço urbano.

5.Além de não poluir, o modal também é silencioso e diminui o barulho nas grandes cidades.

8 - Pense livre. Pedale!
Já pensou que a sua bicicleta não polui, não consome combustível e ainda traz a sensação de liberdade te deixando mais próximo da natureza?

É mais silenciosa que os automóveis, sem congestionar as cidades, colabora para a sua saúde e a do planeta.

E o melhor de tudo? Libera endorfina e você se sente bem o dia todo!

Faça do seu mundo melhor!

9 - Aí vai uma dica para os ciclistas na nossa cidade: é o Pedal sem Álcool, que proporciona um passeio de bicicleta pela zona rural de nossa cidade com toda a segurança.

As noites de terça ganham um ar especial. Os ciclistas chegam de todos os cantos da cidade para se encontrar em frente a rota do mar, colocar o papo em dia, aproveitar as noites quentes de verão ou fria do inverno e o principal: pedalar com mais de 50 amigos!

Os participantes percorrem cerca de 15 a 30km em um ritmo tranqüilo com muitas paradas. Para participar, basta aparecer na Rota do Mar nas Terças por volta das 7:00 e 7:30. A saída é sempre antes das oito.

Ei! Não se esqueça do capacete, uma lanterna para melhor lhe guiar nos caminhos noturnos e os piscas de alerta, que são obrigatórios.

NOÇÕES DE ERGONOMIA PARA A COMPRA DA BIKE

Bicicleta antiga

Assim como camas, cadeiras, mesas e vários outros objetos que adotamos em nossa rotina, a bicicleta também deve ser adaptada ao máximo ao nosso corpo para que ela seja usada de maneira mais eficiente e confortável. Isso se chama “ergonomia“, que nada mais é do que o “estudo científico das relações entre homem e máquina, visando a uma segurança e eficiência ideais no modo como um e outra interagem”.

Atualmente, as grandes lojas e hipermercados respondem pela maior parcela das vendas de bikes no Brasil, com uma grande variedade de modelos, principalmente os voltados ao transporte e ao lazer. Estes modelos, de uma forma geral, são mais simples em seus componentes e materiais de fabricação, tendo uma valor final mais acessível. Dependendo da proposta, podem servir tranquilamente como uma bicicleta para a pessoa entrar neste universo, fazendo “upgrades” com o passar do tempo.

O único problema é que, ao realizar a compra em magazines e hipermercados, dificilmente encontramos atendimento especializado, o que pode resultar em uma compra inadequada, trazendo sérias consequências ao praticante. Portanto, vamos dar abaixo algumas dicas para você comprar sua bike sem a ajuda de um atendente especilizado.

Os ângulos e as medidas dos diversos tubos de uma bicicleta influenciam diretamente sobre o seu comportamento. Então, uma vez decidido o tipo de bicicleta a ser comprado (se ela será uma mountain bike, uma speed, uma híbrida ou uma urbana), é preciso determinar o tamanho do quadro.

Apesar de não haver um procedimento padrão para estabelecer esta medida, a mais aceita e difundida é multiplicar a medida do nosso “cavalo” por 0,65. O resultado indicará o tamanho do quadro em centímetros. Para obter o cavalo, o ciclista deve ficar descalço, encostar-se numa parede e pressionar um bastão contra a zona do períneo; com uma fita métrica, medir a distância entre o solo e o cabo.

Não é uma operação muito simples encontrar quadros com medidas específicas. De uma maneira geral, podemos nos basear em nossa altura utilizando-se o seguinte quadro:

Outro ponto crítico que você deve levar em conta quando começar a pedalar é o selim (o banco, mas desde já você, futuro ciclista, deve-se acostumar com os nomes corretos dos componentes!).

Existem vários mitos com relação a este componente. Muitos ciclistas já passaram até por dormência genital, que é causada pela pressão que o selim exerce sobre os nervos genitais. Normalmente, este efeito é passageiro, como a simples dormência de um pé, mas deve ser evitado para não causar problemas maiores no futuro, como a dificuldade de ereção.

Use este checklist para evitar a dormência:

- O selim está muito longe do guidão? Se você precisa se inclinar excessivamente para alcançar o guidão, o bico do selim vai pressionar os nervos. Instale um avanço (componente que liga o quadro/garfo ao guidão da bike) menor para facilitar a pegada;

- O bico do selim está para cima ou para baixo? Bico levantando aumenta a pressão quando você se inclina para a frente. Se estiver apontado para baixo, você desliza para a parte mais estreita do selim. Este deve estar nivelado paralelamente ao solo;

- O selim está muito alto? Isso faz com que você pressione a genitália contra o selim para alcançar os pedais. Abaixe o selim até que seu calcanhar encoste ligeiramente no pedal em sua posição mais baixa;

- O selim é largo o suficiente para o suporte necessário? A porção traseira deve suportar seu osso isquiático – os ossos de sentar;

- O selim é muito macio? Um selim coberto por uma grossa camada de espuma ou gel não é a solução para o problema da dormência. Pelo contrário, exerce mais pressão na genitália;

- Seu selim está ultrapassado? Os mais modernos são desenhados para evitar a dormência;

- Você fica muito tempo sentado? Em longas pedaladas, você deve levantar-se periodicamente do selim e pedalar em pé por um minuto. Isso alivia a pressão e restaura a circulação. Essa técnica se faz mais essencialmente se não houver montanhas no percurso, em que geralmente o ciclista pedala de pé, ou se o ciclista usa guidões aerodinâmicos.

