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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Ciclocomputador GPS Atrio Iron

Com preço acessível e compatível com Strava, marca nacional ajuda a aposentar Smartphone no pedal.

Para muitos iniciantes, gravar os treinos e pedais no Strava ou em outros aplicativos significa utilizar o telefone celular como GPS ativado, o que inevitavelmente cria alguns inconvenientes.


Nos celulares, além da precisão nem sempre muito boa, o consumo de bateria ainda aumenta bastante, podendo deixar o usuário em situação complicada em uma emergência.

Além disso, colocar um celular caríssimo no guidon pode chamar a atenção de ladrões e também o deixa exposto em uma queda. Um ciclocomputador dedicado como o Atrio Iron resolve esses problemas.

Características
Dimensões: 46 x 71 x 22mm.
Tamanho da tela: 30 x 38 mm.
Bateria: Lítio (Recarregável).
Preço (Outubro 2016): R$ 399,00.
Resistente à água (IPX6).
Iluminação de tela automática.
Acompanha suporte para guidão ou mesa.
Bateria de lithium.
Até 25h de autonomia.
Capacidade para até 90h de atividades.



Primeiras Impressões

Assim como os outros produtos da marca, o Iron vem bem embalado e com um manual simples em português. Na caixa, além do manual encontramos dois suportes, um cabo mini USB e quatro borrachas elásticas de fixação.

Para a fixação, o GPS conta com um suporte no mesmo padrão da Garmin que pode ser preso na mesa ou no guidão. O aparelho parece ser bem acabada e, apesar de possuir um perfil um pouco alto, visto "por cima" ele é bastante compacto.

Além disso, o visual preto e simples com apenas dois botões é um certo alívio neste dias de cores gritantes e computadores grandes e angulosos. 

Com três telas básicas que não podem ser editadas, o funcionamento do Iron é bem simples. Para gravar um treino, basta acionar o GPS, aguardar o sinal dos satélites e dar play. Ao terminar, basta acionar a pausa e desligar o GPS - o treino será automaticamente armazenado. 

Suporte e encaixe compatíveis com Garmin
Para avaliar o treino, basta plugar o Iron no computador com o cabo USB fornecido e abrir as pastas como se ele fosse uma pendrive. O arquivo (.fit) gerado é compatível com o Strava e outros aplicativos de treinamento.

O maior ponto negativo é que o Iron não se conecta a nenhum sensor externo, ou seja, não tem como acompanhar batimento cardíaco, cadência e, claro, potência.

O Teste
O teste do Atrio Iron aconteceu ao longo de um mês e consistiu em pedais em diversas situações, indo de locais mais urbanos a outros com ampla cobertura de árvores. O equipamento também foi testado em dias nublados e com sol. 

A sincronização do Iron é lenta, porém nada desesperador. Para conseguir o sinal, basta ligar o aparelho quando estiver tirando a bicicleta do carro ou se preparando para sair de casa. Depois de "pegar" os satélites não tivemos problemas de perda de sinal exceto quando passamos por tuneis - algo perfeitamente aceitável e esperado. 

Montagem transversal ou longitudinal
Ao todo, o equipamento tem dois botões que controlam todas as suas funções. Ao aciona-los, automaticamente a luz de fundo se acende. O botão da esquerda liga, começa e pausa os treinos. Já o da direita comuta as funções e, se for mantido pressionado, permite controlar a unica funções regulável do Iron, o fuso horário. E por falar em horas, a sincronização da data e do horário também é automática.

Como não é compatível com nenhum tipo de sensor, não é preciso parear nada para ver as informações nas três telas comutáveis. A primeira tela mostra velocidade atual, horário, distância percorrida no treino e altitude. Já na segunda temos velocidade média, tempo decorrido na atividade, odômetro e grau de inclinação velocidade máxima, data, a temperatura e calorias gastas na terceira.

As três telas do Iron
Seja de noite ou de dia, a visualização dos números é boa, sendo que a luz de fundo cumpre bem o seu papel quando escurece. Provavelmente graças a sua simplicidade, a bateria é bastante durável. 

Em um de nossos testes, um pedal de quase 140km e 5 horas de duração, o gps consumiu apenas uma "barrinha" das três, e a mudança só aconteceu no final.

Quanto a precisão, ele se saiu bem quando comparado ao celular. Porém, como o próprio sistema de GPS é suscetível ao acúmulo de erros, é bem complicado afirmar com certeza qual deles foi mais exato nas medições.

Comparativo entre Iron (acima) e Celular (abaixo)
O suporte original nos pareceu robusto e as borrachas de boa qualidade. Todavia, o Iron não vem com o cabo de segurança, o que pode causar problemas em caso de quedas ou desencaixes acidentais. Por utilizar o mesmo padrão de encaixe da Garmin, é possível utilizar os inúmeros modelos de suporte disponíveis no mercado.

Uma parte ruim é que, assim como a maioria dos celulares, o Iron não utiliza um altímetro barométrico, deixando a medição de altimetria para a cartografia do Strava. Com isso, a precisão da altimetria acumulada do pedal fica bastante prejudicada, embora o indicador de inclinação durante o pedal funcione muito bem. 

Chegando em casa, para passar os treino para o Strava basta plugar o Iron no comportador através da porta USB e jogar o treinos direto do aparelho para sua conta. 

Pontos Positivos
Durabilidade da bateria
Baixo Custo

Pontos Negativos
Não se conecta a nenhum sensor externo
Não possui barômetro

Conclusão
Apesar do baixo custo, o Atrio Iron cumpre seu papel. É uma excelente oportunidade para quem não quer usar o celular no guidon, mas quer acompanhar seus dados durante o pedal e posteriormente no Strava.

A falta de conectividade com outros sensores é um grande ponto de decisão - algo que não faz falta para os mais novatos, mas é fundamental para os mais experimentados.

1 comentários:

guilherme disse...

Comenta sobre a diminuição da velocidade média, quando para a bike, e como pode se resolver isso. Obg.

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