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terça-feira, 26 de junho de 2018

3° Passeio Ecológico da Capital do Jeans

Será no dia 22 de Julho o 3° Passeio Ecológico da Capital do Jeans 2018


LOCAL: Clube Real Independente em Fazenda velha.
INSCRIÇÃO: Um kg de alimento + 10,00 REAIS. No local do evento..
CONCENTRAÇÃO:  Às 6:00h  com café às 7:00h
SAÍDA: Às 8:30hs
O pedal contará com três pontos de APOIO com frutas, água, gelo e muito mais.
 INSCRIÇÃOES: Um kg de alimento não perecível + 10 REAIS. Todos os inscritos irão ganhar um troféu de participação..
APOIO: Ambulância e Bombeiro Civil durante todo o percurso além de carros e motos dando total assitência.

REALIZAÇÃO:  MALUCLISTAS DEUS PROVERÁ.

COLABORAÇÃO:  PREFEITURA MUNICIPAL DE TORITAMA E SECRETARIA DE CULTURA E ESPORTES E A TODOS PATROCINADORES E COLABORADORES

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Treinamento físico para o cicloturismo

Com alongamentos, a recuperação dos músculos é muito melhor
Foto: John LundMarc Romane / Shutterstock
O verão é tido como a melhor época de férias em nosso país, entretanto, conforme o destino escolhido, o inverno pode ser a melhor estação, tendo em vista que em grande parte de nosso país as chuvas são menos frequentes. Em todo sul de Minas e Mantiqueira o clima fica simplesmente perfeito, com céu azul durante o dia e noites frias e aconchegantes para dormir.


As férias de julho estão longe, mas se quiser fazer uma bela viagem pela Mantiqueira, Estrada Real ou Caminho da Fé, por exemplo, o melhor é começar a treinar hoje mesmo.

Não acho recomendável, mas sei que é possível começar uma viagem de bicicleta com pouco treino e adquirir condicionamento na própria viagem. Neste caso, você terá que dispor de muito mais tempo para fazer paradas de descanso e recuperação a cada etapa pedalada, correndo o risco de sofrer lesões que comprometam a viagem.

Com a falta de tempo para uma recuperação efetiva na própria viagem, é imperativo que o cicloturista faça um forte treinamento prévio e, mesmo assim, saiba que não há treinamento que se equipare a uma viagem de verdade. Na viagem, o cicloturista enfrenta inúmeras variantes imprevisíveis como chuva, frio, relevo e acidentes de percurso que podem atrasar o horário das refeições, do banho ou do sono.

Mesmo que você não possua muita força ou resistência (grupo em que me enquadro) ou que não esteja muito treinado, poderá aprender a utilizar a paciência, a persistência e a disciplina como aliadas.

Em uma viagem de bicicleta geralmente não se buscam recordes, tampouco grandes velocidades, mas sim aprendizado, conhecimento, vivências e lazer. Por isto o condicionamento necessita ser bom o bastante para evitar que as dores e a estafa muscular absorvam o deleite.

Não é necessário treinar velocidade, mas constância. Constância no ritmo de 70 pedaladas por minuto, em subidas ou descidas, e constância na frequência das saídas para treino.


De forma geral, aconselho como treinamento mínimo uma hora por dia e alguns testes nos finais de semana, onde o cicloturista deve pedalar quantas horas possa suportar - cinco, seis, sete ou mais, para ter uma ideia de como e em quanto tempo poderá vencer cada etapa do caminho. Dores nos músculos são naturais, entretanto cuidado para não gerar lesões, aguarde a recuperação e volte aos treinos. Se as dores persistirem, consulte um especialista.

Pedalar ao menos uma hora por dia sob quaisquer condições climáticas gera um ingrediente fundamental no viajante: a resistência, que é vital em todos os tipos de viagem de bicicleta. Ela nos dá a coragem e disposição de prosseguir a viagem mesmo que, nas primeiras horas do dia, o clima esteja péssimo ou que nos sintamos esgotados após o terceiro ou quarto dia de viagem, quando a primeira empolgação já se foi.

É importante descansar antes ou depois de fazer um teste de final de semana. Geralmente, o bom condicionamento físico só chega após uns três meses de treino sério. Por isso planeje com antecedência suas viagens.

