Somente no período de 2011/2014, foram destinados às cidades 32,7 bi, através do PAC 2, programa federal, dos quais Porto Alegre pode dispor de 560 milhões, destinados aos corredores dos BRTs, ao sistema de transporte e obras viárias. A possibilidade de acerto desta equação de duas variáveis – mais veículos, mais recursos para mobilidade – pode ser medida pelo exemplo da nossa Terceira Perimetral, que, ao ser inaugurada, já estava defasada. É preciso mudar radicalmente esta conta que não fecha.
Para recuperar a potencialidade da nossa economia e fazer das nossas cidades lugares saudáveis, as mudanças necessárias são essencialmente culturais, seja no âmbito da gestão pública, seja nos hábitos da sociedade. No primeiro caso, diversificar e qualificar as alternativas de transporte e resgatar o planejamento de longo prazo, concertado com as regiões metropolitanas. E sensibilizar cada vez mais pessoas para o consumo sustentável e optar pelo transporte público, uso de bicicletas e deslocamentos a pé. Passado mais de meio século dos “50 anos em 5”, precisamos viabilizar cidades saudáveis com sentido de urgência. É esse o desafio que decidimos enfrentar em Porto Alegre.
Fonte: Jornal do Comércio
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