Subscribe:

Crie Sua Rádio Web

Ver Planos

Parceiros

.


Cuidados Especiais:

 Filtro solar no pedal

Saiba a importância de usar um protetor no momento da pedalada

Sol, calor e muita atividade física. De certo muitos pensam que essa combinação é perfeita, afinal todos desejam um corpo sarado e um belo bronzeado, principalmente nesta época do ano. Até poderia ser, não fossem os riscos o qual estamos sujeitos; como insolação e desidratação.

O ciclista, geralmente precavido, costuma pedalar acompanhado de uma garrafa de água ou isotônicos que auxiliam na reposição dos sais perdidos no corpo. Mas também esquecem da importância em proteger a pele contra os raios de sol durante os treinamentos e competições. O filtro solar é um importante aliado, mas nem sempre é levado a sério pelo atleta.

O dermatologista Marcos Maia, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), conversou com o Prólogo e destacou pontos fundamentais para intensificar o uso do protetor (filtro) solar.

“O ciclista faz parte de um grupo de risco, já que sempre está exposto ao sol e altas temperaturas. É necessário se precaver”, lembra.

Cuidados em relação ao excesso de exposição devem ser tomados desde o princípio, começando pelos óculos escuros. “Proteção ocular é importantíssima, principalmente para evitar a catarata”.
Em relação ao filtro solar, Maia disse que seu uso é importante, mas que outros fatores devem ser associados à prevenção. “O filtro solar, num primeiro momento, irá fazer efeito, evitando que os raios afetem a pele, entretanto, com a transpiração permanente, ele acaba perdendo eficiência. Existem alguns com maior duração e resistência que outros, mas preocupar-se com as roupas também é fundamental”, alertou para o risco de combater o câncer de pele.

Hoje em dia, é raro encontrar amadores e profissionais que utilizem uma combinação errada de tecido. “Atualmente as roupas utilizadas pelos ciclistas são constituídas de um tecido leve, que facilita a transpiração e já trabalha como um filtro, o que ajuda bastante”, emendou o dermatologista.

No fim das contas, não é apenas o uso do protetor que irá influenciar na proteção da pele, no entanto, é indispensável à utilização desse produto, além de usufruir de uma vestimenta que seja benéfica ao seu desempenho, além de tornar-se uma camada a mais de proteção.

“Tecidos muito pesados e de cores escuras provocam um acúmulo maior de calor no corpo. Busquem cores claras e leves (branco, amarelo, rosa, etc.) O excesso de calor pode provocar queda de pressão.”

Portanto, cuide da sua saúde, fique atento. E nunca é demais ressaltar: boa pedalada, com óculos e filtro solar.
 

 
 
Primeiros socorros para ciclistas

O primeiro acidente de bicicleta de que se tem notícia aconteceu em 1842, quando Kirkpatrick McMillan atropelou com seu velocípede uma garotinha, que assistia a uma corrida, em Glasgow, na Escócia.

Verdade ou não, a realidade é que o Brasil tem pouco mais de 600 quilômetros de ciclovias, número muito pequeno para uma frota nacional de 50 milhões de bicicletas.


A chance de pedalar nas grandes cidades, sem ciclovia ou faixa de ciclista, e se envolver num acidente é grande. E nas rodovias o panorama não é diferente. O número de acidentes com ciclistas nos 3.500 quilômetros de rodovias paulistas privatizadas aumentou 93,5% num intervalo de cinco anos. De acordo com levantamento da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), em 2000 ocorreram 309 colisões envolvendo ciclistas, número que subiu para 598 em 2004.

E o problema tende a piorar, já que 7,4% dos deslocamentos feitas nas áreas urbanas brasileiras, perto de rodovias ou não, são feitos por bicicleta.

O fato é que basta sair na rua para estar sujeito aos mais diferentes tipos de acidentes, graves ou não. Desde uma inofensiva e divertida queda até uma mordida de cobra na trilha, ou o pior, um acidente envolvendo um veículo automotor. O mais importante é manter a calma e seguir certos procedimentos que poderão fazer toda a diferença para o acidentado.

ACIDENTES MAIS COMUNS
Um trabalho apresentado pelos norte-americanos Matthew J. Thompson e Frederich P. Rivara, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em Seattle, mostrou que os acidentes com bicicletas são responsáveis por aproximadamente 900 mortes, 23 mil internações hospitalares, 580 mil visitas aos prontos-socorros e a mais de 1,2 milhão de atendimentos médicos por ano nos Estados Unidos, com um custo anual estimado em mais de oito bilhões de dólares. Em 1988 foi estimado que aproximadamente 4,4 milhões de crianças, com idade entre cinco e 17 anos, foram feridas em acidentes envolvendo a participação em esportes ou recreação, sendo que, destes, 10% a 40 % se relacionavam com o ciclismo.
Os motivos para tantos acidentes são muitos. Uma pesquisa no Reino Unido mostrou que entre 60% e 85% dos acidentes que envolvem os chamados “ciclistas sérios”, aqueles que andam equipados com capacete e demais equipamentos de proteção e seguem as leis de trânsito, são causados por negligência de motoristas.