Desde o início do treinamento é imprescindível que a bicicleta seja equipada com um ciclocomputador devidamente aferido, para que o cicloturista possa acompanhar a sua evolução física. Conforme minha experiência e a média das pessoas que encontrei pelo mundo viajando de bicicleta, um bom teste é conseguir fazer 100 km em um único dia (para homens e mulheres). Caso consiga realizar esta distância sem sofrer um desgaste sobre- humano, o cicloturista já pode se considerar diplomado para viajar para qualquer lugar do mundo com sua bicicleta.  Claro, conforme o roteiro nem é preciso tanto, por exemplo, a maior etapa do Caminho da Fé é de trinta e poucos quilômetros, acredito que um cicloturista que consiga pedalar por 70 km já é capaz de vencer esta etapa.

Para mim, pedalar é um exercício tão natural como caminhar; em 1992 era um sedentário total e em um ano estava viajando o mundo de bicicleta, me exercitando por seis, sete, oito horas por dia - o mesmo que um atleta olímpico. Nunca tive lesões pois nunca forcei demasiadamente, meu intuito sempre foi o deleite.

Na volta ao mundo de bicicleta nunca fazia alongamentos, afinal pedalava oito horas por dia e caminhava menos de uma, seria mais recomendável alongar para caminhar que alongar para pedalar. Meu alongamento sempre foi de forma natural enquanto realizava tarefas simples como fazer comida, montar e desmontar acampamento, afinal não tinha as facilidades de uma cadeira ou cama. Hoje percebo que sempre que faço alongamentos a recuperação dos músculos é muito melhor.

Finalmente, mesmo que não tenha planos de viagem ou que nem goste de bicicleta e está lendo esta matéria enquanto espera sua hora no dentista, lembre-se que o corpo do ser humano é de um caçador - coletor, feito para caminhar o dia todo em busca de alimentos. As facilidades da vida moderna têm alterado de forma radical esta rotina com graves consequências, e acredito que de alguma forma cada um de nós deve encontrar soluções para reequilibrar esta situação. Talvez pedalar uma hora por dia só estará compensando o sedentarismo, então tente ao menos trocar circuitos de carro pela bicicleta, o elevador pela escada, o ônibus pela caminhada e sentirá a resposta imediata: seu corpo funcionará melhor de forma geral e terá muito mais disposição.

Fonte:  Revista Bicicleta por Antônio Olinto

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Cobra na Trilha - O que fazer em situações de perigo?

Uma das coisas que faz o mountain bike tão divertido é o contato com a natureza. Esse meio é relaxante e permite experiências únicas. Algumas, porém, podem ser perigosas. Sabe o que fazer se der de cara com uma cobra venenosa, por exemplo? Essa matéria foi baseada em informações provenientes de órgãos oficiais e pesquisadores da área, para lhe ajudar a saber o que fazer em uma situação dessa.

http://ciclomania.blogspot.com/2014/11/pedal-ciclo-mania-dia-de-finados-com.html

Diferentes de seus velhos parentes dinossauros, as cobras não são répteis gigantes e barulhentos. Mas isso não faz delas seres menos perigosos. Elas aprenderam que tamanho não é documento, mas que camuflagem, química e ‘tecnologia avançada’ podem compensar praticamente qualquer desvantagem de tamanho ou número.

Essas caçadoras sofisticadas usam sensores de calor para localizar presas há milênios, antes mesmo dos humanos imaginarem que isso fosse possível. Somada com seu olfato e capacidade de identificar vibrações vindas de todo o seu corpo (e portanto, do solo) com auxílio de um ouvido interno, as cobras compensam sua visão ruim para identificar e localizar precisamente seus alvos. Suas cores podem torná-las praticamente invisíveis ou advertir os inimigos de que elas são perigosas. E ainda há o veneno, complexas composições químicas capazes de paralisar e matar presas em minutos.

Conceito correto
Infelizmente, a maioria das pessoas considera as cobras como uma ameaça em qualquer circunstância, e muitas acreditam que toda cobra encontrada deve ser morta, mesmo na natureza. Mas cobras não são assassinas descontroladas. Acostumadas com um mundo hostil, elas estão sempre prontas para se defender. Mas essa é a questão – elas mordem seres humanos por que se sentem ameaçadas por eles. Sempre que possível, elas fogem.

