A Agência Mundial Antidoping (WADA, na sigla em inglês) informou nesta terça-feira (12 de novembro) que só um “milagre” poderia reabrir o caso do ciclista norte-americano Lance Armstrong, banido do esporte após admitir doping.
Na segunda-feira (11 de novembro), Armstrong, em entrevista, afirmou que ajudaria a descobrir a extensão do doping no ciclismo desde que fosse tratado da mesma forma que seus colegas que admitiram doping – e não receberam suspensão vitalícia. Armstrong, que perdeu os 7 títulos de campeão do Tour de France e teve que devolver a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney, reivindica tratamento idêntico dado aos outros “arrependidos” do ciclismo.
“Se é a pena de morte, então é para todos. Mas, se todo mundo for liberado, ficarei feliz se também for liberado”, disse. “Pessoalmente, perdi muito enquanto outros capitalizaram com a história e isso é duro de aceitar”, acrescentou.
Para tentar encerrar o assunto, John Fahey, presidente da WADA, em entrevista coletiva na Conferência Mundial sobre Doping, que está sendo realizada na África do Sul, declarou nesta terça-feira: “Eu vejo isto como passado e seria necessário algo próximo de um milagre para vê-lo avançar no seu caso. Ele não cooperou, ele não se defendeu das acusações. Não houve nenhuma vontade de dizer ‘eu quero dar uma ajuda substancial.’”
Fahey lembrou ainda que qualquer decisão de reabrir o caso de Armstrong teria que vir da Agência Antidoping dos EUA (Usada, na sigla em inglês), que o baniu em primeiro lugar, e que, mesmo assim, o texano necessitaria de “um belíssimo caso” para o seu pedido ser aceito na WADA.
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