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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Dispositivo transforma bicicletas em smartbikes e até carrega o celular

Projeto COBI permite interação entre o usuário, o veículo e o celular


O "tuning" é um processo de personalização de carros que ficou bastante conhecido no Brasil nos últimos anos, sobretudo depois do lançamento da série Velozes & Furiosos no país, estrelada por Vin Diesel e Paul Walker. A popularização dos smartphones, contudo, tem levado uma espécie de tuning digital também para o universo das bicicletas.

A empresa alemã iCradle registrou no site de financiamento coletivo Kickstarter o projeto COBI, um pacote de gadgets de interação entre o usuário, o veículo e o celular. É composto por uma base que serve tanto como sistema de iluminação quanto de carregador de bateria do smartphone, um controle manual de comando e uma lanterna de freio sem fio.

Fonte: Estadão.com.br

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Ciclo Mania: Homenagem a Arnaldo Vitorino o nosso querido Professor Caverna

Não é comum ver este tipo de postagem em nosso blog, mas hoje este dia não poderia passar em branco e nós jamais iriamos esquecer de dá os nossos parabéns a este homem que tanto fez e faz por nossa cidade.

Com um trabalho ímpar e com um enorme zelo pela natureza o nosso "Professor Caverna" está de Parabéns!

Arnaldo Vitorino, Neném da Física, Neném da Locadora... ou como queiram, é uma pessoa que nos enche de orgulho e felicidades por tê-lo em nosso convívio. E mesmo que não tenhamos este contade direto e diário, sempre cruzamos com ele em suas "empleitadas" da vida na zona rural de nossa região.

Nós que fazemos o Ciclo Mania estamos felizes de verdade por este dia que é seu Neném, E aqui deixamos o nosso abraço de amigo e os mais sinceros desejos de felicidades e realizações!

Que Deus te cubra de bênção e te ilumine por toda sua jornada!

Abaixo temos algumas imagens de alguns encontros casuais durante nossas pedaladas por vários locais que passamos durante este tempo que estamos no pedal.

Brejo da Madre de Deus








Indo para o Grimum 




Trecho da Corrida do Trabalhador  16/03/14 no bar da Pedra




Estamos fuçando nossos arquivos em busca de mais imagens com Arnaldo e assim que encontrar vamos expondo aqui pra vocês.

Bicicletas: ideal para não viver apressadamente


Parte do que fazemos, em nosso compromisso diário com a mobilidade sustentável e sobre nossas bicicletas ainda é visto por muita gente como uma forma de andar lentamente. Ledo engano. Já estamos à frente de nosso tempo.

Valendo-nos da historinha infantil da tartaruga e da lebre, apenas para elucidar,  podemos dizer que o senso comum, positivo, fez por onde consagrar a máxima de que, aos poucos, podemos ir muito longe.

Sobre a questão da pressa de viver, outros são os ditos populares que também fazem tal concorrência, como por exemplo: será que é melhor “viver dez anos a mil ou mil anos a dez”? A abreviação de nossos momentos faz com que percamos mais tempo e deixemos de disfrutar tudo o que nos faz sentir melhores: nossa família, nossos amigos, lugares para visitar, hobbies, e é claro, nossa saúde.

Os desafios intermodais pelo Brasil adentro já provaram e vão continuar provando que a bicicleta é, disparado (literalmente), o veículo que alcança, com qualidade e em menor tempo curtas distâncias dentro do tecido urbano. Todas as pesquisas desenvolvidas pela Transporte Ativo e pelo Programa CicloVida (UFPR), por exemplo, reafirmam esta constatação e colaboram substancialmente com a qualificação do debate quando o tema em questão é a mobilidade em bicicleta.

Segundo o famoso professor Mário Sérgio Cortella, educador e filósofo que acompanhamos com admiração, pressa e velocidade, não são a mesma coisa. Pressa pode ser entendido como sinal de desorganização ou despreparo, enquanto a velocidade é um atributo de imprimir ritmos cada vez mais rápidos estrategicamente.

