Foto: José Manuel Gelpi Díaz / Depositphotos e Franck Camhi / Depositphotos |
A cena foi a seguinte, uma mulher de cerca de 50 anos caminhando com muita dificuldade e com semblante sôfrego, apoiada por um homem e uma mulher, ambos escorando-a enquanto ela caminhava. A mulher estava bem acima do peso, eu diria uns 20 a 30 kg.
O que fiquei pensando depois desta cena foi que espero não passar por esta situação e, caso venha a acontecer, que eu esteja física e mentalmente o mais bem preparada possível para encarar o rojão.
Pensei se o tipo de sofrimento não seria a escolha que temos, ou seja, de forma simplificada poderíamos escolher o “sofrimento” de:
1 - treinar e lidar com todas as questões que isso envolve, bem como lidar com o “sofrimento” de manter uma alimentação mais controlada, ou;
2 - lidar com todas as mazelas que uma vida sedentária e de orgias alimentares pode acarretar.
Será que uma vida de preguiça e de concessões, mantendo-se sedentário e com a alimentação caótica não seria apenas a postergação do sofrimento, desperdiçando a oportunidade de escolher sofrer pela saúde ao invés de sofrer pela doença?
Claro que existem as exceções para os dois lados, os que nunca se cuidaram e duram “pra sempre” e os que se cuidam e tem uma vida bem conturbada. Não há garantias, mas certamente aqueles que praticam esporte e cuidam da alimentação têm mais chances de explorar melhor a sua máquina.
Aquele seu amigo gordinho e sedentário adora dizer que o tio avô dele viveu até os 135 anos fumando e bebendo. Talvez, um dia, ele se interesse em se cuidar. Já aconteceu comigo inúmeras vezes, de sedentários convictos pedirem ajuda. Seja paciente.
Com esporte e alimentação como parte do nosso cuidado diário, podemos até não assegurar saúde eterna, mas certamente estamos “minimizando” sofrimentos futuros. Sofrendo pela saúde.
Que possamos influenciar o meio onde vivemos e fazer com que mais e mais pessoas cuidem delas mesmas, por uma vida sem sofrimento pela doença.
Será que é essa a mensagem do Brou Bruto Drews com “sofrimento é para os vivos e estamos mais vivos do que nunca”?
Fonte: Revista Bicicleta por Aline Carvalho
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