Outro estudo, elaborado pelo Instituto Real de Segurança Rodoviária, da Holanda, apontou que 47% dos ciclistas envolveram-se sozinhos em acidentes, 12% chocaram-se contra obstáculos na pista ou animais e 40% foram vítimas de colisões contra outros veículos, que normalmente acontecem quando o biker está em velocidades superiores a 15 km/hora.

FATORES DE RISCO
Entre as condições de risco que propiciam um acidente, o estudo de Thompson e Rivara destaca: ciclista do sexo masculino; idade entre nove e 14 anos; verão; fim de tarde ou no início da noite; não usar capacete; automóvel envolvido; ambiente inseguro; ciclista portador de distúrbio psiquiátrico; uso de álcool e outras drogas. Para terminar o estudo também aponta o mountain bike como fator de risco. E quem já assistiu a uma prova de downhill, four cross ou cross country sabe que não é exagero. Segundo a pesquisa, os ciclistas off-road têm uma incidência de acidentes 40% menor que os urbanos.

LESÕES MAIS COMUNS
Estudos comprovam que as lesões com ciclistas se localizam primeiramente nas extremidades, seguidas de lesões na cabeça, face, abdômen ou tórax e pescoço. As “raladas” podem ser superficiais ou mais profundas, nesse caso pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para prevenir “cicatrizes traumáticas”. As distensões, fraturas e luxações também são comuns. A clavícula é um dos ossos mais vulneráveis para ciclistas. Os braços vêm logo em seguida, juntamente com os dedos dasmãos.

Os traumas cranianos (contusão cerebral, hemorragia intracraniana, fraturas) ocorrem entre 22% e 47% dos ciclistas acidentados, sendo responsáveis por 60% dos óbitos e por um longo tempo de inatividade. O trauma de crânio é a causa principal de morte em acidentes de bicicleta – mais de 60% dos casos. Ciclistas que não usam o capacete têm 14 vezes mais chances de ter um acidente fatal do que aqueles que o usam.

As lesões do pescoço são raras e geralmente decorreram de colisão direta com outro veículo. O trauma abdominal é representado por lesões no baço, fígado, pâncreas, rins, hérnias traumáticas e fraturas pélvicas, entre outras. O trauma perineal é aquele que envolve os órgãos genitais e a uretra.

MELHOR PREVENIR
Em se tratando de acidentes, o melhor mesmo é prevenir. E a prevenção começa antes de sair para pedalar. O primeiro mandamento da segurança é nunca pedalar sozinho. O ideal é pedalar em três, assim, em caso de acidente, um cuidará da vítima e o outro vai buscar socorro. Só fazer pedaladas dentro de nossas capacidades é outra dica esperta, respeitando nossas limitações físicas e habilidades.
Antes de sair para pedalar, seja na cidade, estrada ou trilha, é fundamental que o ciclista informe a família onde vai, com quem e a que horas planeja estar de volta. Outro cuidado importante é o de levantar todos os dados do lugar onde se planeja pedalar.

O biker deve procurar saber:
  • nível técnico do percurso
  • duração aproximada para pedalar determinado trecho
  • hora do pôr-do-sol, para evitar ser pego de surpresa (basta consultar um site de previsão do tempo)
  • onde procurar socorro nas imediações
  • existência de sinal de telefonia celular
Sempre é bom ter em mente os números dos serviços de emergência e socorro. Em todas as cidades brasileiras com mais de 150 mil habitantes, o Governo Federal oferece o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), que pode ser acionado pelo telefone 192 e atende a 926 municípios brasileiros.

Nunca é demais lembrar que é fundamental pedalar de capacete, luvas e óculos. O capacete reduz em até 85% as lesões na cabeça e em aproximadamente 65% os traumas no rosto e no nariz, desde que utilizado corretamente. As luvas reduzem substancialmente as lesões superficiais da mão e previnem a compressão de nervos. O uso de óculos protege contra as eventuais pedras lançadas pela bike que vai à frente, vegetação e dos raios solares nocivos.

SEGURANÇA NAS COMPETIÇÕES
Organizadores de provas têm muita responsabilidade na prevenção de acidentes. Tudo começa na hora de traçar o trajeto. “Tomamos o cuidado de eliminar os chamados ‘pontos críticos’ do percurso. Assim eliminamos possibilidades de acidentes logo de cara”, conta o paulista Marcos Silveira, que organiza eventos esportivos desde 1990. “No ano passado todinho tivemos apenas uma clavícula quebrada nas dezenas de provas que organizamos”, orgulha-se Silveira.

Pontos críticos podem ser um drop, uma forte descida, uma curva fechada, uma erosão ou valeta etc. Em alguns casos, como em algumas etapas do Tour de Santa Catarina e Volta a SC em MTB, a organização providencia um fiscal com uma bandeira para sinalizar o perigo. As equipes de socorro deverão permanecer próximo a esses pontos críticos.