Com as dicas acima, você vai conseguir comprar uma bike muito mais adaptada ao seu corpo e, com isso, aproveitar melhor sua pedalada. Se tiver dúvidas, deixe nos comentários e tentaremos responder da melhor maneira possível!


PEDALANDO NO FRIO

No frio você tem outras maneiras de controlar a temperatura, outras paisagens para apreciar, outras frutas para degustar, outros cuidados para tomar.

O frio não é desculpa para não sair para pedalar, principalmente se o tempo estiver seco, sabendo algumas dicas e praticando, a pedalada pode se tornar até mais gostosa do que naqueles dias de calorão do verão.

O calor é bom, mas quem reside no sul do Brasil pode se considerar um privilegiado, porque pode pedalar e conhecer paisagens diferentes nas quatro estações do ano. O Importante é saber desfrutar das vantagens do clima de cada estação, que na região sul são mais definidas.

No frio você tem outras maneiras de controlar a temperatura, outras paisagens para apreciar, outras frutas para degustar, outros cuidados para tomar.

As dicas de pedaladas no frio, que você encontra em revistas nacionais, geralmente são paliativas e estão mais direcionadas para a venda de produtos dos anunciantes, por isto resolvemos escrever sobre o assunto de maneira simples e tornando a pedalada o mais econômica possível.

Estas dicas não são definitivas, considere como sugestões, e tire as próprias conclusões, adapte as ao teu tipo de pedalada, use a dica que mais você gostou.

Mesmo que você seja um ciclista experiente, acostumado a pedalar no frio, que tenha bom equipamento, sempre pode aprender ou lembrar de algo que estava esquecido.

Quando está frio?Para pedalar no frio é preciso ter uma noção mínima de meteorologia, e ao menos prestar a atenção na previsão do tempo, coisas simples do tipo:

Você vai pedalar 100 km em um dia e no trajeto a ser realizado vai subir a serra, quanto maior a altitude menor é a temperatura. Se você não estiver prevenido pode passar frio.

Você pretende pedalar da 1h até às 16 horas e a previsão do tempo é um dia limpo com sol.

Na madrugada vai estar muito frio, mas durante o dia, principalmente à tarde, a temperatura aumenta e você vai ter que tirar boa parte da roupa que está vestindo.

Pense nisto antes de sair, no momento de escolher a roupa a utilizar. Para estas dicas considero fria a temperatura de -4 até 12 graus.

Acima de 12 graus já não é mais tão frio, dependendo do local onde você se encontra.

Por exemplo, no alto de uma montanha com muito vento você pode sentir muito frio com 12 graus de temperatura.

A temperatura de 4 graus negativos é a mais fria que já pedalei e no Brasil são poucos os lugares e os dias do ano em que a temperatura pode ser ainda menor.

Aquecimento
Exercícios de alongamento por um período de aproximadamente 10 minutos, dando maior ênfase para os membros inferiores.

Alongue principalmente as pernas e a lombar;

Pedale os primeiros minutos em um ritmo leve aumente a intensidade das pedaladas gradativamente;

Logo depois de pedalar alongue a musculatura mais uma vez.
 
Alimentos
Com o frio tem-se uma necessidade calórica maior para manter a temperatura do corpo, por isto uma alimentação saudável é muito importante!

Aproveite a estação para comer frutas cítricas que contem uma quantidade maior de vitamina C.

Em dia muito frio e seco é normal ocorrer o ressecamento dos lábios e a ingestão de vitamina C é importante para a recomposição dos tecidos o que ajuda a evitar este ressecamento.
Para pedaladas longas, coma algumas barras de cereais e/ou barras energéticas durante o percurso. Não espere a fome chegar para ir repondo as energias.

Após a pedalada uma xícara de chá ou leite quente sempre é bom para aquecer.

Proteção
O sol em dias frios também causa queimaduras, por isto o uso de protetor solar não deve ser esquecido;

O ar muito frio causa ressecamento da pele por isto pode-se usar loção hidratante para as partes expostas do corpo;

O ar gelado, próximo a zero grau, causa uma espécie de queimadura na pele, mesmo à noite, por isto nas partes expostas do corpo, por exemplo, o rosto, pode-se inclusive utilizar protetor solar, que geralmente funciona também como hidratante;

Para evitar o ressecamento dos lábios deve-se utilizar creme ou óleo especial, o mais conhecido, barato e popular é conhecido como "Manteiga de Cacau" e é encontrado nas farmácias;
O Ar seco, principalmente quando associado à poeira, causa ressecamento nos olhos, este é mais um motivo para o uso de óculos de proteção, evitar futuros problemas de visão.

