Polc na comemoração da 6ª vitória seguida em Santos |
O circuito mudou, a dificuldade aumentou consideravelmente, e o hexacampeonato foi conquistado de forma emocionante. Sob um sol forte e com um grande público em todo o percurso, os atletas arriscaram bastante para cravar o melhor tempo. Depois de 13 anos no Monte Serrat, o evento teve o novo cenário, no vizinho Morro do Pacheco.
Nas semifinais, Lucas Borba, oitavo colocado nas eliminatórias, surpreendeu, subindo para a segunda posição, à frente de Wallace. Mas Polc já mostrou a que veio, baixando de um minuto. Já na super decisão, os ciclistas foram se superando e quatro dos cinco finalistas baixaram de um minuto. Wallace fez tempo melhor do que o de Polc na semi, 59.400; logo depois desceu Lucas, ainda mais veloz, com 58.985; e por último o hexacampeão, que mesmo errando no início, recuperou seu traçado, para se consagrar de vez como o “Rei de Santos”, com 58.895.
“Minha corrida não foi ideal, cometi alguns erros. No começo do percurso, senti ter batido em uma das placas, perdi um pouco de controle e até equilíbrio, tanto que a diferença foi muito pequena. A partir daí, acabei perdendo a chance de baixar mais o tempo. Por mínimo que seja o seu erro, ele compromete bastante. Mas me concentrei em ganhar mais velocidade. Não foi fácil, mas no final deu certo”, destacou Polc.
O eslovaco também curtiu muito o novo percurso e a comunidade que recebeu muito bem o evento. “A pista é ótima, mais radical e a população é muito acolhedora. E com escola de samba, tornou tudo mais divertido e prazeroso. Uma ótima combinação”, afirmou, referindo-se a animação feita pela bateria da Escola de Samba Unidos dos Morros, campeã do Carnaval santista deste ano e que foi criada justamente no Morro do Pacheco.
Polc elogiou os rivais brasileiros e, ao mesmo tempo, provocou, em tom de brincadeira. “É legal perceber que eles evoluíram, ainda mais num percurso diferente. Eles aguentaram muito bem a pressão. Mas eu ainda estou um pouquinho à frente deles”, disse. “Talvez com mais treino, possam ir melhor do que eu nos próximos anos”, complementou.
O segundo colocado, que por pouco mais de um minuto teve a coroa de campeão (antes de Polc fazer a sua descida final), não escondeu a tristeza em ser superado por nove centésimos.
“Não tem muito o que falar. É menos que um piscar de olhos. A gente está perto, está no caminho certo. Fiquei chateado. Sempre queremos ganhar. Mas mostramos que o nosso nível está aumentando, que o brasileiro tem condições como qualquer outro. Temos dois braços, duas pernas, dois olhos, tudo igual. É dedicação e confiar em si mesmo”, falou o atleta de Ibirama.
Assim como Polc, ele aprovou a nova pista e a torcida. “É muito legal. E o calor das pessoas bem pertinho, foi muito show mesmo”, comentou o vice-campeão. “Gostei muito. O circuito tem muito a evoluir ainda. No Monte Serrat não tinha muito para onde ir e aqui vai dar para explorar bastante e o show vai ficar cada vez melhor para a galera”, complementou Wallace, sintetizando o resultado final. “A galera arriscou bastante, todos tiveram erros, por ser uma pista ainda não conhecida e acabou vencendo quem errou menos”, explicou.
RESULTADO FINAL
1 – Filip Polc (Eslováquia) – 58.895
2 – Lucas Borba – 58.985
3 – Wallace Miranda – 59.400
4 – Guimerton Ribeiro Júnior – 59.983
5 – Silvio Cesar Felix Júnior – 1:00.914
TEMPOS DA SEMIFINAL
1 – Filip Polc (Eslováquia) – 59.433
2 – Lucas Borba – 1:00.252
3 – Wallace Miranda – 1:00.254
4 – Guimerton Ribeiro Júnior – 1:00.738
5 – Silvio Cesar Felix Júnior – 1:01.157
6 – Mario Jarrín (Equador) – 1:01.363
7 – Gabriel Santos de Oliveira – 1:02.849
8 – Bruno da Silva Pinto – 1:03.239
9 – Ricardo Preciado (México) – 1:04.355
10 – Gabriel Giovannini – 1:12.462 (sofreu queda no percurso)
Mais informações no site http://descidadasescadasdesantos.com.br/
Fonte: Cronomap Timing
Foto de divulgação / Natasha Guerizze
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