No caso das maratonas de mountain bike e voltas ciclísticas, a organização deve sempre se preocupar com os retardatários. “Na Maratona dos Canaviais, por exemplo, dividimos o percurso de 100 km em lotes. Nosso serviço de emergência médica é composto por sete ambulâncias simples e mais duas UTIs, que ficam em pontos estratégicos da prova. Temos dois socorristas e duas ‘voadeiras’, que são picapes 4×4 para deslocamento rápido”, explica Silveira.

A comunicação entre atletas, organização e socorristas é fundamental numa emergência. Em provas de cross country, rádios cumprem bem esse papel; já em maratonas e voltas, o celular é a melhor opção. “Fazemos uma listagem com telefones de nossas equipes de socorro e distribuímos para todos atletas.”
Outra importante medida a ser tomada nas competições de mountain bike é a dispersão dos corredores nos primeiros quilômetros após a largada, quando os reflexos do competidor ainda estão lentos. Uma forte subida servirá para espalhar o pelotão e evitar acidentes.

IMPORTANTE: ao sofrer um acidente ou passar mal numa prova, um competidor deverá permanecer no circuito, pois certamente será encontrado por algum fiscal de percurso.

SOCORRO OBRIGATÓRIO
De acordo com o artigo 135 do Código Penal Brasileiro, todos somos obrigados a prestar socorro para vítimas de acidentes ou males súbitos, sob pena de processo por omissão de socorro. A pena pode chegar a um ano de detenção e será aumentada se a omissão resultar em lesão corporal e pode até triplicar, em caso de morte.

Só escapam dessa Lei menores de 16 anos, gestantes a partir do terceiro mês e maiores de 65. Socorrer, muitas vezes, implica em somente proteger o local do acidente e chamar ajuda especializada como veremos adiante.

Bikers podem tirar proveito dessa lei. Por exemplo: podemos acionar os serviços de emergência de uma rodovia, mesmo que o acidente tenha acontecido fora dos domínios da estrada.

GOLDEN HOUR
“A principal causa-morte pré-hospitalar é a falta de atendimento. A segunda é o socorro inadequado”, dizem os especialistas. Os primeiros-socorros são as primeiras providências que tomamos no local do acidente, até a chegada de uma equipe profissional. Mais que rapidez, é necessário socorrer a vítima de maneira adequada para evitar males piores.

O ideal é que o acidentado esteja em um centro cirúrgico em no máximo 60 minutos após o acidente. É o que se chama de “golden hour”, ou hora de ouro.

O BÁSICO
O objetivo dessa reportagem é ensinar as noções básicas do que fazer nas emergências e que não precisam de treinamento.

1- Mantenha a calma. Pare e pense, não faça nada por instinto. Conforte a vítima, mas não mexa nela. Tenha sempre em mente: toda vítima de acidente possui lesão cervical, até se provar o contrário
2- Garanta a segurança do local para evitar outros acidentes
3- Procure socorro. Pare algum veículo, use o celular, encontre um orelhão
4- Controle a situação. Distribua tarefas para outras pessoas: um procura ajuda, outro conforta a vítima, outro sinaliza etc.
5- Observe as reações do acidentado. Se ele se levantar sozinho é um bom sinal
Em regiões remotas, comuns nas longas pedaladas de mountain bike, é importante saber as etapas básicas do socorrismo. Os procedimentos de emergência pré-hospitalar obedecem ao protocolo internacional da OMS, a Organização Mundial de Saúde.

ETAPAS BÁSICAS DO SOCORRO
1- Verificar se a vítima está consciente ou não;
2- Sinalizar o local do acidente;
3- Converse com a vítima. Pergunte onde dói, nome, onde mora, idade, telefone etc. O estado de uma vítima é inversamente proporcional ao número de informações obtidas pelo socorrista;
4- Checar os sinais vitais como respiração (use o dorso da mão para sentir) e o pulso (dá para sentir no pescoço, na carótida);
5- Observar as reações da vítima e procurar mantê-la abrigada do sol e do frio.

IMPORTANTE
Um acidentado somente deverá ser removido:
1- Quando não houver mais nada a fazer no local;
2- Quando a remoção for essencial para vida da vítima;
3- Quando o local oferecer risco iminente para a vítima ou socorrista. Exemplo: a vítima está sob uma árvore que está prestes a cair.

ATÉ CHEGAR O SOCORRO

HEMORRAGIAS
Para estancar uma hemorragia, o método mais eficaz é fazer compressão direta sobre a área, pode ser com a própria roupa. Outro método é elevar o membro e usar a gravidade a favor. Se não funcionar, o jeito é improvisar um garrote ou torniquete com um pedaço de tecido ou fita de borracha, tomando-se o cuidado para liberar o fluxo sanguíneo por um minuto a cada 15 minutos. Em cortes pequenos com sangramento, dá para improvisar pontos falsos com esparadrapo.