É importante lembrar mais uma vez que nem todas as cobras são venenosas. Mesmo as que possuem veneno nem sempre o injetam quando se defendem. Muitas espécies sabem da preciosidade do líquido destrutivo que produzem, e priorizam seu uso para as caçadas. Assim, muitas vezes dão mordidas secas – picadas que assustam, mas que não injetam veneno.
Muitas cobras também fazem o que podem para avisar intrusos de que, se eles se aproximarem, elas serão obrigadas a atacá-los. Isso deixa claro que seu objetivo não é ferir qualquer ser vivo que veem pela frente. Portanto, você pode considerar o chocalho de uma cascavel, o silvo de uma jiboia ou o som do atrito das escamas de uma víbora-de-chifre como uma boa ação da parte delas. Afinal, quem avisa, amigo é.

O que fazer ao encontrar uma cobra
Antes de qualquer outra coisa, mantenha a calma. Para alguns é fácil, para outros é mais complicado. De qualquer forma, evite movimento bruscos, que podem soar ameaçadores para a serpente.

Em uma trilha fica complicado chamar os bombeiros para tirar uma cobra da sua frente, mas se você encontrar uma cobra em uma área urbana, essa é a melhor opção. Na trilha, a melhor opção é esperar a cobra seguir seu caminho. Lembre-se de não obstruir o caminho dela, e muito menos a encurralar. Isso pode deixa-la muito, mas muito agressiva. Permaneça a uma distância segura. Isso varia de cobra para cobra, mas faça o possível para manter no mínimo três metros de distância. Não tire os olhos da cobra até que ela vá embora.

Muito próximo de um bote
E se você esbarrar com a serpente próximo o suficiente para que o bote o alcance? Primeiro, fique imóvel por uns instantes. Depois, muito lentamente (muito) se afaste da serpente. Lembre-se que um movimento brusco pode fazer com que ela te ataque.

Trate toda cobra como venenosa. Isso prevenirá acidentes com qualquer cobra. Mantenha seus níveis de atenção e cuidado no máximo. Não dê as costas para a serpente. Fique de olho nela, assim como ela vai estar atentamente de olho em você.

Não provoque!
Seja durante ou depois do encontro, não provoque a serpente. Cada um deve seguir seu caminho. Não cutuque, jogue pedras ou faça movimentos ameaçadores. Algumas espécies demonstram comportamento naturalmente mais agressivo, que vai além da defesa, podendo até mesmo avançar e perseguir quem as ameace.
Mesmo que a cobra não seja venenosa, ela pode te morder. E essa mordida pode gerar infecções, além da dor dos ferimentos.

"Se você respeitar a cobra, ela vai respeitar você". 

Na pior das hipóteses
Fui picado! E agora? Mais uma vez, mantenha a calma – falar parece fácil, mas é necessário se esforçar. A grande maioria dos incidentes com cobras não são letais. Quando alguém morre por picada de cobra, geralmente levou muitas picadas ou já estava debilitado antes de ser mordido. Além disso, o veneno costuma levar um bom tempo para causar danos maiores. Em muitos casos o soro é aplicado mais de dez horas depois do acidente. E em outros casos, pessoas que nem recebem soro se curam! Então, se você é um ciclista saudável, siga as instruções abaixo que tudo ficará bem.

O veneno da maioria das cobras se espalha pelo sangue, portanto, não corra, não pule – não faça nada que acelere sua circulação sanguínea, ou o veneno pode alcançar áreas vitais. Isso não significa que o veneno acompanha o sangue aonde quer que ele vá. Ele tende a ir parando e agindo nos tecidos – ainda mais por que ele coagula o sangue – e não costuma ir longe. A não ser que você acelere seus batimentos.

Também não siga o outro extremo: trancar a circulação do sangue. Deixe as coisas correrem naturalmente até conseguir socorro. Se você trancar a circulação com um torniquete, o veneno vai se concentrar numa área específica, podendo causar graves danos ao membro atingido.