Grande parte das pessoas acabam por confundir as duas palavras em seu emprego, e comem apressadamente (engolem a comida) ao invés de comer velozmente; dirigem seus carros apressadamente ao invés de imprimir a velocidade ideal a cada trecho e traçado; enfim, uma é capacidade enquanto a outra é um problema atrás do outro.

Nossos companheiros que realizam pedais extremos vivem no limiar da velocidade, não da pressa. Os atletas que nos encantam com suas habilidades sobre rodas no Giro D’Itália e no Tour de France, entre tantos outros, usam tais capacidades para ousar, na velocidade, fazer o relógio contar a seu favor, mas nunca são afoitos porque sabem dos riscos e do dissabor das perdas.

As cidades que, dia a dia, optam pela bicicleta como modal de transporte e estilo de vida se dirigem ao futuro a passos largos, ou seja, velozmente. Seriam apressadas e, portanto, gerariam o próprio caos, se escolhessem a pressa dos automóveis e suas consequências.

O apressado vive angustiado, sempre reclamando de um passado que não aproveitou e que já não tem tempo a perder, mas já perdeu.

A pressa é inimiga da perfeição, diz o dito popular, e a bicicleta é a mais perfeita combinação entre equidade social e mobilidade, entre sustentabilidade socioambiental e cultura democrática, entre presente e futuro, porque de passado vive é quem tem pressa.

Carpe Diem!

Fonte: Revista Bicicleta por Therbio Felipe M. Cezar

domingo, 14 de dezembro de 2014

Santa Cruz Downhill: Carteiro ciclista de Salgueiro supera mais um desafio sobre duas rodas

Com pouco tempo para treinar e utilizando uma bicicleta reserva, Cleber Santos faturou o terceiro lugar no Santa Cruz Downhill, no interior de Pernambuco

Carteiro ciclista Cleber Santos superou o desafio do Santa Cruz Downhill
(Foto: Cleber Santos/Arquivo Pessoal )
Com a aproximação do Natal, a rotina do ciclista Cleber Santos teve que ser alterada. Graças ao aumento no número de correspondências, o entregador de cartas diminuiu seu ritmo de treino. No entanto, o carteiro ciclista de Salgueiro, que ao lado do amigo e companheiro de profissão Hertz Cavalcante, venceu várias dificuldades para entrar no esporte e tem como lema a frase “Não não dói”, conseguiu superar mais um desafio no último final de semana, durante a disputa do Santa Cruz Downhill, na cidade de Santa Cruz do Capibaribe-PE.

Além do pouco tempo para treinar, Cleber participou da competição com uma bicicleta antiga. Desacostumado com o equipamento, o ciclista cometeu um erro na última descida e ficou com o terceiro lugar.

– Nos últimos dois anos eu fui campeão e nesse ano eu não tive um resultado tão bom. Estava treinado com uma bicicleta e aí no dia da prova a bicicleta deu problema e eu tive que treinar com uma antiga, aí fiquei no terceiro lugar. Mas foi bom, foi mais uma superação de desafios porque eu estava acostumado com um equipamento e em cima da hora eu tive que voltar para um equipamento mais inferior – explica Cleber.

O tempo do ciclista está sendo divido entre o trabalho como carteiro, o pai, que tenta se recuperar de um AVC, e os filhos. Os treinos com a bike estão sendo feitos apenas nos finais de semana.

– O volume de correspondências está começando a aumentar e sobra pouco tempo para treinar, só final de semana mesmo. E eu ainda enfrento mais um obstáculo, vamos dizer assim, porque todos os dias quando termino o trabalho levo meu para fazer fisioterapia no final da tarde. Dedico umas três horas a essa tarefa. E ainda tenho que pegar as crianças na escola. Aí fica bem corrido para treinar. Na semana anterior a competição eu não peguei na bicicleta de jeito nenhum. Não treinei nada, só no dia da competição. Foi um negócio bem desafiante.
Enquanto se divide em várias funções, Cleber já sabe qual será o próximo desafio sobre duas rodas. Nos dias 31 de janeiro e 1 de fevereiro ele estará na cidade de Fagundes, na Paraíba, em busca de mais uma vitória.

