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segunda-feira, 11 de abril de 2016

Pernambuco terá sua primeira rota de cicloturismo, no Agreste

Percurso de 180 quilômetros ligará os municípios de Gravatá, Bezerros, Caruaru e Bonito


Visitar cachoeiras, museus, igrejas, parques ecológicos, praticar esportes radicais, conhecer um pouco da história do lugar aonde se passa. Atividades comuns a qualquer turista, como essas, vão poder ser feitas de uma forma diferente no Agreste pernambucano: de bike. A primeira rota de cicloturismo do Estado está prevista para entrar em funcionamento ainda neste semestre. O percurso de 180 quilômetros ligará os municípios de Gravatá, Bezerros, Caruaru e Bonito.

“Foi aberta licitação em março para sinalizar o trajeto, que começa e termina em Gravatá. A ideia é que o turista passe pelo menos uma noite em cada cidade. Cinco dias seria o tempo médio da viagem, mas cada um deve fazer seu tempo de acordo com sua resistência e com os atrativos que encontrar nas cidades, sem pressa”, explica a gerente de ciclomobilidade da Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer, Rosaly Almeida.

O percurso será sinalizado com placas informativas e indicativas em madeira ecológica. “Ele alterna passagens por trilhas, por terra batida e, em alguns momentos, pelas vias principais. O turista receberá um passaporte, que será carimbado em cada local onde ele passar e, ao final, um certificado de que cumpriu o trajeto. A proposta é baseada no Circuito Vale Europeu de Santa Catarina”, relata Rosaly.


O percurso do Agreste será dividido em quatro trechos: de Gravatá para Serra Negra (31km), de Serra Negra a Caruaru (31,8km), de Caruaru a Bonito (52km), e de Bonito a Gravatá, passando por Sairé (67,7 km). A previsão é de que a nova modalidade reforce a economia da região, uma vez que o turista gasta com hospedagem, alimentação (só em Gravatá são mais de 70 restaurantes) e lembrancinhas da viagem.

A rota e as atrações de cada município estarão disponíveis em um livro. “O de Santa Catarina é vendido por R$ 10, aqui ainda não definimos como vai funcionar, se será pago ou não. Mas as pessoas também poderão baixar as informações pela internet, gratuitamente”, destaca a gerente. Segundo ela, o trajeto foi desenhado em conjunto com ciclistas da região. “Percorremos a área de bicicleta para definir a rota”, salienta.

Agora, a secretaria se articula junto a donos de pousadas e restaurantes, para que eles se organizem de forma a facilitar a vida do cliente e estimular que ele fique mais tempo na região. Se uma pessoa faz reserva em uma pousada em outra cidade e resolve ficar mais tempo na que está, por exemplo, a alteração de data deve ser feita da forma mais simples possível, sem traumas. Os empresários envolvidos também devem ter todas as informações a respeito do circuito, dos atrativos locais, da culinária.


Outra questão ainda indefinida é se serão instalados pontos de aluguel de bicicleta no circuito. “Em geral, o perfil desse turista é de homens e mulheres entre 40 e 60 anos, com bom poder aquisitivo e interesse em conhecer a cultura local por um ângulo diferente, em maior contato com as pessoas de cada lugar. Muitos já carregam sua própria bicicleta”, diz Rosaly. “De qualquer forma, vamos conversar com comerciantes da região. E no Recife há locais para aluguel de bicicleta e taxistas com suporte para transportá-la”, observa.

Rosaly adianta que o objetivo do governo é, futuramente, criar novas rotas de cicloturismo no Estado. “Há pessoas que viajam pelo mundo percorrendo essas rotas de cicloturismo”, observa.

Pioneiro

O circuito do Vale Europeu catarinense foi o primeiro a ser planejado especialmente para ser percorrido de bicicleta no País. Ele tem um total de 300 quilômetros, com início e término na cidade de Timbó, a cerca de 30 quilômetros de Blumenau. O percurso pode ser dividido em parte alta – onde se chega a 700 metros de altitude, com relevo acentuado, e parte baixa, em que o ciclista passa por inúmeros rios, riachos e cachoeiras.

Fonte: Jc Online

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