Quando respiramos o ar gelado é muito freqüente acontecer irritação na garganta, por isto o ideal é inspirar o ar pelo nariz e utilizar roupa que mantenha o pescoço protegido.
Evite limpar os ouvidos em excesso! Parece brincadeira! A cera formada nos ouvidos serve de proteção e somente o excesso deve ser limpo. Não confunda ouvido com orelha!

Ritmo de pedalada
Procure pedalar em um ritmo constante para manter-se aquecido;

Procure parar somente quando é extremamente necessário, fique parado o menor tempo possível e de preferência pare em local mais protegido.

Quando você está pedalando em um ritmo forte, principalmente em subidas, seu corpo fica mais aquecido, quando você para, seu corpo esfria, por isto, nas paradas e descidas longas coloque uma roupa mais quente.

Vestuário
A maior dificuldade é escolher a roupa a usar, cada situação pode exigir um tipo de roupa diferente. A dica principal é não se encher de roupa, por mais que esteja frio, pedalando você vai se esquentar.

Que tipo de roupa usar? O principal é usar roupas leves e que não dificultem os movimentos. Existem roupas com tecnologias muito avançadas, capazes de manter o corpo seco e aquecido, porem, são bem mais caras que as roupas normais, mas são um investimento que compensa.

Vamos dividir conforme as partes do corpo:

Pés
Em um dia seco uma sapatilha ou tênis normal já é o suficiente. Em um dia chuvoso ou no barro o ideal é uma sapatilha especial para o frio. A Shimano possui um modelo especial a prova de água com cobertura no tornozelo em neopreme que ajuda a manter o pé seco e quente.

Se você não utiliza pedal de encaixe use um tênis ou botinha que isole melhor, ou então que não retenha água, um par de meias grossas também ajuda.
Em caso de improviso utilize sacos plásticos para isolar os pés, prenda-os com fita plástica, mas não abafe muito e não deixe o pé ensacado por muito tempo, também preste a atenção para não prender o saco plástico na corrente da bike.

Uma opção pouco utilizada é cobre botas de neopreme, que são capas para serem colocadas sobre as sapatilhas com uma abertura para encaixe dos tacos no pedal. A desvantagem no mtb é quando você precisa pisar no chão, melhor para pedaladas no asfalto, isola muito bem o pé.

Pernas
Para dias secos, o mais utilizado é a calça de lycra especial para pedalar, é confortável como uma bermuda. Se o dia está muito frio você pode utilizar uma calça de abrigo leve por cima da calça de lycra.

Uma opção é o uso de calça de Supplex, tecido especial que elimina melhor o suor, mais utilizado por mulheres.

Para um mountain bike mais agressivo ou na chuva o indicado é o uso do mesmo tipo de calça utilizado no Bmx, Down Hill ou Motocross. Este tipo de calça é resistente, forrada para proteção e leve.

Quase todas as marcas possuem letreiros com a marca, costurado nas pernas, coxas e na parte superior a bunda, para deixar a calça ainda mais leve pode-se retirar estas propagandas.

Opção mais versátil é o uso de pernito, ou seja, um par de pernas avulso para ser utilizado em conjunto com a bermuda de ciclista. É leve, confortável e ocupa pouco espaço para transporte.

A desvantagem é quando você vai utilizá-lo para caminhar ou correr, ele geralmente começa a cair.

Outra opção é o uso, por cima da bermuda, da calça das capas de chuva para motoqueiros. Rasga fácil e não permite a transpiração, mas protege da chuva.

Opção para aventureiros é a utilização de calça de neopreme. Mais indicado para corridas de aventura. Desvantagem é o preço e dependendo de onde você for pedalar vai ser um pouco exagerado!

Mãos
Para as mãos é obrigatório o uso de luvas do tipo full Finger (dedo inteiro), as melhores são as utilizadas para o bmx, DH. Disponível em vários modelos e marcas no mercado.

Segure as mãos na manopla, quando as mãos estão em contato com o metal, por exemplo, do bar ends, esfriam muito mais rapidamente.

Para dias de chuva é necessário o uso de um par de luvas impermeável, uma boa opção é a luva Cannondale Ultrex, é impermeável, leve, permite a respiração e tem cano longo que fecha até a manga do abrigo.

Em pedaladas na chuva e frio, se você não tiver alguma luva impermeável, utilize luvas com tecido que não fique encharcado, exemplo lycra, se não possuir é até melhor pedalar sem luvas do que utilizar luvas ensopadas e geladas.

Braços: 
A opção exclusiva para os braços é a utilização de manguito, ou seja, um par de mangas de camisa avulso para ser utilizado em conjunto com camisa de ciclista. Vantagens: é versátil, você pode retirar facilmente quando esquentar é leve e ocupa pouco espaço para transporte.

Opção muito utilizada é a camisa de ciclista de manga longa.

Para dias muito frios, com chuva ou neblina apenas uma camisa manga longa não é suficiente, vai ser necessário também o uso de um abrigo.
CabeçaO mais confortável é a utilização de touca. Atenção! Use touca para passear no parque, se for para praticar mountain bike, pedalar mais rápido ou no transito, use capacete! Touca com capacete não fica legal. Se você está na dúvida entre usar a touca ou o capacete escolha sempre a segunda opção.