– Essa é uma das provas mais difíceis do Nordeste. A pista exige muito preparo e muita técnica.

Fonte:  Globo Esporte

Especialistas sugerem hábitos saudáveis para o aumento da qualidade de vida

João Carlos de Andrade e Marcia Schneider assinam artigos para o Joinville que Queremos


Hora de colocar as bicicletas pra rodar
Por João Carlos de Andrade (Presidente da Federação Catarinense de Ciclismo)

Vivemos um boom em favor do uso da bicicleta voltado ao lazer e ao esporte. A bicicleta  ocupa destaque nos comerciais de TVs, Jornais, Outdoors e Revistas para se vender qualquer tipo de produto, de desodorantes a automóveis de luxo.

Cotidianamente vemos inúmeros grupos de amigos unirem-se para aos finais de semana ou nas noites saírem a pedalar, também é crescente os apreciadores do cicloturismo,  e mais e mais pessoas praticam o esporte da bicicleta.

Profissionais da saúde e meio ambiente a todo o momento ressaltam a importância desta atividade para a humanidade. Até a centenária e conservadora União Ciclística Internacional mudou sua missão, focando o uso da bicicleta no lazer e transporte para alavancar o esporte. Então por que não vemos a inserção de fato deste modal na mobilidade de nossa cidade?

Joinville cresce, e a não execução do plano  cicloviário (o IPPUJ e seus competentes técnicos criaram vários) que pudesse nos levar a algum lugar, desencorajou a população a utilizar o saudável veículo.

Joinville ostentou o título de Cidade das Bicicletas por muito tempo, onde uma de nossas orgulhosas  referências era a saída e entrada (para mim ainda é) dos trabalhadores da TUPY, constituindo-se em nosso mais conhecido cartão postal.

Com tantos desestímulos, aliado a alta incidência de tributos (72,3% se a bicicleta for produzida em Manaus, 80,3% em outro Estado e 107% se importada) e o não estímulo de empresários para que seus trabalhadores fossem trabalhar de bicicletas, alegando que chegam cansados e produzem menos, o crescimento do uso da bicicleta vem ocorrendo mas não no transporte.

A cultura de país subdesenvolvido voltado ao automóvel, criada certamente para manter a estatal da gasolina,  é outra responsável por esta realidade. Deu-se isenção de IPI para diversos produtos, menos para as bicicletas. É hora de nos encorajarmos e colocarmos as bicicletas para rodar, possivelmente assim, haveremos de ter uma luz ao fim do túnel, já que este dilema arrasta-se por décadas.

Mais bicicletas circulando obrigará os governos a construírem e a manterem as ciclovias (segundo um plano),   a humanizarmos o trânsito, a vermos os bicicletários das escolas e Empresas lotados. Por fim vale a pergunta e  "Se a bicicleta fosse inventada hoje?" um inteligente texto de Pablo Hess (sugiro a leitura), viveríamos o mesmo dilema?

Estilo de vida e hábitos saudáveis
Por Marcia Schneider (Nutricionista e coordenadora do curso superior de Nutrição do Bom Jesus/Ielusc)

Nos dias atuais, em função do modelo de vida contemporânea, da correria do dia a dia, dos inúmeros compromissos com o trabalho, as pessoas estão reservando menos tempo para si, para estabelecer vínculos afetivos e isso acaba repercutindo de forma negativa na saúde e na qualidade de vida.

Este modelo de vida, desencadeia a ansiedade e desemboca, em estágios mais avançados, na doença do século, o estresse. O estresse já aparece em muitos estudos como o mal do século 21.