CABEÇA
O trauma de crânio é responsável por 60% das mortes dos ciclistas que se envolvem em acidentes e o ponto mais vulnerável do crânio é a região conhecida como têmpora, na lateral da cabeça, entre a orelha e os olhos. Pancadas fortes na cabeça resultantes de quedas podem deixar a vítima inconsciente por alguns minutos ou até mesmo várias horas e dias. Um biker deverá procurar o médico se após um acidente apresentar: perda da consciência, confusão mental ou perda de memória, dor de cabeça, visão embaralhada, perda de audição e vômitos. Não dê chance para o azar. Se bater a cabeça, procure um hospital o quanto antes.

FRATURAS
Clavículas, braços e os dedos das mãos são as fraturas mais comuns entre ciclistas. ATENÇÃO: Jamais tente alinhar um membro fraturado. Os membros devem ser imobilizados obedecendo aos desvios causados pela fratura. Improvise uma tala com pedaços de madeira envoltos em tecido. A vitima deve evitar movimentos.

DESMAIOS
Desmaio é uma breve perda de consciência e uma forma de defesa do corpo. Para se proteger de um trauma, o corpo pode desmaiar na tentativa de economizar energia para enviar sangue para as partes vitais: cérebro, coração e rins. A pessoa que desmaia pode ficar neste estado por alguns segundos até uma hora. Os motivos podem ser muitos, entre eles a queda de açúcar no sangue (hipoglicemia), insolação, cansaço e dores extremas, estresse emocional, intoxicação ou qualquer situação onde ocorra uma perda rápida de sangue.

A vítima deve ser deitada com cabeça mais baixa do que o coração e os membros inferiores devem ser elevados em mais ou menos 30 cm. Gire a cabeça da vítima para o lado para que sua língua não interrompa a passagem do ar na garganta; afrouxe as roupas, umedeça a face e o pescoço da vítima com uma toalha.

IMPORTANTE: Jamais dê líquidos para alguém inconsciente.

DENTES
Quedas e colisões frontais podem resultar em dentes quebrados ou arrancados. A vida do dente vai depender do rápido reimplante. Se o tecido que envolve a raiz secar antes do dente ser implantado, a cirurgia não terá sucesso. Se o dente afetado ficou no local, não toque nele e nem na raiz e procure um cirurgião-dentista imediatamente. Se o dente caiu totalmente, limpe-o e coloque-o novamente no lugar original, sem mexer na raiz. Se o dente amoleceu com a pancada, mantenha-o no local com a língua, com cuidado para não engoli-lo. Jamais retire o dente para levá-lo no bolso.

OLHOS
Ferimentos nos olhos são comuns, normalmente por pedras lançadas pelo biker à nossa frente, ou pela vegetação e insetos. Não há muito o que se fazer no meio do mato, a não ser lavar os olhos com água limpa. Procure um médico imediatamente se sentir dor profunda, perda de nitidez da visão e/ou visão dupla ou sangramento.

Mudanças no formato e no tamanho da pupila, coloração rosa na secreção lacrimal ou ver um objeto preto flutuando também indicam problemas mais sérios.

MORDIDAS DE COBRAS
Uma regra do atendimento pré-hospitalar diz que não existe nenhuma cobra venenosa conhecida que possa matar um adulto sadio em menos de quatro horas. Casos isolados são atribuídos a choques anafiláticos. (Essa regra não se aplica a idosos e crianças). Portanto, na maioria dos casos, haverá tempo para os cuidados em um hospital.

Sendo assim, no socorro moderno não se deve fazer nada diretamente na vítima. O ideal é pelo menos tentar identificar a cobra – animal, cor, tamanho, formato de cabeça e cauda – para que seja aplicado o soro específico. A vítima deve manter-se calma e inativa, evitando o estresse e consequentemente o aumento da freqüência cardíaca, que irá acelerar a dispersão do veneno. Não se utiliza o torniquete, pois pode acelerar o processo de perda do membro ou causar morte.

FONTE: Fernando Barreiro in www.cdof.com.br

A ESTRELA DA VIDA
O símbolo dos socorristas é a estrela azul conhecida como “Estrela da Vida”. Até 1973, os paramédicos norte-americanos usavam a mesma cruz utilizada pela Cruz Vermelha, porém na cor laranja. O novo desenho, a cruz de seis barras, foi certificada em 1977.

SOCORRISTA OU PARAMÉDICO?
No Brasil, por conta da legislação que protege a carreira dos médicos, temos socorristas. O paramédico é considerado o profissional, de nível tecnólogo, habilitado a fazer procedimentos invasivos (avançados) na vítima durante o atendimento pré-hospitalar, em geral sob supervisão médica, mesmo que a distância, via rádio.

