Uma prova em que calor, areia e rochas podem mudar tudo. Christoph Sauser, tricampeão da Cape Epic, acredita que a edição 2013 da ultramaratona na África do Sul, que será realizada entre os dias 17 a 24 de março, está com um percurso tão equilibrado que não vê uma “etapa rainha”. “As dificuldades terão de ser encaradas na hora”, afirma.
“Estou ansioso para a etapa de Stellenbosch, porque parece bem dura e porque vai terminar na minha cidade natal. Ou seja, motivação extra”, diz. Para ele, a Cape Epic é o “Tour de France dos mountain bikers”.
A 10ª edição da prova de oito dias terá percurso de cerca de 700 quilômetros. A rota, que muda significativamente a cada ano, prevê reunir 1.200 atletas, entre campeões mundiais e amadores por percursos de duras subidas e muitos desafios. A corrida termina em Wine Estate Lourensford, como tem sido tradição desde 2007.
Pela sexta vez na história da Cape Epic, os bikers vão competir em um prólogo, que será feito na Wine Estate Meerendal.
Para o também tricampeão da prova, Stefan Sahm, nenhuma das etapas será fácil. “A abordagem será a de manter a dor e o divertimento em um bom equilíbrio”, diz. Nesta edição, o biker vai correr com um novo parceiro, Simon Stiebjahn. “Ele é como meu irmão mais novo, vamos tentar o nosso melhor.”
Para Kevin Evans, que terminou em segundo lugar no ano passado, a rota de 2013 parece difícil, como de costume. “A gente não poderia esperar outra coisa”, diz. Já Urs Huber, campeão de maratona suíço, vencedor da Transalp e duas vezes vencedor do Crocodile Trophy, na Austrália (2009 e 2010), é da opinião de que este ano a Cape Epic vai ser mais dura. “Não dá para saber qual etapa será mais fácil ou mais difícil, tudo depende das nossas pernas”, afirma.
Conheça as etapas
Prólogo – Wine Estate Meerendal (23km, 700m de escalada)
Com uma escalada desafiadora batizada de “Stairway to Heaven” para o topo da montanha Dorstberg.
Etapa 1 – Citrusdal para Citrusdal (103 km, 2.500 m de escalada)
Loop de 103 km em território virgem, começando e terminando em Citrusdal, uma pequena cidade agrícola aos pés na cordilheira Cederberg. No alto, deslumbrantes vistas do Rio Olifants.
Etapa 2 – Citrusdal para Saronsberg Wine Estate, Tulbagh (145 km, 2.350 m de escalada)
Bikers encaram o Bokkeveld Koue, conhecido por suas espetaculares formações de arenito. Final conta com single track técnico de 5km.
Etapa 3 – Saronsberg Wine Estate para Saronsberg Wine Estate, Tulbagh (92 km, 1.950 m de escalada)
Percurso rápido que passeia por região de vinícolas.
Etapa 4 – Saronsberg Wine Estate, Tulbagh para Wellington (106 km, 1 900m de escalada)
Etapa de transição com três grandes subidas.
Etapa 5 – Wellington para Wellington (75 km, 1.800 m de escalada)
Considerada a etapa mais divertida. A distância relativamente curta oferece mais single track que qualquer outra.
Etapa 6 – Wellington de Stellenbosch (100 km, 2.950 m de escalada)
Com tempo máximo de 10 horas para cumprir o percurso, a etapa conta com longas escaladas e trechos rápidos.
Etapa 7 – Stellenbosch a Lourensford Wine Estate (54 km, 1.500 m de escalada)
No último dia, os 25 quilômetros finais contam com descidas bem técnicas entre pomares e vinhedos.
Mais informações em www.cape-epic.com
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