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quarta-feira, 13 de março de 2013

Segurança, um direito de todos

Divulgação
Ainda continuo freqüentemente recebendo e-mails de alerta a respeito do problema de falta de segurança no campus da USP – Universidade de São Paulo.

A USP está posicionada entre as maiores universidades do Brasil: é a quarta maior universidade brasileira em número de alunos, sendo a maior entre as públicas. Contribuindo com cerca de um quarto da produção científica brasileira, recentemente foi eleita como a 94ª melhor universidade do mundo e a melhor universidade da América Latina deixando em segundo lugar no subcontinente a Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM).

Porém no que se refere à segurança o cenário é bem diferente.

Muitos ciclistas tiveram suas bicicletas e outros pertences roubados enquanto praticavam o esporte dentro da USP.

É constante a conversa a respeito deste assunto entre os ciclistas usuários do campus da universidade. Por várias vezes ciclistas me abordaram ao me verem pedalando sozinha para me dar dicas de quais lugares da USP eu não deveria passar, pois eram pontos freqüentes de assaltos.

Hoje faço parte deste grupo de atletas que sentem temor, medo e frustração por saber que não dispomos de nenhum lugar seguro para pedalar em nossa tão querida cidade. A USP era a última alternativa.

A cidade de São Paulo tem 456 anos e ainda sofremos com a falta de segurança. Será a falta de investimento, a falta de atenção, a falta de aplicação correta dos recursos. O que falta para a maior cidade do país oferecer segurança a seus cidadãos? Será vontade política?

Segundo o website Wikipédia a economia de São Paulo forma o maior Produto Interno Bruto (PIB) municipal do Brasil, fazendo da capital paulista a 10ª mais rica mundo e, segundo previsões, será em 2025, a 6ª cidade mais rica do planeta. Segundo dados do IBGE, em 2005 seu PIB foi de R$ 263.177.148.000,00[2], o que equivale a aproximadamente 12,26% do PIB brasileiro e 36% de toda produção de bens e serviços do estado de São Paulo.

A Região Metropolitana de São Paulo, possui um PIB de aproximadamente R$ 416,5 bilhões, o que corresponde a 57,3% de todo o PIB do estado de São Paulo.

Lendo estas informações fico mais frustrada ainda, pois por direito o mínimo que deveríamos ter é Segurança!

O Campus da USP tem uma prefeitura própria e freqüentando o campus não consigo perceber nenhuma ação especifica no sentido de coibir a ação dos assaltantes.

Medidas simples e práticas poderiam ser adotadas e certamente em pouco tempo o problema estaria sanado. Bastava ouvir a opinião dos atletas freqüentadores e certamente obteriam uma lista significante de soluções fáceis de serem implantadas e até apoiadas por empresas do segmento esportivo.

Encontrei na internet uma entrevista, a respeito da falta de segurança no campus da universidade, do advogado que a representa, Dr. Silvio Salata, especialista em direito público comentou: “se houver conflito entre os interesses de universitários e esportistas, os primeiros devem prevalecer. “A USP não é um parque. A finalidade dela é a educação, é receber seus estudantes”.

Respeitosamente oponho-me ao comentário do Dr. Salata, pois entendo que não haja conflito entre estudantes e esportistas, o conflito é entre os assaltantes e o restante da comunidade que freqüenta a USP: esportistas, estudantes, educadores entre outros.

E quanto a ele dizer que a USP não é um parque, insinuando que os esportistas que lá estão, estão apenas por diversão, concordo que esporte é diversão, mas muito mais que diversão Esporte é Educação.

Certamente os educadores da Escola de Educação Física e Esporte da USP –http://www.usp.br/eef/ haverão de concordar comigo que a educação também se dá através do esporte preparando o cidadão para uma vida integra, saudável e do bem.

Vários projetos apoiados pelo Ministério do Esporte comprovam a importância do Esporte na educação e preparo do cidadão, um deles é o projeto “A Educação pelo Esporte um caminho para o desenvolvimento humano: o caso do Projeto Guanabara, Profa. Dra. Ana Cláudia Porfírio Couto – EEFFTO / UFMG – Projeto Guanabara,http://www.educacaopeloesporte.org.br/congresso/papers/AnaClaudia.pdf”.

Outro projeto é o Programa Educação pelo Esporte – PEE que é uma ação complementar a escola. Nele, trabalha-se com o Esporte como o motivador da ação educativa. Isso ocorre graças ao potencial que as atividades esportivas, os jogos e as brincadeiras têm de educar promovendo, ao mesmo tempo, prazer e alegria. http://www.esporte.gov.br/default.jsp

Os atletas que freqüentam a USP sabem que lá não é um parque de diversão, mesmo porque, todos têm um único objetivo: praticar esporte em um lugar público que é direito de todos.

Se não conseguimos ter segurança na 10º. cidade mais rica do mundo, será que pelo menos poderemos ter segurança no campus da 4º. maior Universidade do Brasil?

Segurança faz parte da qualidade de vida, é um direito de todos nós.

“Para que o mal triunfe, é apenas necessário que os bons não façam nada.” – Edmund Burke.
Edmund Burke (12 de janeiro de 1729 – 9 de julho de 1797) era um estadista, um escritor, um autor, um orator e um filósofo político, que serviu por muitos anos em terras comuns britânicas como um membro do partido Whig. É recordado principalmente para sua sustentação das colônias americanas no esforço de encontro ao rei George III, durante a revolução francesa.

Por Claudia Franco de São Paulo

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