Não jogue pó de café, cachaça, querosene, teia de aranha ou qualquer outra coisa no ferimento. Esses procedimentos da sabedoria popular só pioram o problema. Não sugue o veneno de volta com a boca, ele pode causar danos na boca, que é um local com tecido sensível.

Mantenha o membro atingido em uma posição mais alta. Se possível, permaneça deitado. Remova anéis, pulseiras, roupas justas ou que estejam perto do local da picada, visto que ocorrerá inchaço. Mantenha-se hidratado e lave o local da picada com água ou água e sabão. Busque ajuda e vá para um local de atendimento médico imediatamente.

Identificando a cobra para receber o soro
Para receber o soro correto, os médicos precisam saber que espécie picou você, visto que existem muitos tipos de veneno. O ideal seria levar a cobra até o centro médico, mas isso deve ser feito por um profissional, então é melhor achar outro jeito. Você terá de observar a cobra e descrevê-la. Se possível, cuidadosamente tire uma foto ou filme a cobra. Se for descrevê-la, precisará dizer:

- A coloração da cobra. Ela tinha manchas? Como eram as manchas? Qual a cor predominante?
- Aspectos do corpo da cobra. A cabeça dela era arredondada ou tinha formato de ponta de flecha? O corpo era liso ou escamado? A ponta da cauda era fina ou grossa? Ela tinha um chocalho na cauda?
- O local em que você foi picado. Floresta? Areia? Rochas? Como era o lugar?
- Marque a hora em que você picado. Essa informação é muito importante para os médicos.
- E se você não teve como identificar a cobra? Calma. Existe um soro polivalente, que age para praticamente qualquer veneno. Mesmo não sendo específico, ele vai ajudar.

Prevenção
Cobras não costumam ficar paradas no meio de trilhas. Elas provavelmente passam por essas trilhas todos os dias, mas não é um local que as atrai. Como ninguém pedala de botas e proteções nos braços, as prevenções são diferentes das recomendadas para quem caminha no mato. As chances de ser picado andando de bike são baixas.
Não ande no mato ao redor das trilhas. Se fosse fazer isso, teria de usar botas de cano longo para proteger as pernas e usar proteções para os braços. Não mexa em pilhas de galhos e folhas. Cobras amam esses lugares. Não mexa em buracos, e muito menos coloque a mão neles!

Sua melhor prevenção são outros seres humanos. Não pedale sozinho. E ainda assim, tenha sempre como chamar alguém ou pedir socorro – a comunicação pode ser o melhor antídoto. Tenha sempre água consigo. Não há como carregar soro antiofídico para lá e para cá, pois eles precisam ser armazenados em baixas temperaturas e precisam de dosagem e manuseio corretos.

Siga pedalando!
Se você respeitar a cobra, ela vai respeitar você. Não fira ou mate a cobra. Isso não vai adiantar de nada, será uma maldade para com o animal, e ainda, um crime ambiental, punível com detenção sem direito à fiança. Além disso, a medicina tem descoberto substâncias farmacêuticas no veneno de muitas cobras. Isso não poderá ir adiante se elas deixarem de existir.

Mas não faça da presença de cobras uma preocupação ao pedalar. Muitos ciclistas que pedalam há tempo em trilhas mal conseguiram ver algumas cobras. O que nós queremos é que você saiba como agir em um caso desses!

Mitos e Verdades sobre as cobras  

O veneno das cobras fica no rabo. Mito. A sabedoria popular nos diverte com algumas ideias bem engraçadas, e essa é uma delas. O veneno das cobras fica em duas bolsas nas laterais da cabeça, cada bolsa alimentando uma das presas inoculadoras. Não faria sentido bombear o veneno da cauda até as presas.

Cobras são imunes ao próprio veneno. Verdade. Se você alguma vez ouviu uma história de uma cobra que picou a si mesma e morreu, já sabe...

Cobras podem hipnotizar suas presas. Mito. Mais uma pérola da sabedoria popular. Muitas presas, ao esbarrarem com uma cobra, ficam apavoradas e travam, ou ficam estáticas, prontas para se defenderem. E o medo pode fazer isso com um ser humano também. As próprias cobras, quando ameaçadas, ficam estáticas. Não há hipnose na jogada.

