Uma lesão nos pés, há dois anos, era a imposição do destino que levaria Elijane Coelho, de 37 anos, a pedalar rumo ao altar. O esporte que até 2011 era a corrida, deu lugar à bicicleta. Por influência do irmão e insistência dela mesma, os passos daquele outubro era o que a levaria aos amores da vida: às duas rodas e o Nil.
Depois do diagnóstico por a corrida fora da rotina de uma vez por todas, Elijane encarou o convite do irmão, que mais parecia um desafio. A primeira pedalada foi de ‘apenas’ 14 quilômetros, da casa do irmão até a dela. “Liguei para ele e disse sobrevivi. E agora, o que eu faço?” Do outro lado da linha ouviu para ir até o grupo Sopa de Pedra Cicloaventura e as instruções de que deveria comprar primeiro o capacete.
Foi ali. Por telefone mesmo que ela sentiu o coração bater só de ouvir o nome do vendedor. Nil. "A hora que ele falou eu senti alguma coisa diferente, mas quando fui comprar, não foi nada", recorda.
Dois meses depois eles saíram pela primeira vez para um cinema e a data de 30 de dezembro ficou marcada. "Fomos nos conhecendo, vimos que gostávamos das mesmas coisas". De outubro de 2011 para hoje, eles já juntaram as bicicletas e hoje pretendem se casar. E a mesma que os uniu, também vai estar no centro da cerimônia.
"Não dá para dizer que eu nunca tive o sonho de noiva, porque todas as mulheres têm, mas nunca foi nos moldes tradicionais", comenta. A ideia inicial era que o casal fizesse a cerimônia na igreja e depois dessem um passeio. Mas tudo pedala para que o matrimônio seja feito abaixo de uma árvore, num parque, durante um pique-nique, onde o casal vai entrar de bicicleta.
Primeiro os padrinhos e depois Elijane e Nil. Ela de noiva, usando um sapatinho da linha confortável em couro, estilo os da marca Hoover, detalha. Do noivo, ela só sabe que ele quer calçar um all star.
O por quê da bicicleta, deixo para que a noiva se encarregue de conduzir a resposta. "Andar de bicicleta me trouxe muitas coisas boas. Antes de nos conhecermos, eu já me apaixonei pela bicicleta e vivi muitas felicidades. Primeiro veio ela até eu reconhecer ele como o amor da minha vida", narra.
Ele vai na onda. Nilson Young, de 42 anos, é guia de mountain bike e coordenador do grupo Sopa de Pedra e prega a quem quiser ouvir que a bicicleta aproxima as pessoas. "Dá para pedalar e conversar ao mesmo tempo. A bicicleta é um super cupido e eu recomendo", diz.
Num pôr-do-sol, sob as bençãos dos amigos ciclistas, eles pretendem chegar ao altar a pedaladas. Será a mais bela trilha que os dois já fizeram, rumo à felicidade como marido e mulher. "Eu posso dizer que a segunda coisa que me traz alegria é a bicicleta, depois dela, claro", confessa o apaixonado.
Se a bicicleta uniu este casal, por que não tentar você também? Entre para o Sopa de Pedra, só acessar www.sopadepedra.com.br.
Por Paula Maciulevicius / Lado B
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