Em caso de chuva o uso de touca não resolve e a solução é a utilização de capuz de nylon do abrigo. O capuz deve ser utilizado por baixo do capacete, isolando quase toda a cabeça da chuva, deixando exposto apenas o rosto.
TroncoEvite o uso de blusão de lã, casacos pesados ou varias camisetas ao mesmo tempo, o ideal é a utilização de abrigo impermeável, mesmo em dias sem chuva. Utilize uma camisa de ciclista manga curta ou longa, conforme o frio, e por cima protegendo do vento ou da chuva use o abrigo impermeável.

Como deve ser o abrigo: 
Os melhores são os importados com tecidos especiais que isolam da água e vento e permitem a transpiração, mas infelizmente, são mais caros e não estão disponíveis para todos os bolsos.

Se você não quer investir tanto nas suas pedaladas pode utilizar abrigos mais baratos, mas que tenham as seguintes características:

Capuz também impermeável que possa isolar a cabeça;

Zíper ou sistema de abertura frontal - para você abrir quando estiver mais quente (EX: nas subidas), e para fechar quando estiver mais frio (Ex: nas descidas e na chuva);

Bolso frontal ou na parte traseira para guardar pequenos objetos, energéticos etc.;

Manga longa até bem próximo as mãos, para evitar a entrada de vento e para poder ser fechado pelo cano longo das luvas;

Que mantenha o pescoço protegido, de preferência que feche até bem próximo ao queixo;
Que não seja muito solto, para evitar uma maior resistência no ar, e que não seja muito apertado, para não dificultar os movimentos;

Que seja de material resistente e leve sem forros que retenham água.

Outros
O uso de mochila ajuda a manter as costas quentes;

O uso de sistema de hidratação em baixo do abrigo impermeável ajuda a manter o liquido aquecido;

O uso de pára-lama para o mountain bike na chuva ajuda a evitar o contato com o barro e água;

O equipamento é fundamental para uma pedalada agradável em condições adversas:
escolha bem o que vai utilizar;

Prefira equipamentos de melhor qualidade, mesmo que custem um pouco mais;

Mantenha o equipamento sempre em condições de uso.



O MELHOR PNEU PARA MTB

Explicaremos como você pode escolher o pneu para a sua mountain bike. A escolha não se baseia apenas na qualidade do pneu e na sua função, mas também no preço, na durabilidade e, é claro, no seu gosto pessoal.

      Hoje em dia os pneus estão cada vez mais específicos e alguns modelos chegam a ter sua durabilidade reduzida para proporcionar mais desempenho em competições. Daí a necessidade de se ponderar os benefícios de cada modelo.

Já existem pneus sem câmara para mountain bike, mas eles só podem ser usados com aros específicos e ainda são mais caros que os convencionais. Sua principal vantagem é a diminuição dos furos, pois a maioria dos furos em trilhas acontece pela chamada mordida de cobra ("snake bite"). Este tipo de furo acontece no choque entre o aro e o solo, espremendo a câmara entre os dois, deixando 2 furos lado a lado. Por isso sua analogia com a cobra.


Existem 2 tipos de pneu com câmara para mountain bike:

Com armação de arame: mais pesados e mais baratos, equipam a maioria das bicicletas.

Com armação de Kevlar: mais leves e mais caros, são melhores para competir além de possuirem a vantagem de serem dobráveis. Isso é útil para levá-los em viagens, assim os cicloturistas podem dispor de pneus para asfalto e para terra.
As medidas
Os pneus de mountain bike, exceto raras exceções, possuem a medida de diâmetro 26 polegadas (escreve-se normalmente 26"). Quer dizer que o diâmetro interno do pneu (e do aro) tem aproximadamente 66 cm. As exceções ficam por conta de alguns modelos de cicloturismo (27"), algumas bicicletas híbridas como a Bad Boy Scalpel da Cannondale (que usa pneu 700) e alguns protótipos como o que a Gary Fisher estava testando há pouco tempo (29") mas parece ter desistido.
    

   A outra medida usada num pneu de mountain bike é sua largura, também em polegadas. Os pneus variam de 1.0" (para asfalto) a 2.7" (para downhill). É muito importante tomar cuidado com esta largura porque existem quadros que não suportam as medidas maiores e seu pneu pode raspar no quadro. Para ter certeza, consulte o manual da sua bicicleta e da sua suspensão para saber a largura máxima do pneu. Os aros para os pneus de downhill também são maiores e mais reforçados, por isso é preciso usar peças compatíveis.

