Ao respirarmos este ar poluído, aumentamos as hipóteses de desenvolver infeções como a pneumonia ou alguns tipos de cancro Foto: Divulgação |
Em cidades como Allahabad, na Índia, ou Zabol, no Irão, os resultados causados pela inalação de partículas de poluição podem superar os benefícios que o ciclismo traz à saúde em apenas 30 minutos. Já em Riyadh, na Arábia Saudita, os níveis destas partículas começam a ser prejudiciais ao fim de 45 minutos a pedalar. Em Delhi, na Índia, ou na cidade chinesa de Xingtai, os residentes passam esta linha de perigo depois de uma hora por dia a pedalar. Os pesquisadores chamam a esta ‘linha’ o ‘ponto de equilíbrio’. Para além do ciclismo, os investigadores afirmam também que o jogging lento tem as mesmas consequências.
“Se as pessoas passam deste ponto de equilíbrio, estão a fazer mais mal do que bem à sua saúde”, afirmou Audrey de Nazelle, professora no Center for Environmental Policy e uma das autoras do relatório. O estudo mediu os efeitos destas atividades desportivas na saúde consoante a poluição do ar através dos níveis médios anuais de PM 2.5 – partículas minúsculas de poluição que podem incorporar-se nos pulmões. Este tipo de poluição pode surgir de forma natural, como tempestades de poeiras ou incêndios florestais, como ter origem na poluição de motores ou fábricas.
Ao respirarmos este ar poluído, aumentamos as hipóteses de desenvolver infeções como a pneumonia, doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e alguns tipos de cancro, segundo o Global Burden of Disease.
Veja, em baixo quais as 14 cidades que facilmente passam os níveis recomendados de poluição e quanto tempo de ciclismo são necessários para que se ultrapasse o ‘tal ponto de equilíbrio‘, de acordo com a tabela do The Guardian.
Ao analisarmos esta tabela, verificamos que a maioria das cidades se localizam na China, Índia e Arábia Saudita, sendo que o tempo a pedalar variam entre os 30 e 60 minutos até ser ultrapassado o ‘ponto de equilíbrio’. No que diz respeito às microgramas de partículas PM 2.5, o nível considerado ‘normal’ é de 35 microgramas. A primeira cidade da lista apresenta 217 microgramas.
Fonte: Observador
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