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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Ciclismo e treino de força: como aliar atividades para atingir máxima performance

Intercalar treinos de bicicleta e musculação e buscar acompanhamento profissional individualizado são as melhoras escolhas para se dividir nos dois esportes

Foto: Divulgação
Os treinamentos dos ciclistas possuem algumas particularidades, se comparado a outras modalidades. Por se tratar de um esporte que exige muito do corpo, o atleta deve realizar uma boa preparação física para melhorar sua performance, seja ele amador ou profissional. No ciclismo, músculos grandes não são garantia de um bom desempenho, o que destaca o praticante é sua capacidade de força.

Os treinos físicos dos ciclistas devem priorizar força e potência com cargas, poucas repetições e longo intervalo, fazendo assim uma adaptação neural, que segundo a preparadora física Giovana Kaupe significa que o cérebro aprende a mandar estímulos aos músculos, tornando o treino mais eficiente. “Com esse tipo de treinamento, a pessoa consegue desenvolver suas fibras mais rapidamente, as ativando no momento que o ciclista produzir força supramáxima, como em ataques para escapar do pelotão. O treino de força também pode melhorar a economia de movimento, quando o corpo gasta menos energia para produzir a mesma força”, explica.

A especialista também diz que o ideal para os ciclistas é treinar no máximo três vezes por semana, pois quando adicionado aos treinos de ciclismo, o corpo pode sofrer um overtraining. “O fortalecimento precisa ser eficiente e não adicionar volume de treino desnecessário. Uma boa saída é desenvolver força no período off-season e depois só mantê-la no resto da temporada”, sugere Giovana.

Para seguir essas dicas da especialista é de extrema importância não se aventurar e montar treinos sem acompanhamento especializado. Além de não obter o resultado desejado nas performances, o atleta pode sofrer lesões que podem o afastar do ciclismo. Ronaldo Serpa, atleta amador de cross triátlon, buscou acompanhamento profissional para ajudá-lo na preparação física aliada aos treinos de bicicleta, corrida e nado. “Eu treinava sozinho na academia, paralelamente com meus treinos de triátlon, mas só tive evolução verdadeira nas competições quando acionei um profissional de educação física e mudei minha alimentação, que é outro importante pilar”, comenta Serpa.

O atleta amador já está no mundo do triátlon há dois anos e iniciou na modalidade de uma maneira inusitada: uma infecção. “Eu sempre gostei de correr em trilhas de montanha, mas acabei com uma infecção nas pernas e fiquei alguns dias internado. Como substituição de atividade para me recuperar, comecei a nadar e andar de bicicleta e ganhei gosto por isso. Hoje pratico mountain bike, corridas em trilha e nado, me sinto ótimo”, comenta o triatleta


Assessorias focam em resultado

Quem deseja começar a praticar bike ou outras modalidades possui diversas opções de profissionais que poderão indicar o melhor tipo de treinamento. Alguns deles atuam em assessorias esportivas, que possibilitam o alcance dos objetivos de forma saudável, com planos de treinamento totalmente particulares e que respeitam as características pessoais como histórico médico e esportivo, tempo disponível para se dedicar às atividades, tipo de trabalho que exerce, perfil psicológico, tipo de prova que irá realizar, entre outras.

“Todo treinamento visa algum tipo de melhora, seja dentro do âmbito da performance ou da qualidade de vida, e somente profissionais capacitados para lidar com essas demandas são capazes de efetivamente oferecer um serviço de qualidade”, diz Mateus Manzini, treinador de Mountain Bike e Ciclismo da empresa Metaciclismo. A empresa possui, atualmente, 35 atletas que estão disputando algum tipo de competição. Segundo Mateus, para melhorar os efeitos de performance, o adequado é buscar uma assessoria entre 12 e 16 semanas antes da prova.

O treinador também comenta que quando acompanha atletas, até pequenas mudanças no corpo ou rendimento já fazem diferença, pois um atleta se diferencia muito um do outro. “A grande diferença é que quem começa a treinar de um nível muito baixo de performance, tem melhoras maiores em menor tempo, e quem já tem uma performance esportiva mais elevada precisa de mais tempo para ter pouca melhora no rendimento. Esse fato já é esperado e tem o nome de ‘Treinabilidade’, que é quando a possibilidade de melhora no desempenho é inversamente proporcional à performance apresentada pelo atleta”, explica o professor.

A assessoria também recomenda que todos os atletas aliem acompanhamento fisioterapêutico e nutricional com os treinos para atingir melhores resultados. Além disso, é importante entender que cada corpo reage de uma maneira e não se pode ter pressa nesse processo. “É sempre bom respeitar os limites do corpo e ouvir o que ele está dizendo, isso evita lesões e desgastes. Também pratico Pilates e isso me ajuda a ter mais força e flexibilidade para estar preparado para treinos mais pesados. Trabalhar o corpo preventivamente é sempre a melhor opção”, finaliza o triatleta Ronaldo Serpa.

Todas estas tendências e dicas de esporte e mercado de bicicletas podem ser encontradas na Brasil Cycle Fair, que acontece entre os dias 22 e 24 de setembro, no São Paulo Expo. Credencie-se para o evento e tenha acesso a conteúdos exclusivos e de relevância para o setor.

Fonte: www.brasilcyclefair.com.br

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