Cobras mamam no gado ou em mães lactantes. Mito. Essa foi caprichada! Cobras são répteis, não mamíferos. Sua boca e dentes não permitem que elas suguem líquidos. Essa crença surgiu da lenda de um marido que chegou em casa, encontrou uma cobra ao lado da esposa lactante, e ao matá-la, leite coalhado saiu de dentro da cobra. O que acontece é que as cobras possuem uma gordura corporal branca, que realmente lembra leite coalhado. A partir disso, muitos afirmam ter visto cobras mamando em vacas.

Cobras podem se arremessar contra suas presas. Mito. O bote de uma cobra geralmente usa um terço do corpo. Existe uma espécie de cobras que consegue pular de uma árvore para outra, e por isso é conhecida como cobra-voadora. Mas ela não usa essa habilidade para dar botes.

Uma vez picado, o ser humano desenvolve imunidade ao veneno. Mito. Se fosse assim, todos receberíamos uma vacina contendo um pouco de veneno de cobra e seríamos imunes. Não haveria por que fabricar soro. O que pode acontecer é uma maior resistência do sistema imunológico por um breve período, mas isso não o tornaria à prova de cobras.

As cobras são surdas. Essa é complicada. Apesar de não possuírem ouvidos externos, elas usam as vibrações recebidas pelo corpo e as decodificam em um ouvido interno. Isso permite sentir vibrações específicas, como o caminhar de uma presa no chão e outras vibrações recebidas no corpo pelo ar. É claro que não ouvem como nós ouvimos. Se você fizer um barulho (um grito, por exemplo) não chamará atenção de uma cobra. Mas se pisotear o chão, provavelmente ela entrará em alerta.

Cobras podem ser hipnotizadas com o som das flautas. Mito. Se elas não ouvem as frequências emitidas pela flauta, como isso poderia influir nelas? O que acontece é que elas seguem o movimento da flauta, pois estão prontas para dar um bote e fazer mais dois furinhos nela. Há uma fase de treinamento no qual o ‘hipnotizador’ mostra para a cobra que atacar a flauta não adianta nada.

Fonte: Revista Bicicleta  por Pietro Battisti Petris

Bicicleta é a mais rápida em desafio no trânsito de Goiânia contra carro, ônibus e outros meios

Estudo levou em conta não só o tempo para percorrer determinado percurso, mas também o custo e a emissão de poluentes. Participantes citam problemas que atrapalham realização do percurso.

Bicicleta é a mais rápida em desafio no trânsito de Goiânia contra carro,
ônibus e outros meios Foto: TV Anhanguera/Reprodução
Um desafio organizado pela Universidade Estadual de Goiás (UEG) utilizando nove meios de locomoção diferentes apontou a bicicleta como principal alternativa em Goiânia. Além de mais rápido, o veículo também levou a melhor na disputa dos outros dois requisitos: custo e emissão de poluentes (veja ranking abaixo).

Para levantar os dados, foi estipulado o seguinte critério: todos os participantes saíram do mesmo ponto e horário, na Rua C-158, no Setor Jardim América, e seguiram até a Praça Cívica, no Setor Central. O percurso, de 6,2 km, foi iniciado às 17h, justamente para avaliar os efeitos do trânsito mais pesado.

A classificação, levando-se em conta todos os quesitos, ficou assim:

  • Bicicleta
  • Corrida
  • Caminhada
  • Moto
  • Ônibus
  • Transporte por aplicativo
  • Carro
  • Mototáxi
  • Táxi

Coordenador do projeto, o professor de arquitetura e urbanismo Fernando Chapadeiro anotava os dados da chegada de cada um em uma planilha. Ele explicou o intuito do desafio.

"O desafio é apresentar qual modo de transporte é mais eficiente nesse deslocamento cotidiano, diário, em torno de seis ou sete quilômetros, num horário que normalmente tem congestionamento, um horário de pico”, detalha.

Impressões
Usando a bicicleta, o analista de sistemas Carlos Moura foi o primeiro a chegar, 25 minutos depois da partida. Apesar disso, ele fez ponderações sobre as dificuldades que os ciclistas precisam enfrentar no trânsito.

"A dificuldade é o trânsito de Goiânia, que não ajuda. As ruas são muito estreitas, muitos carros estacionados na lateral. E isso obriga o ciclista, algumas vezes, até subir na calçada para garantir a segurança", destaca.