KIT DE PRIMEIROS SOCORROS
Um estojo de primeiros-socorros na mochila pode fazer a diferença na hora H, mas deve-se tomar o cuidado para não ser influenciado pela sensação de segurança que o kit oferece. Lembre-se do principal: pouco podemos fazer no meio do nada. O ideal é buscar ajuda especializada o mais rápido possível e o seu telefone celular poderá ser mais valioso que o kit mais completo que existe no mercado. Existem kits prontos para vender em lojas de esportes de aventura. Um estojo como o da Johnson & Johnson, com 140 itens, custa R$ 47.

Ou você pode montar o seu. Um kit básico deve conter:

Luvas descartáveis, soro fisiológico, água oxigenada, água boricada (lavagem ocular), éter ou álcool, uma boa quantidade de gaze e algodão, rolo de esparadrapo, alfinetes de segurança, tesoura, pinça, termômetro, curativos do tipo Band Aid, uma loção de calanima (tipo Caladryl), e também comprimidos de analgésicos, antitérmicos, antialérgicos, comprimidos contra indigestão, enjôos, cólicas e dores de barriga.

Em expedições, maratonas e voltas ciclísticas é desejável que o carro de apoio médico contenha:
  • Colar cervical em três tamanhos
  • Imobilizadores laterais de cabeça
  • Prancha longa de resgate com três tirantes
  • Máscara facial do tipo pocket mask para RCP (reanimação cardiopulmonar)
  • Lanterna
  • Máscara do tipo Ambu para auxílio ventilatório
  • Cilindro de oxigênio
TELEFONES DE EMERGÊNCIA
Esses órgãos se comunicam entre si via rádio e telefone:
  • Resgate e bombeiros – 193
  • SAMU: 192
  • Polícia Militar: 190



Cuidados com o  Quadril

Diversos membros e partes do corpo são essenciais para o desempenho do ciclista. Além de preocupar-se com os membros inferiores (pernas, pé, cintura pélvica e coxas), membros superiores (ombro, braço, mão e antebraço) e tronco, que devem ser exercitados constantemente, outra parte importantíssima relacionada a performance sobre a bicicleta é o quadril.

A articulação do quadril - entre o fêmur e o acetábulo da pelve – tem como principal função suportar o peso do corpo em posturas estáticas (de pé) e dinâmicas (caminhando ou correndo).

Glauber Alvarenga, especialista na área de fisioterapia, citou os principais cuidados com essa articulação que poder tornar-se aliada ou vilã dos ciclistas, triatletas, corredores e demais esportistas.

O fisioterapeuta salientou que exercícios de alongamento são essenciais para a prevenção de inflamações e lesões no quadril. E lembra que, por diversas vezes, essa parte da preparação não é feita corretamente.

“O alongamento é fundamental para qualquer prática esportiva, já que a flexibilidade é essencial para um bom desempenho físico, mas estudos recentes
concluem que esse alongamento não é benéfico quando feito antes da atividade esportiva”, afirma Alvarenga. “Em alguns casos pode até aumentar a incidência de lesões. As sessões de alongamento devem ser feitas em períodos que não sejam próximos do treinamento ou competição”, emendou.

Entre os motivos mais comuns de problemas no quadril está o excesso de exercícios e o erro de postura na hora da pedalada. “Ambos podem comprometer. O uso excessivo pode ser causador de lesões assim como a postura, que pode ser incluída entre os erros de técnica do esporte e dessa maneira leva a uma sobrecarga em determinadas regiões articulares.”

Lesões

Entre as principais lesões nas articulações do quadril estão:

-Labrais de quadril
-Bursites (trocantéricas e isquiáticas)
-Tendinites

Em caso de confirmação de um dos quadros acima, o tratamento será feito de forma conservadora, sem necessitar de processo cirúrgico, já que a utilização de terapias como fisioterapia, massagem, hidroterapia costumam surtir efeito, assim como a ingestão de medicamentos apropriados.

“O tratamento na maioria das vezes é conservador, ou seja, não cirúrgico. O
uso de medicamentos específicos para cada tipo de lesão, assim como tratamentos em geral (fisioterapia, hidro, etc.) proporcionam excelentes resultados”, encerrou.


Como evitar a câimbra na hora do exercício


Se você pedala com frequência, é quase impossível que não tenha nenhum episódio de câimbra para contar. Ela chega sem avisar e, por causa da dor, nos deixa prostrados, muitas vezes no meio da estrada! Foi o que aconteceu comigo num treino da tradicional “Estrada dos Romeiros”, que fica no interior de São Paulo, e que me deixou sem condições inclusive de caminhar até o carro de apoio que nos acompanhava. Tiver que ir carregado! Um vexame que só quem passou sabe do que estou falando…

A sensação de dor que a câimbra traz é semelhante a um choque de 220 volts, e se o ciclista não estiver bem alimentado, bem hidratado e com o condicionamento físico equilibrado, fatalmente será vítima desta dor. Câimbras são contrações musculares intensas e momentâneas, que podem atingir um grupo muscular ou um músculo isolado. Elas normalmente ocorrem após esforços físicos extenuantes, e suas causas não são tão simples de serem identificadas, pois um ou mais fatores podem estar envolvidos neste processo.

