Na Olimpíada, o ciclismo é uma modalidade que traz mais de dez medalhas (são 14 provas em disputa - sendo quatro na estrada e dez no velódromo), sem considerar que cada país competidor ainda pode brigar com mais de um ciclista. Essa gama de possibilidades é incrementada com o uso de tecnologia, considerando que as bicicletas são devidamente ajustadas ao biotipo do ciclista e à prova a ser disputada, seja no velódromo ou na estrada.
Nos Jogos de Londres 2012, apenas no ciclismo de pista, ou seja, no velódromo, serão 104 atletas para as provas masculinas e 84 para as provas femininas na briga pelo pódio. E, para que o sonho se torne real, o maior amigo do atleta é a bicicleta que reúne características diferentes de acordo com a prova. Nesse sentido, o sistema de marchas e peso são duas das principais diferenças entre a estrada e a pista.
Fernando Fermino, preparador do Centro Olímpico de Ciclismo de São Paulo, explica que as utilizadas no velódromo (conhecidas como pisteiras) não possuem sistema de troca de marchas nem freios; já as de estrada (estradeira) possuem 20 marchas e o peso reduzido, a fim de melhorar a performance nas subidas.
- Durante a competição, as bicicletas de pista não têm sistema de troca de marchas, ou seja, opta-se por uma transmissão prévia. Depois de começar a pedalar, não tem como mudar. A catraca é fixa, não tem como parar de pedalar - completa Fernando.
André Gustavo também conta particularidades do principal equipamento do ciclismo
Outro fator decisivo é o peso, já que, em algumas provas, os ciclistas percorrem mais de 200 quilômetros entre estradas planas e montanhosas. A ciclista Sumaia Ribeiro é um bom exemplo de atleta de velocidade que prioriza a leveza da bicicleta. Em entrevista ao AHE!, ela destaca que, como as competições são rápidas, quanto mais leve a bicicleta, melhor será a performance.
- A minha é toda de carbono com um freio bem mais leve. A roda é o que mais tira peso da bicicleta. Esse aro e essa roda aqui também são de carbono. A roda pesa um quilo - diz a ciclista.
Leveza é uma característica que impulsiona a velocidade, mas pouco adianta se a bicicleta não for rígida. Sumaia explica que ela precisa ser assim para que toda a força que for empregada sobre ela impulsione o atleta para uma boa corrida.
- A rigidez é importante porque, caso contrário, existirá perda de força aplicada nos pedais - ressalta Fernando.
Custo de bicicleta para velódromo chega em torno de R$ 20 milEscolher entre um estilo e outro é questão de gosto. Tem a ver com a personalidade e o perfil de cada atleta.
Diferentemente de Sumaia, Andre Gustavo pratica o ciclismo no velódromo. Ele até gosta de acompanhar as provas de rua, mas conserva a sua bike para a pista.
- Para começar a treinar, com apenas R$ 2 mil você já consegue. Mas não é o ideal. O melhor é ter uma bicicleta boa. Uma de alto nível para o velódromo custa em torno de R$ 20 mil - conta Andre, ressaltando que uma roda de cerâmica para uma bicicleta como essa custa em torno de R$ 6 mil. - O preço ainda é tão alto porque essas bicicletas ainda não são tão comuns no Brasil. O gasto é grande porque estamos engatinhando. Ainda temos que andar mais, para depois sair correndo - brinca.
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terça-feira, 31 de janeiro de 2012
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