Do Equador ao Uruguai, partindo e retornado ao Brasil, serão 22 mil quilômetros
Mochilas nas costas, um par de bicicletas e muita vontade de conhecer o mundo. Isso é tudo o que Felipe Carmona, 28 anos, e Pamella Rafaelle, 27, precisam para deixar o interior de São Paulo e atravessar a América do Sul.
O ponto de partida é Araraquara, cidade natal de Carmona. Serão quase 22 mil quilômetros pedalando a partir de março de 2012. Descanso para as pernas só onde não há estrada: cerca de cinco quilômetros serão percorridos de barco.
Estudante de música erudita em Campinas e dono de um notório espírito desbravador, o araraquarense já tem no currículo uma aventura incomum: entre agosto e julho de 2010, ele montou sua bicicleta em Lisboa (Portugal) e só estacionou em Vicenza (Itália).
“Resolvi copiar uns amigos, juntei minhas coisas e fui, foi incrível”, lembra.
Veja fotos da viagem
As fotos e histórias da travessia, que também inclui as paisagens de Espanha e França, certamente inspiraram a nova aventura e encorajaram Pamella, que nasceu em Pernambuco, mora em Campinas e há sete anos namora Carmona.
“Dessa vez vou poder ir com ele, é um projeto muito interessante não só para nós que vamos, mas para contar depois toda a história e divulgar essa cultura”, anima-se Pamella.
Preparação
O casal se prepara para um desafio bem maior que o enfrentado por Carmona em 2010. Desta vez, a viagem vai durar um ano e meio, bem mais que os dois meses gastos nas estradas e trilhas europeias.
O treinamento para atingir o preparo físico necessário começa neste domingo (11), quando os jovens percorrerão os 175 quilômetros que separam Campinas e Araraquara.
Além de corpos treinados, a volta sul-americana conta com um planejamento rigoroso, com rotas e condições climáticas previamente estudadas, e até mesmo o apoio de patrocinadores.
Caminho
No trajeto – de São Paulo ao Amazonas, do Equador ao Uruguai, passando por Peru, Bolívia, Chile e Argentina – eles esperam trazer na bagagem novas amizades e cultura.
“Pretendemos filmar e fotografar tudo para depois expor e contar nossa história como forma de passar o conhecimento que vamos adquirir”, revela Pamella.
Eles querem, porém, trazer mais que boas histórias. Buscam argumentos para provar que a vida nas cidades com menos veículos motorizados é viável, ou, nas palavras de Carmona, “se é possível pedalar mais de 20 mil quilômetros, ir trabalhar ou estudar não pode ser tão difícil”.
EPTV
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