Logo em seguida, foi a vez das atletas de corrida. A biomédica Nazaré Nascimento, também pontuou a falta de estrutura para percorrer o trajeto.

"O corredor muitas vezes não dá para usar a rua, então a gente usa a calçada, escura, cheia de buraco", reclama.

No resultado geral, o ônibus ficou em quinto lugar. No entanto, ele foi o mais demorado. A funcionária pública Jaqueline Rodrigues, que usou o meio de transporte, demorou 1h29 e citou a ineficiência do transporte público.

“O primeiro ônibus eu esperei 30 minutos. O rapaz que estava no ponto disse que estava muito atrasado, que deveria ter chegado há muito mais tempo, e o segundo caso, passaram dois ônibus fora de serviço enquanto eu estava esperando, o que é questionável", afirma.

Fonte: G1

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Cicloturismo para melhorar o mundo


A bicicleta é um veículo agradável e eficiente não apenas para ir até a padaria da esquina, mas também para cruzar um continente – o que é demonstrado por uma quantidade crescente de aventureiros. Entretanto, não é preciso realizar uma viagem de grande fôlego para sentir-se ou ser considerado um cicloturista – quem fizer um passeio de algumas horas com o objetivo de conhecer ou visitar outros lugares por puro prazer usando a bicicleta não terá cassada sua carteirinha de cicloturista.

Entre esses dois extremos, o cicloturismo é uma prática bastante diversa que alcança cada vez mais cidades do nosso país. O diferencial do cicloturismo é que enquanto poucas cidades possuem atrativos para os interesses turísticos convencionais, quase todas possuem atrativos aos cicloturistas, e isso por um motivo essencial: enquanto o turista “comum” geralmente procura um destino, o cicloturista se interessa, em maior medida, pelo trajeto. Por exemplo, é menos frustrante para o cicloturista interromper sua viagem antes do final programado do que para quem utiliza outro meio de transporte, porque o trecho percorrido foi todo ele vivenciado.

Mas não apenas por isso. O cicloturista, em geral, está fugindo da aglomeração humana, da saturação do concreto e dos cenários artificialmente montados – em alguns casos, montados como chamarizes. O cicloturista valoriza a diversidade e a originalidade dos lugares e com eles busca interagir – o que pode fazer mais minuciosamente do que de carro e mais rapidamente do que a pé. E, neste sentido, o pedalante e seu veículo, por não agredi-la, tornam-se uma parte da paisagem.

Isso não tira o valor do cicloturismo até em megalópoles: percorrer a cidade para visitar seus monumentos, para conhecer suas às vezes escondidas belezas, acessar suas diferenças culturais. Mas ainda será preciso muita evolução para que as urbes brasileiras permitam ampliar esta modalidade de interação e criem o interesse de turistas, ali chegados por meios motorizados, a se aventurarem (diga-se: a se arriscarem) sobre uma bicicleta, o que é plenamente possível (e até, diga-se: imperdível) em cidades europeias.

Que dure um final de semana ou um mês, uma viagem cicloturística renova a disposição de seu praticante. Faz-lhe bem à mente, ao corpo e à moral. À mente porque traz alegria, sensação de superação, confiança em si próprio e admiração dos outros. Ao corpo porque cadencia a respiração, queima calorias, fortalece os músculos e aguça os sentidos.

E à moral? É nesse aspecto que o turismo com bicicleta mostra seus benefícios para a vida social e para o arranjo natural. O cicloturismo não é exclusivo neste aspecto, é óbvio, mas trata-se de uma modalidade de turismo não predatório: que não pesa sobre a natureza e não corrompe a cultura local.

A maior parte do turismo praticado no planeta se caracteriza pelo consumo de serviços e produtos, mesmo que esteja envolvida alguma paisagem. Nas relações humanas prevalecem o serviçalismo e os empregos temporários; e nas relações ecológicas impera o saque da matéria natural e o descarte de dejetos.