As medidas do pneu, bem como sua pressão recomendada e sua direção de uso estão impressas na lateral e devem ser entendidas assim:
   
26 x 1.95    (diâmetro do aro x largura do pneu)
 De uma maneira geral, podemos organizar os pneus e suas respectivas
 funções como mostrado na tabela abaixo:


Se você já escolheu o tipo de pneu que vai comprar, mas está em dúvida quanto à largura, basta seguir a regra: quanto maior o pneu, maior sua tração (portanto resistência à rolagem), maior seu conforto e resistência aos impactos. Por exemplo:

     Você escolheu comprar um pneu para asfalto e quer saber se compra o 1.0"  ou o 1.6".  Os pneus 1.0" são ótimos para asfaltos sem buracos, mas eles passam a ser desconfortáveis no menor sinal de buracos. Dependendo do seu estilo de pilotagem eles correm um sério risco de furar e até amassar o aro. Já os pneus 1.6"  são mais confortáveis, mais resistentes a furos e mais seguros nas curvas, mas obrigam o ciclista a fazer mais força no pedal. Resta saber o que é mais importante para você e escolher entre eles ou um intermediário (1.2"  por exemplo)

Uso Recomendado
Medidas

Asfalto
De 1.0 a 1.6

Cross-country
De 1.7 a 2.0

Downhill
Acima de 2.0
A pressão
Como já dissemos anteriormente, a pressão recomendada para o pneu vem impressa na sua lateral. Não se deve ultrapassar o limite inferior da pressão para evitar furos, nem ultrapassar o limite superior para evitar que o pneu estoure.

A unidade comumente usada para pressão é a "libra-força por polegada quadrada" (Lbf/pol2), ou em inglês "pound square inch" (P.S.I.). No Brasil, as pessoas se acostumaram a dizer apenas "libras", que na verdade é unidade de massa (assim como o kg). Apesar de errado, é assim que a maioria dos ciclistas chamam esta unidade e é como a trataremos aqui também.

Normalmente a lateral dos pneus recebe uma inscrição como no exemplo abaixo:
"recommended pressure: 35-65 P.S.I."   ou    "keep inflated: 35-65 P.S.I."

Alguns compressores de postos de gasolina possuem uma outra escala na unidade BAR. Tome o cuidado de não usar esta escala, pois ela é bem diferente do P.S.I. e você pode estourar o pneu.

Os valores de pressão não devem ser confundidos com quantidade de ar dentro do pneu. É comum um ciclista ter que convencer um motorista de carro que o pneu da bicicleta não vai estourar com 80 libras, apesar de seu carro usar apenas 28. Isto é porque o pneu do carro tem uma rigidez muito maior e muito mais espaço para deformações. Já os pneus de bicicleta são feitos de um material bem mais flexível, trabalham com uma distância (entre o chão e o aro) de poucos milímetros, então não podem deformar muito.
     Normalmente, quanto mais finos os pneus, maior a pressão usada. As mountain bikes usam entre 35 e 65 libras, enquanto que as bicicletas de estrada chegam a usar 120 libras. A pressão do ar dá forma e rigidez ao pneu ao mesmo tempo em que permite sua deformação para a absorção dos impactos e para manter o atrito com o solo.
     Dentro dos limites estipulados pelo fabricante, cada situação deve orientar se a pressão deve ser maior ou menor, mas a regra é: 
para conseguir mais aderência (asfalto esburacado, trilhas escorregadias ou com obstáculos) deve-se reduzir a pressão.
para conseguir mais velocidade (asfalto bom, trilhas mais lisas ou de terra batida) deve-se aumentar a pressão. 
A sua experiência em cada piso vai lhe indicar a melhor pressão a ser usada.

 A banda de rodagem
     É uma das partes mais importantes e mais subjetivas na hora da escolha do pneu. É a região que entra em contato com o solo e é a parte que fará a diferença entre escorregar e tracionar. Os pneus estão cada vez mais específicos para o tipo de terreno que serão usados. Existem pneus para asfalto (slicks), para trilhas com obstáculos (cross-country), para trilhas mais batidas e com boa aderência (semi-slick), para trilhas com barro (mud), para downhill (medidas maiores e maior rigidez) e também os mistos, que servem tanto pra asfalto quanto pra terra. Os mistos são os de menor desempenho. Existe até uma frase famosa entre os trilheiros: "Pneu misto: ruim no asfalto, pior na terra!".

            semi-slick traseiro
        semi-slick   dianteiro
misto
pneu para lama

Alguns pneus são usados tanto na frente quanto na traseira, mas outros são desenhados especificamente para cada roda. Há ainda os que são invertidos quando se passa de uma roda para a outra, pois a tração é feita de maneira diferente. O pneu dianteiro precisa de tração nas curvas e nas freadas. Já o traseiro precisa de tração nas arrancadas, mas não é necessária tanta aderência nas curvas. Por isso, alguns pneus traseiros têm um perfil mais "quadrado".

trilha seca
trilha com lama (mud tire)
trilha rápida

Para se saber em que direção o pneu vai girar, existe uma seta na lateral dele apontando o sentido de rotação ao lado da palavra "rotation". Quando um pneu é usado nas duas rodas, mas com sentidos opostos, existem duas setas, uma acompanha a palavra "front" indicando o sentido de rotação se o pneu for instalado na roda dianteira. A outra seta acompanha a palavra "rear" e indica o sentido de rotação se o pneu for instalado na roda traseira.

Manutenção
   Apesar de estarmos acostumados a dizer que o pneu furou, a peça a ser consertada, na maioria das vezes, não é o pneu. A câmara de ar é a peça que dá a forma ao pneu e é ela que deve ser reparada com um remendo no caso de furos. 

