Foto: Carlos Menezes |
Mas infelizmente o conhecimento dessas tecnologias ainda não estão difundidos e inseridos no dia-a-dia da maioria dos praticantes do esporte. Boa parte dos ciclistas acreditam que posição na Bike é preocupação secundária e que se não está sentindo nenhum desconforto não é preciso se preocupar.
Tão preocupante quanto esse ponto de vista é o ponto de vista daqueles que acreditam que fazendo Bike Fit uma vez na vida, basta copiar as medidas e transferi-las para Bikes Futuras. Assim podemos pensar em alguns raciocínios equivocados:
- Faz o Bike Fit para uma Bike Speed, depois copia as medidas e transfere para outra speed
- Faz o Bike Fit para uma MTB e futuramente quando troca por outra MTB, apenas transfere as medidas da Bike Anterior
- Faz um Bike Fit para determinada marca e modelo e descobre que o tamanho ideal é uma bike 17. Com essa número em mãos esquece a marca/modelo/ano e sempre vai comprar a bike com essa numeração de quadro.
O primeiro ponto que deve ser levado em consideração é que as bikes, mesmo apresentando mesma numeração de quadro, apresentam diferenças significativas de Geometria quando varia: Marca e/ou Modelo e/ou Ano. Assim o corpo se comportara de maneira diferente em cada geometria sendo necessário ajustes específicos de um mesmo ciclista para cada Bike.
Sendo assim assusto quando ouço um ciclista dizer: “a altura do meu selim é de XX cm, pedalo com ele nessa altura desde o ano de mil novecentos e bolinha e nunca senti nada”. E é exatamente nesse ponto que quero chegar. Será que durante todos esses anos esse atleta não modificou em nada seu corpo e sua capacidade física? Seu peso, capacidade motora, flexibilidade, condicionamento físico, permaneceram inalterados durante todos esse tempo?
Alguns clientes meus mantem a rotina de uma vez por ano, independente de terem ou não trocado de Bike, realizam uma nova avaliação de posicionamento por meio do Bike Fit, afim de readequarem a Bike a sua evolução física. Isso não é exagero algum, é apenas ter a certeza que sua saúde física está sendo preservada e que está tirando o máximo de proveito do seu equipamento.
O Histórico do ciclista dentro de uma sessão de Bike Fit é uma ferramenta a mais nas mãos do Fitter (Profissional em Bike Fit). Com os dados dos Fits anteriores é possível criar uma linha de trabalho para a evolução do posicionamento do atleta, orientando-o a praticar atividades de ganho de flexibilidade e fortalecimento muscular específicos, criando assim um verdadeiro projeto a longo prazo em cima da Bike.
No vídeo acima é possível observar a nítida perda de peso do atleta no período de um ano e quatro meses. A partir de agora será introduzido exercícios para ganho de flexibilidade e fortalecimento muscular, principalmente fortalecimento do CORE. Em pouco tempo será possível posicioná-lo de uma maneira mais aerodinâmica na Bike, aumentando sua performance, sem comprometer o conforto.
Bike Fit é isso. Nada de receita pronta, ou cálculos mirabolantes com formulas do arco da velha. Bike Fit é estudo de caso com personalização do posicionamento do atleta permitindo que a Bike vista o corpo do atleta, permitindo que os dois trabalhem com se fossem um peça única.
Por: Carlos Menezes
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