O cicloturismo faz bem para a consciência do seu praticante porque é sustentável. A concretização dessa sustentabilidade depende, é certo, de políticas (econômicas, sobretudo) que extrapolam o setor do turismo; e, mais certo ainda, ninguém vira santo ao sentar sobre uma bicicleta. Mas estamos querendo nos referir aqui à simbologia da bicicleta para a transformação social, simbologia esta que atrai pessoas que aspiram a um modelo de sociedade igualitário para seus membros e perdurável na natureza.

Também para o cicloturismo vale a conclusão a respeito da mobilidade urbana: não é possível um modelo de turismo segundo o qual todos viajam de carro. As rodovias ficam entupidas e as cidades destino ficam tão insuportáveis quanto as cidades origem.

Em suma, o cicloturismo contribui para tornar o mundo melhor. E o mínimo que deveríamos esperar seriam políticas públicas que tornassem mais fácil a vida daqueles que querem melhorar o mundo. Governo federal, estados e municípios deveriam ser os agentes indutores dessa vertente, para desafogar a demanda que já existe, mas que não se expande mais por causa das dificuldades impostas a seus praticantes – dificuldades estas que não diferem daquelas que os ciclistas enfrentam para ir à padaria da esquina.

Felizmente nem todos ficam só esperando. A sociedade civil organizada, e também exemplares empresas do setor, têm se mobilizado para difundir a prática entre as pessoas e para requerer incentivos públicos. ONGs, grupos de pedaladas, Bicicletadas e agências de cicloturismo promovem passeios longos e viagens cicloturísticas, mas também agem politicamente para estimular o setor.


Essa intervenção do cicloativismo é compreensível, não? Porque quanto mais pessoas aderem à bicicleta como modalidade de transporte urbano, mais crescerá a quantidade de cicloturistas. Ao mesmo tempo, quanto mais pessoas curtem viajar de bicicleta ocasionalmente, maior a quantidade delas que desejará utilizá-la também no cotidiano. E, para ambas as modalidades de melhorar o mundo, ainda há muito o que fazer.

Fonte:  Revista Bicicleta por André Geraldo Soares
Fotos: Arquivo Ciclo Mania

Primeiro Dia Mundial da Bicicleta é celebrado neste domingo

Por decisão da Assembleia Geral da ONU, 3 de junho passa a ser a data para promover esse meio de transporte simples, barato e bom para o meio ambiente; segundo ONU, a bicicleta é um símbolo do transporte sustentável; na Cidade do México, embaixador da Alemanha pedala ao trabalho.

Embaixada da Alemanha no México - O embaixador da Alemanha no México,
Viktor Elbling, pedala todos os dias até o trabalho.Foto: Divulgação
A bicicleta é um meio de transporte simples, de baixo custo e sustentável. Por isso, a Assembleia Geral da ONU criou o Dia Mundial da Bicicleta, que será comemorado pela primeira vez neste domingo, 3 de junho.

As Nações Unidas acreditam que “a sinergia entre a bicicleta e o usuário cria uma conscientização imediata sobre o meio ambiente”. Sendo um símbolo dos transportes sustentáveis, andar de bicicleta causa um impacto positivo no clima, por não poluir a atmosfera.

Praticidade
O embaixador da Alemanha no México pedala todos os dias até o trabalho. Da Cidade do México, Viktor Elbling contou à ONU News que essa foi a maneira que encontrou de ajudar a combater a mudança climática.

“É muito prático, às vezes se chega antes de bicicleta do que com carro e talvez o mais importante seja dar uma pequena contribuição ao meio ambiente, ao tema da mudança climática. Acredito que a bicicleta seja um dos meios de transporte importante do futuro.”

O embaixador alemão Viktor Elbling confirma que tem muito cuidado ao pedalar na Cidade do México, que já conta com várias ciclovias. Ele acredita que “esse é um movimento que está tomando muita força” na capital do país.

Saúde
No Dia Mundial da Bicicleta, a ONU pede aos países que levem em conta esse meio de transporte na hora de criar medidas de infraestrutura, garantindo em especial a melhoria das rodovias e prevenindo acidentes.

Segundo as Nações Unidas, a bicileta é utilizada há mais de dois séculos, gerando benefícios também para a saúde física e mental dos ciclistas.

Fonte: Onu News - Por Leda Letra

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Bicicleta significa economia ao SUS e aumento do PIB


A saúde dos paulistanos pode melhorar muito se a bicicleta fosse mais utilizada para ir ao trabalho. Mais precisamente, economizaria 34 milhões de reais por ano ao Sistema Único de Saúde (SUS) do município de São Paulo.

