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terça-feira, 9 de janeiro de 2018

A decisão de trocar o carro pela bike não é tão difícil quanto parece

Foto: © Róbert Kiss
Andando pelas ruas de São Paulo, reparo em um símbolo grafitado em uma parada de ônibus. Me aproximo e consigo distinguir: sim, é a silhueta de uma bike! O poder de sugestão é grande! Fico imaginando este ponto de ônibus, na hora do rush, lotado, e o cidadão olhando para a imagem da bike, imaginando o vento no rosto, a sensação de liberdade, a possibilidade de chegar mais cedo e com mais qualidade em casa…

Esta mesma imagem da bike pode ser vista pelo motorista através da janela do carro parado ao lado do ponto. Parado em mais um dos congestionamentos “monstros” da cidade de São Paulo. E este motorista imediatamente começa a sonhar…

Pedalando pela cidade, muitas vezes pude acompanhar estes momentos de sonho e devaneio, percebidos através de olhares invejosos, curiosos, incentivadores, desaprovadores, mas a maioria sonhadores, que eu e minha bike recebemos.

E como tornar esse sonho de integrar a bicicleta à sua rotina uma realidade? Esta é a proposta deste site. Neste texto e nos próximos, nós vamos falar muito sobre como você pode trocar o carro pela bike, deixando seu corpo mais saudável, sua cidade mais limpa e sua vida mais feliz!

Ainda vemos as bikes apenas como instrumentos de lazer. Mas você já pensou que ela pode te levar ao trabalho, ao supermercado, ao cinema?

É fato que o trânsito, da maneira como está hoje, não é nada convidativo para a pessoa que está pensando em começar a andar de bike. Um verdadeiro caos. Mas não seria exatamente este o motivo para aposentar o veículo?

Já de antemão, avisamos que trocar o carro pela bike não é uma decisão para todas as situações, mas em grande parte dos casos pode funcionar muito bem.

Para fazer esta troca de maneira prazerosa, a primeira questão é a escolha do trajeto. Você deve, sempre que possível, evitar as grandes avenidas, especialmente no início. E, mesmo quando se tornar um atleta e tiver mais experiência na bike, pense bem: é muito mais gostoso andar por ruas calmas e arborizadas!

O melhor lugar para começar a pedalar – depois de você treinar o equilíbrio dando voltas por um parque, por exemplo – são as ruas mais tranquilas do seu bairro. Vá até a farmácia, ao cinema, à academia, ao seu clube (neste caso é muito bom já chegar para o treino aquecido!). Por mais injusto que seja, afinal, estamos compartilhando a mesma via, mantenha sempre uma postura defensiva. Os veículos, na maioria das vezes, são sempre maiores que as bikes, e não devemos competir com eles.

Mas saiba que devemos nos colocar em nosso devido lugar: a rua. Devido ao trânsito e o baixo número de vias específicas para bikes, a tentação de andar pela calçada é grande. No entanto, isso é falta de respeito com os pedestres, além de ser um potencial risco de acidente, porque um carro pode sair de uma garagem sem te ver e acabar te atropelando.

Pedalando na rua, não devemos irritar os motoristas, bancando o “folgadão”, andando no meio da faixa. Mas também não se esprema no canto, sob o risco de se tornar invisível para os motoristas. Ocupe seu território! Ciclista que mostra presença é mais respeitado por motoristas.

Lembre-se que a bike como meio de transporte é indicada para percursos de até 7 quilômetros, o que equivale a no máximo 30 minutos de viagem, a uma velocidade média de 15 km/h, bastante razoável para um ciclista iniciante. Em trajetos maiores, o ideal é realizar a comutação, isto é, conjugar a bike com outros meios de transporte.

No mais, como em tudo na vida, o ideal é evitarmos os radicalismos. Mesmo decidido a usar a bike como meio de transporte, você é livre para utilizá-la quando der! Com certeza, este já será um belo passo – ou uma boa pedalada -, que certamente acrescentará muita qualidade de vida ao seu cotidiano!

Fonte: Vou de Bike

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