Influencia no desenvolvimento de inúmeros problemas de saúde como cansaço, estafa, depressão, esgotamento físico e mental, insônia, irritabilidade, gastrite, úlcera, hipertensão arterial sistêmica (pressão alta), doenças cardiovasculares e até câncer.

A manifestação do stress pode afetar de maneira drástica o bem­estar físico e mental de um indivíduo, conseqüentemente, a sua saúde que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é entendida como "completo bem estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doenças". Diante disso a promoção da qualidade de vida assume papel crucial.

Outro fator que está associado com a vida contemporânea é a inserção da mulher no mercado de trabalho, necessitando constantemente se manter atualizada. Além do trabalho, precisa conciliar também casa, família e lazer. Isso também pode contribuir ao surgimento do estresse.

A revolução feminina ainda carece de estudos sobre o impacto social que tem gerado. A ocupação no mercado de trabalho pela mulher realmente alterou muito o sentido da vida familiar.

De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Social, 60% dos lares brasileiros da classe C e D são formados por uma mulher com um dois filhos, separadas, viúvas ou abandonadas e com toda responsabilidade de produzir e alimentar seus filhos.

O tema debatido, qualidade de vida, demanda sentimentos positivos perante a vida, sono e repouso adequados, auto­estima preservada, apoio social de amigos e familiares, atividade sexual, no caso das pessoas sexualmente ativas; um lar harmonioso, recursos financeiros, lazer, condições favoráveis de moradia e de trabalho, acesso à serviços de saúde e alimentação adequada em quantidade e qualidade.

Um grande leque multifatores implicam em viver bem. Todavia, nesta longa lista, a boa nutrição exerce papel importante na prevenção e na redução dos riscos de se desenvolver doenças crônicas não transmissíveis como diabetes mellitus, obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemias e câncer.

Portanto, para se promover qualidade de vida, é fundamental que o indivíduo adote estilo de vida e hábitos saudáveis, dentre os quais se destacam alimentação adequada, prática regular de atividade física, abandono do tabagismo e do consumo excessivo de álcool. Hábitos alimentares saudáveis começam desde a infância com a prática do aleitamento materno.

A alimentação deve ser colorida e variada, conter alimentos de todos os grupos. A palavra de ordem é moderação. Deve-­se estimular o consumo de frutas, vegetais e alimentos regionais e locais, valorizando a cultura com alimentos mais nutritivos e com mais sabor. Alimentação saudável é entendida como aquela que faz bem, promove saúde e deve ser orientada desde a infância até a idade adulta.

Fonte: Clic RBS

Participem!! 1ª Corrida da Emancipação

Vem ai mais um evento com a marca Hill Bikes e você é nosso convidado para participar da 1ª Corrida da Emancipação que acontece no próximo dia 28 de dezembro em Santa Cruz do Capibaribe com total apoio da Prefeitura através da Secretaria de Esportes.


Teremos aproximadamente 60km de muita emoção e adrenalina, suor e cansaço, mas que valem apenas pelo simples fato de participar deste grande evento.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quer uma forcinha na hora de subir ladeira de bicicleta? Veja essa invenção

Quem adotou a bicicleta como meio de transporte tem vários benefícios. Além de economizar em combustível, a magrela ainda oferece vantagens como melhorar o condicionamento físico para uma vida mais saudável, contribuir para um ar mais limpo e ainda poder desviar de engarrafamentos. No entanto, quem anda de bike também tem que enfrentar alguns obstáculos.

Muitas vezes, eles podem vir em forma de uma imensa ladeira. O jeito é tomar fôlego e pedalar com vontade. Outras vezes, é necessário descer da bicicleta para ir a pé empurrando-a, dependendo de quão íngreme é a subida. Porém, na Noruega, existe uma forma muito mais prática para os ciclistas subirem de forma mais fácil.

Na cidade norueguesa de Trondheim, a solução encontrada para isso foi um sistema que ajuda o ciclista na subida com um tipo de esteira rolante, mas ela é apenas para um pé, como você pode conferir nas imagens da galeria abaixo.