  Um ciclista prevenido anda sempre com uma câmara reserva para simplesmente trocá-la, deixando para remendar o furo em casa. Isso é praticamente obrigatório numa competição. É possível trocar a câmara furada em menos de dois minutos, mas remendá-la demoraria cerca de 10 minutos

Tirando sua dúvida:
Qual é a pressão ideal para pneus de MTB?
Com certeza você já deve ter feito esta pergunta a si mesmo.

Segue abaixo uma tabela de como você deve calcular a pressão para seu pneu:

Começe com 40 psi, e depois:
Pneus menores que 2.0 + 5 psi
Trilhas secas e com pedras + 5 psi
Andando rápido + 5 psi
Andando devagar - 5 psi
Trilhas arenosas - 5 psi
Trilhas molhadas com raízes e pedras - 5 psi
Biker com mais de 80kg + 5 psi
Biker com menos de 80kg - 5 psi

Essa tabela funciona muito bem para a modalidade cross-country. Mas lembrem-se que algumas vezes pode ser gosto pessoal ou funcionar melhor para seu estilo de pedalada.



PEDALAR NO TRANSITO

Carros e mais carros, ônibus, motociclistas apressados, pedestres.
E nós, ciclistas. Como é que a gente faz?


Pedalar no trânsito parece impossível para muitos, principalmente para quem mora em cidade grande. Será mesmo? Se isto é verdade, por que tem aumentado o número de ciclistas nas ruas?

O que é verdade ou imaginação sobre segurança no trânsito?

Segurança no trânsito é estabelecida a partir de números, estatísticas, encontrados através de pesquisas realizadas com base científica, que dizem de fato o que é seguro, perigoso ou inseguro para o condutor de um veículo, pedestre ou qualquer outro que esteja participando do trânsito.

O resto é imaginação (ou ficção) popular, e esta sim, costuma ser perigosa.

Normalmente, quando acontece um acidente a história corre de boca em boca, e em pouco tempo parecerá que houve um acidente em cada esquina e a cada minuto. Há um certo prazer em contar e ouvir histórias deste tipo. Mesmo depois de muito tempo, um acidente sempre é uma conversa interessante. O que foi um tombo causado por um susto acaba se transformando num coitado sob as rodas de um ônibus.

A imensa maioria dos ciclistas pedala sem sofrer acidentes de trânsito! Mas, bom mesmo é quando há sangue na conversa.
O fato é que as pessoas se apegam a certas verdades muito mais para evitar a possibilidade de mudanças em suas vidas do que para qualquer outra coisa. "Vai que pedalar é muito mais seguro que imagino, eu vou ter que assumir que estava errado todo este tempo".

O que é novo é estranho e traz receios. Para quem pedala pela primeira vez no trânsito a situação pode parecer assustadora. Só nos conscientizamos que a maioria dos perigos são imaginários com a convivência e a prática.

Trânsito é previsível, tem lógica, responde à física. Há uma parte psicológica? Sim, mas esta também é previsível.Todo acidente é causado por um erro, uma falha. Se não houver erro ou falhas, não haverá acidente. É óbvio, parece uma afirmação besta, idiota, mas não é, muito pelo contrário. Quem compreende esta verdade, entende o que é segurança no trânsito e praticamente zera a possibilidade de um acidente.
Antes de culpar o outro, descubra qual é seu erro e você descobrirá a solução para o conflito.


Para o ciclista em qualquer lugar:
1. seja educado
2. obedeça as leis de trânsito
3. sempre sinalize suas intenções
4. use roupas claras ou chamativas
5. mantenha os refletores limpos
6. evite ruas e avenidas movimentadas
7. mantenha-se à direita e na mão de direção
8. não faça zig-zag: procure pedalar mantendo uma linha reta
9. aprenda a ouvir o trânsito e pedalar com segurança

Se o ciclista seguir umas poucas regras básicas o risco de acidente cai praticamente a zero. Sempre haverá possibilidade de alguma tensão ou conflito, mas será bem mais difícil a ocorrência de um acidente.

O importante é você entender que, enquanto pedala e conduz a bicicleta, você é um ciclista, e não um motorista ou motociclista. Bicicleta acelera, mantém a velocidade e desacelera de uma maneira completamente diferente de qualquer veículo motorizado. Por causa disto a relação do ciclista com o trânsito tem suas particularidades que tem ser respeitadas.Mais da metade dos acidentes de trânsito envolvendo ciclistas são responsabilidade do próprio ciclista.

Pedalar Tranqüilo
1. Acredite no que é científico; tome cuidado com o que falam por aí.
2. Mais de 50% dos acidentes são de responsabilidade do próprio ciclista
3. 95% dos acidentes envolvendo ciclistas acontecem em cruzamentos
4. Em menos de 1% dos acidentes o ciclista sofre uma colisão traseira
5. Pedalar na contramão aumenta muito a possibilidade de acidente com sequelas graves ou morte
6. Ciclista que veste roupas claras ou chamativas e sinaliza suas intenções, diminui sensivelmente a possibilidade de acidente.
7. Boa parte dos acidentes é causada por falha na manutenção da bicicleta
8. Use sempre equipamentos de segurança,como: capacete, luvas, farol, e outros.

