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Todos os países oferecem Centros de Formação de Condutores, mas muitos vão além, oferecendo programas de formação de ciclistas ainda na infância.
Quer saber mais sobre como este processo acontece em alguns locais do mundo e também no Brasil? A gente conta para você.
Alemanha
O ensino para os pequenos ciclistas dura, em média, dois anos e pode ser acompanhado pelos pais. É na escola que os pequenos aprendem não só a pedalar, mas a como se comportar no trânsito como pedestres ou motoristas.
As crianças praticam em um simulado em que há desenhos e cones que representam as ruas de verdade. Os pequenos pedalam tanto no plano, quanto em subidas e descidas, para treinar o domínio da magrela. Ao final da formação, é confeccionada, de forma simbólica, uma carta de habilitação que certifica o preparo para atuar no trânsito.
Holanda
Mais ou menos no mesmo modelo dos alemães, os “traffic gardens”, ou “jardins de trânsito”, também começam dentro das escolas para formar bons cidadãos.
Os holandeses fazem percursos simulados e monitorados, por aproximadamente 6 km, aos 11 anos de idade, quando já podem se considerar “formados”.
Dinamarca
O jardim de infância da Dinamarca, chamado por lá de “kindergarten”, é um convite para aprender como educar cidadãos para o trânsito desde cedo e a cumprirem seus deveres e saberem os seus direitos nas vias.
A partir dos três anos de idade, os pequenos já estão qualificados para as aulas de trânsito. Os ensinamentos, que começam em uma bike sem pedal para treino do equilíbrio, seguem até os seis anos de idade.
A educação para o trânsito inclui materiais criados pela Federação de Ciclistas Dinamarqueses para incentivar que todos usem a magrela como meio de transporte. O objetivo é que a cultura da bicicleta se mantenha viva em todas as gerações.
Estados Unidos
O país não tem a bicicleta como o seu principal meio de transporte como acontece em alguns destinos europeus, mas tem altas taxas de ciclismo para os deslocamentos diários e uma comunidade ativa no pedal. Além disso, claro, as crianças também são educadas sobre o tema.
Em Portland, no Estado de Oregon, considerada a cidade mais ciclável dos EUA, os alunos da quinta série do Ensino Fundamental de 40 colégios recebem o programa Bicycle Safety Education.
Nas cidades universitárias de Boulder e Fort Collins, no Colorado, também há uma iniciativa para ensinar a pedalar desde cedo: o Bike School. Já em São Francisco, na Califórnia, existe a semana Bike & Roll to School que acontece todos os anos, no mês de abril, para incentivar o deslocamento sobre duas rodas no trajeto casa-colégio
Brasil
No Brasil, a cultura da bicicleta ainda engatinha no que diz respeito à inclusão no ensino. Em 2012, foi lançado em São Paulo o programa Escolas de Bicicleta, que forma ciclistas urbanos e os torna aptos a fazer, com segurança, o trajeto de casa até a escola (ou outros destinos, claro).
Outra iniciativa que fortalece a cultura da bicicleta em nosso país é o projeto Educação no Trânsito, que conscientiza crianças sobre a segurança nas vias.
Acha pouco? Tem mais: em Florianópolis, o projeto Bicicleta na Escola Floripa informa aos estudantes sobre a mobilidade urbana e os incentivam a pedalar de casa para o colégio. Enquanto isso, o Departamento de Trânsito do Paraná oferece, em seu portal, um guia em que a criança é instruída em todos os papéis no trânsito: pedestre, ciclista, motociclista e motorista.
O Movimento Maio Amarelo, criado com o objetivo de reduzir os conflitos no trânsito, tem como um dos obejtivos firmar parcerias para incentivar que a educação sobre o tema invada salas de aula.
Além de todos esses projetos envolvendo crianças, o Código de Trânsito Brasileiro deverá ganhar um capítulo exclusivo sobre ciclistas. A iniciativa é fundamental para educar os futuros motoristas do Brasil.
Fonte: Movimento Conviva
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