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segunda-feira, 17 de junho de 2013

Topografia não é desculpa

Ciclistas experientes afirmam que a maioria das bicicletas tem sistema que suporta ruas íngremes


Na década de 40, o compositor mineiro Rômulo Paes já alertava que faz parte de Belo Horizonte “subir Bahia e descer Floresta”. A poesia que deu fama de cidade das ladeiras à capital não intimida ciclistas, que têm se equilibrado em duas rodas e provado que a topografia não impede as pedaladas. A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) concorda que as ruas íngremes não são empecilho e revela ter tido um aumento de ciclistas nos últimos cinco anos. Porém, não existem ações para monitorar ou estimular o uso da bicicleta.

Cansado de congestionamentos e riscos na avenida Cristiano Machado, há dois anos, o funcionário público Aylton Coelho, 59, encara, de bicicleta, um percurso de 30 km (ida e volta) para o trabalho, duas vezes por semana. O trajeto é feito do Minas Shopping, na região Nordeste, à Cidade Administrativa, na Norte. “Ninguém me estimulou, decidi andar de bike por conta própria. O problema é pegar a Cristiano Machado, porque já fui fechado uma vez por um ônibus. Então, desvio pelo bairro e acabo subindo ladeiras. Mas, mesmo assim, a bicicleta aguenta bem”.

O atleta José Elias, 30, tem mais de 20 anos de experiência em ciclismo e, para ele, os problemas estão longe das ladeiras. Ao pedalar 12 km por dia do centro até a Pampulha, ele se queixa da falta de estrutura. “A maioria das bicicletas tem equipamento de marchas e pode aguentar ladeiras. Temos poucas ciclovias e elas ligam nada a lugar nenhum. Podiam ter estruturas no centro e ligações de ciclovias com o metrô”.

Investimentos. Há nove anos, 30 mil viagens eram realizadas de bicicleta na capital, segundo dado mais recente da BHTrans. Porém, de lá para cá, não foram realizados estudos na cidade sobre o crescimento dos ciclistas. “O que conseguimos ver são pessoas andando mais de bicicleta no trânsito. Essa demanda cresceu de forma relevante, principalmente nos últimos cinco anos. Só não sabemos quanto”, disse o analista de gerência de educação para mobilidade da BHTrans, Ronaro Ferreira.

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