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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Grávidas também podem pedalar. Veja os cuidados necessários

Tomando os cuidados necessários, pedalar é um exercício benéfico ao corpo da futura mãe


Atividades físicas são importantes e necessárias em todas as épocas da vida das pessoas. Pedalar, além de fazer bem para o corpo, também é um exercício social e ecológico. Um dos pontos iniciais para quem quer andar de bicicleta é encontrar o equilíbrio, e, depois de aprender, dizem que não dá para esquecer nunca mais. Mas e se seu corpo mudar, como no caso das mulheres grávidas?

O barrigão pode acabar se tornando um perigo para a mulher que pode desequilibrar e sofrer um acidente, e também para o bebê. Tomando os cuidados necessários, pedalar é um exercício pélvico benéfico ao corpo da futura mainha, consequentemente à saúde da criança e também à cidade e ao meio ambiente.

Com quatro meses de gestação, a professora de matemática Manu Saudades, como é mais conhecida Manuela, não parou de utilizar a magrela como meio de transporte no dia a dia. A diferença é que agora ela pedala mais cautelosamente. “Eu tenho atenção redobrada. Até porque sempre tem aqueles motoristas mal educados que trancam a via, o legal é que eu já pedalo faz tempo, então estou acostumada. Agora, estou procurando andar por ruas menos agitadas”, conta.

Quando souberam que Manu estava grávida, muitos amigos e familiares aconselharam-na a parar de pedalar. Mas a ginecologista dela falou que não havia nenhum problema, já que a gravidez não era de risco. “Eu estou mais cansada ultimamente, mas é por conta da anemia e não pelo exercício. A atividade física está sendo muito legal para eu não ficar parada e eu sempre gostei de pedalar”, explica. “Muitas vezes eu acho mais cansativo andar de ônibus, ficar muito tempo esperando, às vezes pegar ele lotado. Com a bike eu sou mais ágil, é mais fácil andar pela cidade”, completa.

Tem que ter experiência

Segundo a médica obstétra da gravidez de risco do Imip, Gláucia Guerra, o exercício é importante para a mulher grávida, mas no caso da bicicleta o ideal é que a gestante já tenha experiência em pedalar. “Ocorrem mudanças fisiológicas durante a gravidez que podem favorecer o risco de queda e acidentes. A gestante deve estar bem, sem problemas de saúde e estar segura e confortável na bicicleta”, explica.

Há dois anos e meio, quando estava grávida do filho Matias, a designer Ana Renata Coelho só parou de frequentar grupos de pedal nos três primeiros meses, quando ainda ficava muito enjoada. Durante a gestação, ela pedalou por distâncias relativamente curtas, como da cidade de Olinda até o centro do Recife, por exemplo.

Os passeios aconteceram até ela completar 38 semanas de gravidez - ela teve o bebê com 10 semanas. "O maior problema não é o pedal em si, mas eu tinha medo de quedas e sustos. Por conta da barriga, aprendi a me equilibrar com outra postura, deixando também as pernas mais abertas, mas nada que prejudicasse a mim ou a o bebê", explica.

Matias, dois anos e quatro meses, nasceu praticamente pedalando e continua sendo levado na cadeirinha na bike da mãe até conseguir pedalar sozinho, na própria magrela. “O exercício fez bem à minha circulação e ao meu corpo. Não fiquei mais cansada enquanto estava grávida, só não fazia mais viagens pedalando ou percursos muito longos”, conta a mãe.

Ainda de acordo com a médica, a própria gestante vai perceber o seu limite e quando é o momento de parar. “Embora seja importante ela mesma discutir com o profissional de saúde que acompanha seu pré-natal e seus familiares e em conjunto decidir.”


Fonte: Diario de Pernambuco - De Autoria de: Carolina Braga

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