De acordo com o Bored Panda, o sistema foi criado na década de 90 por um cidadão que se cansou de aparecer para trabalhar suado e exausto devido às suas viagens de bicicleta até o serviço. Batizado de sistema Trampe, ele foi recentemente atualizado e renomeado como CycloCable, tendo levado já mais de 200 mil ciclistas ao longo do percurso íngreme de 150 metros.

Por ser algo curioso, o local do sistema se tornou também um ponto turístico. O CycloCable funciona da seguinte forma: o ciclistas coloca um pé na plataforma inclinada do sistema, que tem um tipo de trilo, e então ele será empurrado ladeira acima a uma velocidade de oito quilômetros por hora.

 

E a esteira de bicicleta não leva só quem usa esse tipo de transporte. Quem anda de patinete e até mães com carrinhos de bebê aproveitam a ajudinha do sistema para subir a imensa ladeira. É uma boa ideia para algumas cidades de solo muito irregular que tem muitas subidas.

Fonte: TecMundo

A smart bike chinesa


Cada vez mais companhias têm lançado relógios e braceletes inteligentes que monitoram atividades físicas de seus usuários, mas a gigante chinesa Baidu está apostando até em uma bicicleta com esse conceito.

A DuBike, ainda sem previsão de lançamento, terá múltiplos sensores, permitindo, por exemplo, controlar velocidade, pressão dos pés e frequência cardíaca. As informações serão transmitidas para o telefone via Bluetooth. Também contará com GPS e um sistema operacional, permitindo, por exemplo, localizar a bicicleta ou receber sugestões de rotas.

Fonte: Clic RBS

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Ciclista cria rota em forma de bike gigante no Strava

O ciclista britânico David Taylor criou uma rota no Strava em forma de uma gigantesca bicicleta, percorrida nos arredores das localidades de New Forest e Bournemouth, na Inglaterra. 

A rota, criada a partir de plotagem do Google Earth, foi posteriormente percorrida no dia 20 de setembro e publicada na rede social de ciclismo.


A rota em forma de bicicleta possui uma extensão total de 341 quilômetros e 2.195 metros de aclividade. Para completá-la, Taylor manteve uma respeitável média de 26,2km/h durante as mais de 13 horas de pedalada.


Dados do Strava podem estar sendo usados por ladrões para assalto


A polícia de Gales, Reino Unido, está movendo uma campanha de alerta para que ciclistas alterem suas configurações de privacidade em aplicativos esportivos que utilizam GPS, como o Strava. O motivo é que, segundo a polícia da cidade de Dyfed-Powys, ladrões estariam analisando dados pessoais dos cilistas para planejar roubos.

Segundo o detetive Ciaran Ryan, ladrões utilizam a rede social dos aplicativos de treinamento para determinar onde ficam as residência de ciclistas e suas rotas de treinamento. “Os ladrões analisam a rota de treino e, mediante o ponto de início e o de término, é possível saber onde o ciclista mora”, diz Ryan.

“Aplicativos de treinamento esportivo para smartphones que utilizam GPS são tão precisos que podem determinar a localização exata da residência do ciclista. Ao compartilhar essas informações, expõe-se ao risco. Além disso, analisar o perfil público do ciclista, informações e fotos da bicicleta aumentam o potencial de planejamento dos ladrões”, completa.

Segundo o policial, aplicativos como o Strava permitem alterar suas configurações de privacidade para ocultar o ponto exato de início e fim do treino. Outra medida sugerida é que os ciclistas nunca iniciem o aplicativo a partir de suas casas. “O ideal é que o ciclista inicie a gravação do treino várias ruas de distância de sua casa”, completa.

A evolução do mercado de Bike Fit

Uma análise do crescente interessante das grandes empresas em investir em tecnologia para Bike Fit, como forma de diferenciação e satisfação do cliente.