As câimbras são um dos problemas mais “mal explicados” da medicina. Atualmente, a teoria mais bem aceita (de Tim Noakes) é que elas são “um reflexo anormal do fusomuscular, ou seja, uma alteração da atividade neural do músculo”. Outra teoria atual sugere que as câimbras são causadas principalmente por desidratação. Durante o exercício, perdemos sódio e potássio, assim como cálcio e magnésio, levando a alterações químicas que causam estas contrações involuntárias. Por isto que, ao realizarmos exercícios mais longos, o uso de isotônicos é indispensável, para repormos o sódio e o potássio através dos eletrólitos contidos nestas bebidas.

Banana, rica em potássio, pode ajudar a prevenir câimbra
 O ideal é sempre se hidratar sem sentir sede. Para os pedais mais rápidos, um gole generoso de água a cada 20 minutos é o suficiente. Se for treino, procure alternar água com o uso de isotônicos, a cada 20 minutos. Um outro ponto de atenção é saber diferenciar as câimbras das contraturas musculares.

A contratura é causada por estresse e ou fadiga muscular, e, ao contrário da câimbra, a dor demora muito a passar e permance no local, causando inclusive lesão nos tecidos musculares. Neste caso, o ideal é procurar o médico para evitar lesões permanentes.

De uma maneira geral, para prevenir as câimbras, além do cuidado com a hidratação, devemos evitar pedalar com roupas muito pequenas, que possam atrapalhar nossa circulação; devemos evitar ainda ir além de nossa capacidade nos treinamentos; na véspera dos treinos devemos evitar utilizar alimentos com muitos conservantes e edulcorantes, bem como evitar a utilização de diuréticos com o objetivo de emagrecer, sem orientação médica.

Ainda sobre a prevenção, o ideal é aquecer pedalando de modo progressivo. Eu, por exemplo, quando inicio um treino, procuro colocar uma marcha bem leve e girar numa cadência alta, entre 100 a 120 rpms, por 5 a 10 minutos, dependendo do treino, realizando um aquecimento progressivo. O ideal também é mudar de posição de tempos em tempos na bicicleta, e principalmente, ter a bicicleta muito bem ajustada.

E quando a câimbra aparecer durante uma pedalada, o ideal é agir o mais rapidamente possível. O primeiro de tudo é procurar localizar a dor: se ela for na panturrilha, alongue-a esticando como se houvesse um grande peso no seu calcanhar. Você pode fazer isto em cima da bike. Porém, se a dor for muito intensa, pare a bicicleta em um local seguro, apoie o calcanhar no chão e tente segurar o dedão do pé. Se a dor for no quadríceps, a parte da frente da coxa, se você tiver bom equilíbrio, pode permanecer em cima da bike, tirando o pé do pedal (da perna atingida) e, com o auxílio da mão, coloque o calcanhar o mais próximo possível da região do glúteo.

Mas se você for vítima constante de câimbras, ou ainda se, mesmo após o desaparecimento das mesmas, você ainda sentir dores no local, não deixe de consultar um médico!


Dor lombar e o esporte

A dor lombar é uma das dores mais incapacitantes no esporte, principalmente quando se trata de ciclistas, corredores e triatletas. Na minha prática de fisioterapeuta esportiva, esse é um quadro muito comum, e que torna a prática da atividade desprazerosa e preocupante.

A lombalgia pode ser originada por diversos fatores, e na maioria das vezes, esta acontece por um conjunto deles, e não por uma causa isolada. Bastou um treino muito longo, umas subidas muito íngremes, um terreno muito acidentado, uma noite mal dormida, uma postura errada na cadeira do escritório... para que o quadro álgico se instalasse!

Algumas pessoas já têm certa predisposição a ter dor lombar por alterações estruturais nas curvaturas da coluna, por hábitos posturais incorretos, por desequilíbrios musculares, pela técnica incorreta da atividade esportiva, por falta de mobilidade da coluna. Mas todo atleta está suscetível a ter dor lombar na prática de sua atividade. Por isso é tão importante a prevenção e a preocupação com os cuidados necessários para que ela não apareça. A própria dinâmica do esporte tende a gerar desequilíbrios entre a musculatura, e a criar posturas sustentadas por longos períodos de tempo, posturas estas que muitas vezes não são fisiológicas, e criam situações de dor.

Assim, é necessário que o atleta faça um trabalho paralelo ao seu treinamento, visando corrigir esses desequilíbrios musculares, trabalhando principalmente a musculatura estabilizadora do tronco. Além de proteger a coluna, esses músculos fazem com que os movimentos se tornem mais precisos, facilitando a correção postural e melhorando o movimento dinâmico dentro do esporte.

Trabalhar a mobilidade da coluna também é de fundamental importância, o que acontece em paralelo com o trabalho de consciência corporal do atleta. Existem diversos exercícios com esse objetivo, e que trazem resultados muito benéficos.