A informação se refere a internações por doenças do aparelho circulatório e diabetes. A prática de exercícios físicos diariamente reduz drasticamente a incidência desses diagnósticos, segundo diversos estudos.

Outro benefício da troca do atual meio de transporte por uma bicicleta seria econômico: um incremento de mais de 600 milhões de reais no Produto Interno Bruto (PIB) do município de São Paulo nos próximos três anos.

Os dados são do estudo “Impacto Social do Uso da Bicicleta em São Paulo”, feito pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

A pesquisa aponta que 38% das viagens feitas de ônibus na capital poderiam ser feitas de bicicleta, enquanto 43% dos deslocamentos feitos com automóvel poderiam ser concluídos facilmente sobre duas rodas.

Os trajetos considerados pelo Cebrap são aqueles com até 8 km de distância e realizados das 6h às 20h por pessoas com até 50 anos de idade.

A pesquisa afirma também que, ao se deslocarem de bike, os paulistanos desfrutarão de maior bem-estar. Enquanto o trânsito estressa 36% dos que não pedalam, segundo o estudo, a incidência é de apenas 15% entre os ciclistas. Além disso, 45% dos ciclistas sentem mais prazer ao conviver pela cidade, contra 18% de quem dirige ou utiliza o transporte público.

O levantamento aponta ainda que ao trocar o carro pela bike seria possível economizar cerca de 451 reais mensalmente, além de ficar menos tempo parado no trânsito. Para quem ia de ônibus, a economia é um pouco menor, mas o tempo livre, enorme: cerca de 6 horas por mês, antes gastas nas vias.

Outro benefício seria a melhoria da qualidade do ar: se a população paulistana pedalar mais, é possível reduzir em até 10% as emissões de dióxido de carbono (CO2), promovendo melhoria também na saúde de todos.

Fonte: Movimento Conviva

Dicas de manutenção da bicicleta



O Blog Eu Vou de Bike reuniu uma série de dicas que já foi publicado ao longo de quase oito anos pelo blog.

Veja algumas dicas de manutenção para você deixar a bicicleta sempre pronta para o pedal com mais segurança. Trate bem a sua bike!

Pneus
Pneus carecas furam com mais facilidade e deixam sua bicicleta instável. Os ressecados podem se romper. Substitua-os sempre que necessário e calibre-os de acordo com as recomendações do fabricante. Você pode encontrá-las na lateral do pneu.

Rodas
Verifique sempre a centragem dos aros e o estado dos raios. Os cubos devem ser lubrificados periodicamente.

Transmissão
Coroas, catracas, correntes e pedais devem estar sempre lubrificados, mas não exagere para evitar o acúmulo de sujeira e detritos. Use lubrificantes específicos para este fim.

Câmbios
Mantenha os câmbios dianteiro e traseiro regulados para maior precisão na troca de marchas e evitar o desgaste prematuro de peças.

Freios
Tenha sempre os freios bem ajustados e cheque regularmente o estado das sapatas e cabos.

Quadro
Ruídos estranhos podem significar falta de lubrificação ou sujeira. Na pior das hipóteses, pode também haver trincas na estrutura da bicicleta ou problemas junto ao movimento central. Leve-a o mais rápido possível ao mecânico de sua confiança para uma checagem mais detalhada.

Guidão
Mantenha apertados os parafusos junto à mesa, ao guidão e manetes, bem como verifique se há folga na caixa de direção. A perda do controle da bicicleta é extremamente perigosa.

Reparos
Finalmente, se você pedala sozinho ou em grupos organizados, leve sempre um kit básico de sobrevivência para não “ficar na mão”.


Tenha sempre:

Uma câmara de ar reserva ou “kit remendo”;
Espátulas para retirar o pneu;
Bomba de ar (com ou sem indicador de pressão);
Chaves com medidas e tipos adequados aos componentes da sua bicicleta;
Chave de corrente e elos sobressalentes podem ser muito úteis (principalmente se você é um ciclista que prefere pedalar sozinho).

Bom pedal!

Fonte: Blog Eu vou de bike