A obesidade é um problema de saúde pública, responsável por aumentar significativamente a morbidade e a mortalidade pré-maturas. Quanto maior o peso e o percentual de gordura, maiores as chances de desenvolvimento de doenças associadas à obesidade, como: hipertensão, diabetes, câncer, problemas cardiovasculares.
A obesidade (síndrome metabólica) é causada por um balanço energético positivo, quando a ingestão de calorias supera o gasto; os fatores determinantes para o desenvolvimento da síndrome são:
- Alta ingestão de alimentos ricos em lipídeos (gorduras) e carboidratos de alto índice glicêmico (açucares)
- Sedentarismo (inatividade física).
A Organização Mundial da Saúde classifica a obesidade de acordo com o IMC (índice de Massa Corporal), que é calculado a partir da seguinte fórmula:
O IMC é dividido em em graus:
Vale ressaltar que o IMC é um parâmetro básico, que não pode ser aplicado a todos os grupos e indivíduos.
Curiosidade: A ocorrência de complicações da obesidade não depende apenas do excesso de peso, mas também da distribuição da gordura corporal; Pessoas que tem gordura corporal concentrada predominantemente no abdômen correm mais riscos de desenvolvimento de doenças associadas à obesidade.
TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA OBESIDADE
Para tratar e prevenir a obesidade é necessário que o gasto energético seja maior que o consumo e para que isso ocorra dois pilares tornam-se essenciais: a mudança dos hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos.
Uma alimentação equilibrada, com definição de horários regulares para a realização das refeições e restrição da ingestão de alimentos hipercalóricos é imprescindível. O ciclismo surge como uma ótima atividade física para controle e combate da obesidade, visto que o esporte tem como principal característica a mobilização do metabolismo aeróbico, em que a gordura depois de um determinado tempo em movimento é predominantemente usada como fonte de energia.
Apesar da utilização predominante do metabolismo aeróbico, o ciclismo também pode ser considerado uma atividade “intervalada”, em que o metabolismo anaeróbico também é utilizado; as oscilações no terreno, principalmente no Mountain Bike, onde terrenos acidentados e com grandes elevações são comuns, exigem do ciclista força e explosão muscular, a demanda energética nessas condições é maior no momento da atividade e após, visto que o oxigênio continua sendo consumido até durante horas após a prática.
Além do mais, a bicicleta é uma atividade física que tem um baixo impacto nas articulações; o excesso de peso pode limitar o indivíduo a prática de atividades que apresentam alto impacto, principalmente nas articulações dos joelhos e quadril, como a corrida e esportes de saltos. Pessoas que apresentam sobrepeso em graus mais elevados na maioria das vezes já trazem consigo um histórico de problemas ortopédicos.
O ciclismo traz efeitos agudos e crônicos a seus praticantes, nas primeiras semanas já nota-se a redução do percentual de gordura e a melhora do condicionamento físico. Em longo prazo, podemos citar como os principais efeitos:
- Maior sensibilidade a insulina (a resistência a insulina é o principal fator desencadeante da diabetes tipo II);
- Redução dos triglicerídeos (responsáveis por ocasionar problemas cardiovasculares);
- Redução da pressão arterial e um coração trabalhando com mais força e eficiência;
- Maior aproveitamento do oxigênio;
- Mudança da imagem corporal e aumento da autoestima;
Pedale, pratique exercícios, mude os hábitos alimentares, a obesidade é uma doença crônica que compromete a qualidade de vida; Segundo a Organização Mundial de Saúde a doença é responsável por matar pelo menos 2,6 milhões de pessoas anualmente, os dados são alarmantes, cuide-se!
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