Foto: www.endurancewerx.com
Atualmente é possível observar uma grande movimentação no setor mundial de Bike Fit. A compra da Retül pela Specialized, da Bike Fitting pela Shimano e da Guru’s pela Cannondale evidencia o interesse dos gigantes do setor de Bikes pela Ciência do Bike Fit e agora ouvimos rumores da Trek desenvolvendo trabalhos juntamente com o SICI (Serotta Cycling Institute).

A Bikefitting, com sede na Holanda, apresenta uma história de mais de 25 anos atuando no desenvolvimento, produção e comercialização de equipamentos e softwares de medição e posicionamento de ciclistas na bike, tanto estático, quanto dinâmico.

A Retül está sediada em Boulder, no Colorado - EUA, e atua no mercado de Bike Fit desde 2007, com experiência em ciclismo, triatlo e MTB, bem como de engenharia, biomecânica e marketing esportivo. Seu grande diferencial foi o desenvolvimento da análise dinâmica e personalizada para cada ciclista. Juntamente com essa linha de trabalho, projetou e desenvolveu o equipamento que permite a análise 3D dinâmico do ciclista na bike.

Mas qual seria o grande interesse das grandes marcas do setor de bicicletas em investir em desenvolvimento de tecnologia para Bike Fit? Satisfação do cliente, essa é a resposta.

Atualmente, não basta oferecer aos clientes tecnologias de materiais extremamente leves e com alto grau de resistência. É certo que os ciclistas amadores gostam de pedalar uma bike com a mesma tecnologia em suspensão, freios, sistema de marchas e quadro idênticos ao que o campeão do último mundial usou para cruzar a linha de chegada. Além de tudo, eles precisam se sentir confortáveis na bike e ainda precisam extrair dela tudo que pode oferecer em termos de rendimento.

Então, quando pensamos em retorno do investimento na ciência do Bike Fit para as grandes marcas, podemos dividir em dois grandes momentos: a curto prazo e longo prazo.

A curto prazo, o ganho maior seria a satisfação do cliente em pedalar uma bike devidamente ajustada ao seu corpo. O atual cliente se caracteriza por possuir bom grau de instrução e bom poder aquisitivo. Esses clientes geralmente pesquisam e leem muito antes de efetivar uma compra. Isso faz com que eles saibam que altura e comprimento do entrepernas (cavalo) não são medidas suficientes para a aquisição de um bike correta. De nada adianta o fabricante investir milhões no desenvolvimento e utilização de novas tecnologias e seu produto continuar sendo vendido com tamanha simplicidade.

Um fabricante que zela pela sua marca se importa em desenvolver equipamentos de última geração e não quer assistir seu equipamento ser desaprovado pelo simples fato do ciclista ter escolhido mal a sua nova bike.

Uma boa venda não é aquela onde o cliente compra a bike mais cara da marca, mas sim aquela em que o cliente compra a bike ideal da marca, mas que lhe permita tal prazer ao pedalar que sempre que desejar trocar de bike retornará à loja em procura da atualização do modelo que ele já possui. Essa fidelização é o que qualquer setor do mercado deseja.

A longo prazo, os dados obtidos por meio da tabulação de dados dos Bike Fitters (profissionais em Bike Fit) podem e devem ser utilizados pelas empresas que produzem componentes de bike a fim de desenvolver equipamentos adequados para a população. Por exemplo, se a maioria das pessoas que compraram o quadro tamanho M de determinada marca precisaram utilizar uma mesa de 60 mm, a empresa pode então para o próximo ano lançar um quadro 3 cm mais curto onde os ciclistas utilizarão uma mesa em torno de 90 mm. Se a maioria das pessoas que realizam Bike Fit em determinada marca e modelo precisaram utilizar uma mesa – 25 graus, a empresa pode lançar para o próximo ano um modelo com stack mais baixo ou ainda mesmo já fazer com que as bikes saiam da loja com essa configuração.