Se sua habilidade com a bicicleta não é boa e você tem que cruzar uma via muito perigosa ou cheia de obstáculos, cruze a pé, empurrando a bicicleta.


A relação com o motorista
1. Quanto espaço ele precisa para frear?
2. Para onde ele está olhando?
3. Olho no motorista ou pedestre
4. Se não é possível ver o olho do motorista, olhe para as rodas dianteiras do carro.
5. Tente antecipar a reação do trânsito: olhe longe, pense adiantado.
6. Cuidado com a abertura das portas dos carros

O que nunca se deve fazer
1. Nunca pedale na contramão, a não ser que esteja sinalizado.
2. Não pedale onde o motorista não o pode ver
3. Nunca entre com tudo nos cruzamentos, esquinas ou saídas de estacionamentos.
4. Nunca force uma situação contra um carro, moto ou ônibus.
5. Não pedale muito próximo do meio fio
6. Não fique olhando para trás o tempo todo, somente o tempo necessário para perceber o trânsito no caso de necessidade de mudança de direção ou faixa. Preocupe-se com o que vem pela frente
7. Não use walkman, ouvir o barulho do trânsito é muito importante.

Precauções
1. Pedale de forma que seu comportamento transmita segurança aos outros
2. Só olhe para trás quando for realmente necessário
3. Em descidas fortes, evite deixar a bicicleta correr demais.
4. Cuidado com mudanças de piso e suas diferentes aderências
5. Tampas de bueiro em aço ou sinalização pintada no solo quando molhadas escorregam muito
6. Com chuva ou chão escorregadio diminua a velocidade
7. Com chuva a visibilidade de todos fica prejudicada
8. Esteja sempre com a marcha correta engatada. Antes de parar a bicicleta nos cruzamentos engate uma marcha que lhe permita arrancar rápido.
9. Respeite o pedestre, sempre.

Para o motorista
Faixas de rodagem são calculadas para a passagem de um veículo por vez A maioria dos motoristas não pedala, portanto não sabe como a bicicleta se comporta em movimento. A diferença de velocidade entre uma bicicleta e um automóvel é grande e o tempo de reação do motorista é baixo. Motoristas precisam prestar atenção em muita coisa ao mesmo tempo. A bicicleta é visualmente o menor dos veículos no trânsito, portanto o mais difícil de ser percebido.
Motoristas de qualquer veículo grande não tem uma boa visibilidade externa, portanto o ciclista deve guardar distância.Um carro ou uma moto freiam mais rápido que uma bicicleta
A bicicleta desaparece no ângulo formado pela coluna de um carro

Para o pedestre e outros
1. Pedestres tem prioridade sobre ciclistas. Lembre-se que você também é um pedestre. Respeite para ser respeitado
2. Um pedestre pode mudar de direção de maneira muito brusca. Aproxime-se devagar, avisando sua chegada e passe guardando distância.
3. Patins e skates também mudam de direção muito rápida
4. Cachorros e gatos têm reações inesperadas. Evite assustá-los
5. Próximo a árvores pode haver raízes perigosas

Estas são apenas algumas das dicas que temos para que tenhamos um transito mais seguro e agradável.

Bom pedal...



 QUE BICICLETA COMPRAR PARA AS CRIANÇAS ?

Comprar uma bicicleta maior porque a criança vai crescer é um grande e perigoso erro. Uma bicicleta grande gera insegurança e pode causar acidentes ou, no mínimo, fazer com que a criança perca o gosto pelo pedalar. Também é muito importante que a criança consiga acionar os comandos, em especial os freios, com facilidade. Boa parte dos acidentes acontece porque a criança se atira da bicicleta em razão de sua dificuldade para frear.

O ideal é que a bicicleta seja simples e funcional. Quanto mais detalhes, mais pesada será a bicicleta, o que é muito ruim para a criança. Alguns modelos a partir do aro 20 podem ser encontrados com marchas e suspensão. Marchas só valem a pena quando são de boa qualidade, ou seja fácil de acionar e precisa, mesmo assim a maioria das crianças não vai usá-las. Se possível evite bicicletas com marchas.

Não recomendamos suspensão porque aumenta muito o peso da bicicleta e geralmente não funciona apropriadamente. De novo, quanto mais leve a bicicleta melhor.

Recomendamos que a criança pedale numa bicicleta da melhor qualidade possível, de fácil utilização e que seja própria para seu tamanho, nem menor, nem maior. Criança feliz é criança sadia

Relação entre a idade e altura da criança e o tamanho da roda da bicicleta

Relação entre a idade e altura da criança e o tamanho da roda da bicicleta

IDADE
ALTURA DO CAVALO
(entre as pernas até o chão, em centímetros)

TAMANHO DA BIKE
(diâmetro do raio
em polegadas)
2 a 4 anos
35 a 42
12
4 a 6 anos
40 a 50
14
5 a 8 anos
45 a 55
16
7 a 10 anos
55 a 63
20
9 anos ou mais, até 1,50m altura
60 a 72
24


SUA BIKE NA MEDIDA CERTA

Dimensões do quadro da bicicleta

Fisicamente nossas medidas são diferentes (comprimento do braço, tronco e pernas) seja na altura ou no comprimento do "cavalo", existem variáveis levadas em consideração para se comprar uma bicicleta com nossas medidas, com a finalidade de proporcionar conforto e desempenho no uso do equipamento.