A postura que o atleta fica no dia-a-dia é outro fator que deve ser observado por ele. Por mais que o atleta faça um trabalho específico para correção de desequilíbrios, na maioria das vezes ele passa mais tempo trabalhando do que fazendo sua atividade física. Assim, ele deve se preocupar em manter uma postura correta mesmo não estando em cima da bike ou pelas ruas com seus tênis de corrida.

O Bike Fit feito por um profissional capacitado também é fundamental, e muitas vezes a mudança do tamanho do avanço ou a alteração da distância entre o banco e o guidon já basta para que este incôdomo desapareça.

A natação, o Pilates, a musculação, o treinamento funcional, o Yôga e a Osteopatia são exemplos de atividades paralelas que vão te ajudar a ter um corpo saudável e preparado para atividades físicas intensas, e para que o ganho de performance aconteça de forma natural e gradativa.




Cuide do seu joelho - Síndrome do Trato Iliotibial

Síndrome do Trato Iliotibial é uma lesão inflamatória aguda comum em ciclistas, corredores (é conhecida também como “joelho do corredor”) e em outros atletas que praticam atividades envolvendo flexão repetitiva do joelho.

Caracteriza-se por uma dor na região lateral do joelho que ocorre devido ao atrito repetido do trato iliotibial contra o epicôndilo lateral do fêmur.

O trato iliotibial é uma fáscia que se localiza na parte lateral da coxa e é responsável principalmente pela estabilização ântero-lateral do joelho.

Este trato sofre atrito com a parte óssea lateral do fêmur quando o joelho flete a aproximadamente 30°. A sobrecarga e o atrito repetido desta estrutura contra o osso provocam a inflamação da fáscia.

O atleta geralmente percebe a dor na região lateral do joelho durante a atividade, e a cada treino, pode aparecer mais precocemente. Muitos atletas relatam sentir fisgadas durante a atividade, e muitas vezes intensas. Quando esta se torna mais crônica, pode incomodar em atividades cotidianas como subir e descer escadas.

São causas comuns do surgimento da Síndrome do Trato Iliotibial:

● Encurtamento da banda iliotibial;
● Fraqueza do músculo glúteo médio e maior ativação do músculo tensor da fáscia lata;
● Aumento abruto da intensidade do treinamento - treinamento sem orientação de um profissional;
● Pronação excessiva dos pés;
● Calçado inadequado para seu tipo de pé;
● Posicionamento incorreto dos pés no pedal da bike – uma dica é posicionar o pedal com o calcanhar aproximadamente 6° para fora
● Altura incorreta do banco da bike;
● Corrida em terrenos irregulares, subidas e descidas em excesso;
● Joelho varo (arqueado para fora), torção tibial ou epicôndilo lateral do fêmur anormalmente saliente.

E o que fazer quando a dor aparecer?

● Uso de gelo no local – 20 min 3 x /dia
● Tente encontrar dentre as causas acima o que pode estar acontecendo com você e procure corrigi-las;
● Faça um alongamento suave do trato iliotibial e do ventre do tensor da fáscia lata;
● Procure um profissional adequado (médico e fisioterapeuta do esporte) para um exame clínico preciso e possíveis exames complementares para confirmação do diagnóstico.




Como evitar fisgadas na virilha e pubalgia

Não é incomum que atletas de diferentes modalidades esportivas sintam fisgadas na região da virilha após um treino intenso ou após um movimento brusco durante a prática esportiva. Os atletas que realizam movimentos repetitivos (como o corredor e o ciclista) e os atletas que realizam mudanças bruscas de direção e chutes (como o tenista e o jogador de futebol) estão mais propensos a sentir tal incômodo.

O diagnóstico mais comum desse tipo de dor é o estiramento dos adutores, musculatura da parte interna da coxa. Esses músculos são responsáveis pela adução do quadril (fechamento das pernas), assim como participam da estabilidade da pelve em movimentos dinâmicos. A principal característica do estiramento é que este acontece por um movimento brusco e uma dor intensa e aguda é sentida no momento do trauma, sendo esta geralmente bem localizada.
Já a dor que se inicia mais gradualmente na região da virilha, acompanhada ou não de dor na região inferior do abdome, irradiação para a face medial da coxa ou até mesmo dor na região lombar pode receber o diagnóstico de pubalgia (inflamação do púbis).

O púbis é um dos 3 ossos da pelve, onde se insere os músculos adutores e parte dos abdominais. Essa região é particularmente susceptível a forças de cisalhamento durante determinadas atividades atléticas. Com traumas repetitivos (ou trauma agudo em alguns casos), pode ocorrer um processo inflamatório envolvendo o osso, a cartilagem e os ligamentos da região, além dos músculos que de alguma forma se relacionam com a região pubiana. Aliados aos pequenos traumatismos, estão os desequilíbrios musculares causados por movimentos compensatórios e as alterações biomecânicas peculiares do atleta, além da fase de treinamento em que esse de encontra.

