
O estudo indica que os pacientes que pedalaram aumentaram a atividade sexual e melhoraram a qualidade de vida, o que significa também uma melhora na função cardiovascular. Os progressos medidos a partir da artéria braquial - que vai do ombro ao cotovelo - indicaram que os vasos sangüíneos em outras partes do corpo também foram beneficiados pelo exercício. Belardinelli diz que não sabe se outros tipos de atividade física teriam o mesmo efeito. O estudo é o primeiro a examinar a relação entre doenças cardíacas crônicas e a disfunção sexual. Além disso, comprovou que ao se exercitar, há melhoras consideráveis na performance sexual masculina. Os pesquisadores estudaram 59 homens com mais de 50 anos, todos com problemas cardíacos crônicos causados por isquemia coronária. Essa doença pode causar danos nas artérias o que impede a circulação de sangue até o pênis, o que impossibilita uma ereção. Nenhum dos participantes da pesquisa tinha câncer de próstata, outra causa freqüente de impotência sexual. Um grupo com 30 pacientes se exercitou seguindo um programa preestabelecido em bicicletas ergométricas eletrônicas, em uma sala do hospital.

O endotélio é o canal interno responsável pela circulação sangüínea que controla a dilatação e a contração. Os pesquisadores quantificaram a qualidade de vida e as melhoras na função sexual usando questionários respondidos pelos pacientes e suas companheiras. A Qualidade de Vida (QDV) foi medida a partir do questionário Minnesota Living with Heart Failure. Para progressos na vida sexual (PVS) os cientistas utilizaram questionários que cobriam três áreas: relacionamento com a companheira, qualidade da ereção e saúde pessoal. "Nós descobrimos significantes melhoras tanto no QDV quanto no PVS dos pacientes que pedalaram", revela Belardinelli. Depois dos dois meses, os níveis de absorção máxima de oxigênio no grupo que pedalou melhorou em 18% e a dilatação 76,4% (de 2,29% para 4,04%).
Além dessas mudanças, os pesquisadores notaram que os níveis de PVS aumentaram 76,8% (de 3,49% para 6,17%). Também foram percebidas melhoras na qualidade de vida. Não houve mudanças no grupo que não se exercitou. "Parece que o exercício melhora a função endotelial na maioria dos vasos sangüíneos", afirma Belardinelli. O pesquisador também diz que esse benefício pode explicar, ao menos em parte, as melhoras na qualidade de vida e no perfil de atividade sexual. "Essas são apenas descobertas preliminares analisando um pequeno grupo de homens", lembra. Belardinelli esclarece que no futuro quer fazer um estudo para verificar os efeitos em uma população maior.
Fonte: Minha Vida
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