O cuidado ao escolher uma bicicleta e nossa posição nela pode evitar lesões e dores no decorrer do pedal.
Há varias maneiras de saber qual é o melhor tamanho do quadro que se adapta ao seu físico, a melhor delas e fazer uma analisem com um profissional especializado em ergonometria, que possui o conhecimento necessário para prover uma melhor dimensão de sua bike. Abaixo algumas dicas para se fizer o cálculo você mesmo.







Você precisa ter em mão algumas medidas de seu corpo:


Medidas do cavalo (1). (A ALTURA DE SUAS PERNAS PELA PAR TE DENTRO)
Medidas do tronco (2). (DE OMBRO A OMBRO)
Medidas do braço (3). (DO OMBRO ATE A MÃO)



Medidas do quadro da bicicleta.



Altura do quadro (tubo do selim) = medida do cavalo (a) x 0,65 (exceção das bicicletas com um quadro sloop).

Comprimento do quadro (tubo superior) o mesmo que (b) . Geralmente 2 ou 3 cm. mais.

Altura do selim = medida do cavalo (a) x 0,885
Tamanho da mesa do guidão esta relacionado com a flexão do tronco do ciclista, pode ser ajustado de maneira a proporcionar um melhor conforto ou aerodinâmica de acordo com a necessidade do ciclista.
A largura do guidão normalmente esta relacionada com a largura do ombro do ciclista.
* Devido aos tipos diferentes de ângulos que existem atualmente no tubo superior dos quadros,
a altura do tubo do selim pode variar. Mas para encontrar o tamanho do quadro desse tipo de bicicleta,
medida do cavalo é ainda fundamental. A única coisa que muda é a multiplicação do coeficiente, que dependerá do tipo do quadro.


Lembre-se o importante de você ter uma bike de tamanho adequado é tornar seu pedal mais confortavel e prazeroso.


O Selim
 Há uma forma de selim para cada corpo. Não é o formato do selim que dá mais conforto, mas como ele acomoda os ísquios e a musculatura das nádegas.

Para cada uso há um tipo de selim, portanto:
Homens e mulheres têm ossatura de bacia e nádegas diferentes, portanto precisam selins específicos. Isto não descarta que um selim masculino não funcione bem para uma mulher ou vice versa.
Experimente vários selins diferentes antes de optar pelo seu. Não há uma fórmula para chegar ao formato correto do selim a não ser por tentativa. Não descarte experimentar qualquer selim, mesmo aquele que é fino e parece desconfortável. As aparências enganam.

Selins mais largos são mais apropriados para pequenos percursos e pouco tempo de pedal, mas são desconfortáveis para um pedalar mais agressivo  e muito tempo sobre a bicicleta.Formato do selim:

          O tipo de uso e o tempo que o ciclista fica sentado no selim determinam o formato deste.
É importante que o desenho da parte de cima do selim dê apoio mais para os ísquios, o que evita problemas de pressão e conseqüente dormência na genitália.
É conveniente haver um sistema de amortecimento de impactos como espuma, gel, elastômeros, molas ou outros. Profissionais usam selim duro essencialmente porque estes são mais leves.

Tipo de selim e uso:
selim largo: uso urbano - distâncias curtas; pouco tempo sentado; ruas pavimentadas
selim muito largo: mulheres, gordos, bacia larga; distâncias curtas; pouco tempo sentado
selim médio: médias distâncias, mulheres, bacia larga
selim fino: condução esportivaAmortecimento do selim:
espuma: amortecimento básico, apropriado para esporte porque mantém boa sensibilidade das reações da bicicleta e é leve
gel: bom para iniciantes; podem ser muito moles e gelatinosos o que rouba a sensibilidade das reações da bicicleta
molas: podem emprestar muito conforto, mas o ciclista fica meio solto no ar, sambando sobre o selim; é pesado
elastômeros: suavizam impactos sem roubar muito da sensibilidade; é bem mais leve que mola
estrutura deformante: oferece pequena diferença, mas ajuda bem; é leve

outros: há vários outros sistemas de absorção de choques, mas os bons costumam ser muito caros. Mas, não se engane: não existe milagre!


Se você usar uma lycra própria para ciclistas, também tera uma diferença em conforto bem significativa.

Peça ajuda a outra pessoa para fazer as medidas conforme o desenho. Faça sempre três medidas e tire a média das três ou seja (medida1 + medida2 + medida3 / 3) = media, utilize dessa média para fazer os cálculos.

 
 
 


ALTURA do CICLISTA (cm)
BICICLETA DE ESTRADA (cm)
BICICLETA MTB (polegada)
160-165
47-51
14-15
165-170
51-55
18-17
170-175
53-55
18-19
175-180
55-57
18-19
180-185
57-59
19-20
185-190
59-61
20-21
190...
61...
22...