Foto: Leo Munhoz / Agencia RBS |
Ando de bicicleta há 18 anos. Comecei por lazer. Hoje, procuro usar a bike ao máximo. Sou aposentado, mas dou aulas e presto consultoria. Quando vou ao Centro, pago R$ 1,20 para deixar a bike no shopping o dia todo e resolvo a vida a pé. Me sinto ótimo fazendo isto, ajuda minha saúde, o meio-ambiente, a cidade. Mas não sou cicloativista radical, só defendo a bicicleta como mais um dos modais.
No meu dia-a-dia, sou um ciclista que respeita as faixas, paro no semáforo, uso todos os equipamentos de segurança, principalmente para estar bem visível aos carros, sinalizo quando vou converter. Também alerto quem está errado. Vejo que os motoristas me respeitam muito por isto, por que veem que estou fazendo minha parte e não abusando.
Acredito que a educação, o incentivo à gentileza, ao bom senso, são as soluções para nossa vida em cidades. O poder público e nós mesmos precisamos trabalhar isto desde nossas crianças. Noto que o que mais tira todos do sério no trânsito é o “jeitinho”. A maioria quer a lei só para os outros, mas não para si. Defendo até que haja multa para ciclista e pedestres abusados.
Sobre nossas ciclovias, posso falar com algum conhecimento. Tenho quatro bicicletas, opino nos planos cicloviários da Prefeitura, faço cicloturismo. Minha viagem mais recentes foi atravessar os Andes pedalando. Posso dizer que Joinville está muito bem de ciclovias. Tem que avançar? Sempre, muito. Mas comparado com outras cidades, somos uma referência nacional. Tem que sair pedalar antes de criticar – e para criticar com razão.
Convido as pessoas a conhecerem mais a bicicleta, a pedalarem mais. Insegurança existe em qualquer modal e não é desculpa. A chuva, o calor atrapalham? Sou da opinião de que você tem dois caminhos: ou ficar sentado reclamando de tudo ou parar de falar, tomar uma atitude e fazer algo. Eu prefiro este segundo caminho.
*Aos 59 anos, é ciclista e membro do Pedala Joinville
Por: A Notícia
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