Aos poucos vamos descobrindo que Bike Fit não é feito com prumos de pedreiro, compassos gigantes e muito menos é preciso ter pedalado durante anos e vencido provas importantes, bem como ser dono ou funcionário de loja durante anos não faz ninguém entender de posicionamento de ciclistas na bike. Bike Fit é ciência, estudada e desenvolvida com base nas ciências da saúde e engenharia.

Essa grande movimentação dos grandes nomes de empresas fabricantes de quadros e componentes e de empresas de Bike Fit nos mostra que em pouco tempo as pessoas que dizem fazer Bike Fit baseados em dados empíricos e achismos serão substituídas por profissionais capacitados e equipamentos de última geração para auxiliar o cliente no que é melhor para ele.

Hoje vemos que no Brasil os Estúdios Bike Fit têm se profissionalizado a cada dia por meio de cursos e aquisição de equipamentos, e cada dia mais tem sido diminuída a distância entre as lojas e os Estúdios Bike Fit. O que no início era encarado pelos lojistas como algo que poderia dificultar as vendas da loja, hoje já passa a ser entendido como uma necessidade para auxiliá-los na venda do produto ideal para cada cliente. E que um cliente satisfeito sempre retornará em busca das últimas novidades.

Até poucos anos atrás o lojista, baseado em duas medidas subjetivas (altura do ciclista e comprimento do cavalo/altura do entrepernas), sugeria um tamanho de quadro para seu cliente, e baseado nas sensações do cliente ao pedalar modificava altura do guidão, comprimento da mesa e altura do selim. O que a curto prazo, na maioria das vezes, sugere uma sensação de estar bem posicionado, mas que com o passar dos anos pode se refletir desde uma fraca performance até, em um caso mais sério, uma lesão.
Antigamente, caso um ciclista não se sentisse bem na bike, o lojista chegava até mesmo a trocar a bike para o cliente. Mas atualmente com o aumento dos valores das bikes, devido às tecnologias empregadas, esse tipo de erro não pode mais acontecer. E nesse sentido, os Estúdios Bike Fit vêm para assumir essa responsabilidade, isentando os lojistas de possíveis equívocos e garantindo ao cliente o total aproveitamento do equipamento adquirido.

Um dos grandes riscos dessas fusões entre empresas do setor de Bike Fit e grandes fabricantes é que os valores sejam distorcidos e que os lojistas passem a ter o serviço apenas como um trampolim para a venda e troca de componentes, fazendo trocas desnecessárias visando apenas o aumento nas vendas.

A grande tendência é que em um primeiro momento os clientes recebam esses sistemas Bike Fit em lojas com um certo cuidado para saber se quem está realizando seu Fit possui formação para isso ou é apenas mais um oportunista no mercado. Outro fator é entender qual é a ciência por trás desses sistemas Bike Fit que estão chegando ao mercado. Eles realmente personalizam o seu posicionamento ou não passam de mais um dos inúmeros softwares e aplicativos encontrados na internet, recheados de atrativos visuais e tecnológicos para mascarar a falta de conhecimento e ciência de quem os opera?

Por vezes, ouvimos falar da chegada no mercado de sistemas que fazem o Bike Fit em menos de meia hora, onde o atendente sequer faz uma avaliação física do ciclista. Sistemas que operam em modo Wizard. Esses são aqueles sistemas que prometem milagres por si só, os mesmos que são vendidos sobre a frase: “o equipamento faz tudo sozinho”. Quando ouço esses comentários fico esperando apenas a frase: “mas ligue já, pois os primeiros a ligarem ainda receberão um manual de instruções, certificado de garantia e um jogo de facas Ginsu, as facas que cortam tudo e um par de meias Vivarina, aquelas que nada cortam”.

Com certeza nos próximos anos vamos assistir a uma grande movimentação no setor de Bike Fit e no final quem tem a ganhar somos todos nós: ciclistas, lojistas, fabricantes e amantes do ciclismo.

Fonte: Revista Bicicleta por Carlos Menezes