O encurtamento dos músculos isquiotibiais (posteriores da coxa), a sobrecarga à musculatura adutora da coxa e a fraqueza dos músculos abdominais são achados comuns no atleta com esse diagnóstico.

O diagnóstico diferencial entre o estiramento muscular e a pubalgia não é muito simples, e os exercícios para tratamento do primeiro podem complicar o quadro clínico do segundo, se o diagnóstico for feito precipitada e erroneamente.
Os sintomas da pubalgia variam de atleta para atleta, sendo muitas vezes inespecíficos e de difícil caracterização, o que dificulta o diagnóstico e permite que esta seja confundida com outras patologias.

Para um diagnóstico preciso e precoce, é necessária uma avaliação estática e dinâmica precisa do atleta, buscando as causas e conseqüências da lesão, que servirão como base para o tratamento. Exames complementares, em especial a ressonância magnética, também são de grande importância para o fechamento do diagnóstico.

O tratamento, como já foi dito, será baseado na correção das alterações e desequilíbrios encontrados na avaliação. O uso de antiinflamatórios pode ser indicado, e muitas vezes o repouso é necessário na fase inicial do tratamento. E, muito melhor do que ser acometido por essa lesão chata, é fazer um trabalho de prevenção paralelo à atividade esportiva, incluindo fortalecimento muscular, alongamentos e exercícios funcionais e proprioceptivos.

Por Silvia Guedes – Fisioterapeuta formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais / Especialista em Fisioterapia Esportiva pela PUC-MG e em Osteopatia pela Escola Brasileira de Osteopatia

GELO: O Santo Remédio

Muita gente não dá valor, mas o uso de gelo para controlar e prevenir processos inflamatórios é realmente eficaz. Talvez por ser tão simples e de tão fácil acesso, as pessoas muitas vezes não acreditam no poder terapêutico do gelo.

A crioterapia, ou terapia com gelo, quando aplicada no corpo humano, desencadeia inúmeras respostas fisiológicas, que variam de acordo com a situação na qual está sendo usada. No esporte, os principais efeitos que buscamos são tanto sua ação antiinflamatória como sua ação analgésica, principalmente nas lesões agudas.

Com a aplicação do gelo, os processos celulares se tornam mais lentos, tornando mais lento o ritmo das reações químicas nas células. Essa redução no metabolismo celular está relacionado com o efeito antiinflamatório do gelo.

O frio produz também um alívio efetivo da dor, sendo este um recurso utilizado no tratamento de lesões agudas. Apesar de não ser conhecido o mecanismo preciso pelo qual a aplicação do frio reduz a intensidade da dor, acredita-se que este efeito ocorra pela redução e alteração dos estímulos de dor ao Sistema Nervoso Central.

Quanto mais rápido for aplicado o gelo após uma lesão, maior os benefícios deste para o atleta. Um outro fator importante é utilizar o gelo como um aliado na prevenção de lesões. Por exemplo, após um treino longo, o atleta deve aplicar o gelo nas regiões mais propícias à lesão, ou naquela região que ele teve uma lesão prévia, e acabou se recuperar de tal lesão.

O período de aplicação deve ser de 15 a 20 minutos, e esta aliada à compressão tem um efeito potencializado, de acordo com estudos. Uma ótima opção para atletas é a utilização das bolsas de gelo que vêm com um velcro, e que permitem que esta seja moldada na região a ser aplicada quando feita a compressão, além de possibilitar que o atleta caminhe enquanto coloca o gelo, não podendo usar a “desculpa” de que “não tem tempo para colocar”. Vale lembrar que isso não deve ser feito sempre, pois a elevação da região também auxilia na redução do edema.

Uma outra opção que substitui bem essa bolsa é colocar cubos de gelo em uma sacolinha de plástico, e com uma atadura elástica ou simples, firmar o gelo fazendo compressão. Mas como a sacola de plástico não é própria para a crioterapia como a bolsa de gelo do exemplo acima, deve-se utilizar alguma coisa entre a pele e o plástico, como uma toalha úmida ou um pedaço de pano. Cuidado! O gelo também queima!!!

Quando se deseja o esfriamento de toda a superfície de uma extremidade, como a mão, o antebraço, o pé ou a perna, o uso de um balde com gelo e água poderá ser extremamente eficaz. A temperatura deve variar de 13 a 18º.

Uma outra forma de utilização do gelo, a qual os maiores adeptos são atletas de alta performance, é o banho de gelo, que consiste em encher uma banheira de água e gelo, e permanecer por 10 a 15 minutos com os membros inferiores imersos.

Embora não existam muitos estudos que comprovem com exatidão a eficácia do gelo (até pelo fato do número reduzido de estudos na área), este é amplamente utilizado na medicina esportiva. Então, usufrua deste “santo remédio”, que além de não fazer mal para seu estômago, também não faz mal para o seu bolso!!!